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terça-feira, 29 de outubro de 2024

Especial Halloween: ‘PSICOSE 2’

Alfred Hitchcock foi um realizador que nunca caiu na tentação de fazer continuações de seus clássicos, sendo que o máximo que ele fez foi uma refilmagem da primeira versão do filme "Um Homem Que Sabia Demais" (1956). Porém, quando o mestre do suspense partiu em abril de 1980 era questão de tempo para que uma das suas obras primas ganhasse uma continuação nas mãos de uma Hollywood sempre faminta pelo lucro. Eis que então tivemos em 1983 "Psicose 2", filme que possui algumas qualidades, mas peca pelos excessos de desdobramentos narrativos.

No final dos anos setenta e início dos anos oitenta o cinema foi invadido pelo subgênero slasher, onde assistimos assassinos mascarados prontos para assassinar jovens na floresta. A tendência se estendeu na ideia de trazer de volta Norman Bates para aqueles dias atuais, sendo que a princípio o projeto seria baseado em um livro que era continuação da obra que serviu de inspiração para Alfred Hitchcock, mas que logo foi descartado. Coube a Richard Franklin, assistente de longa data do mestre do suspense e do roteirista Tom Holland de dar luz ao longa. Com Anthony Perkins de volta no papel que o consagrou parecia que tudo se encaminharia para um grande sucesso.

A trama se passa há mais de vinte anos após os acontecimentos do primeiro filme, onde vemos internado em um sanatório, Norman Bates (Anthony Perkins), que é considerado apto para se reintegrar à sociedade. Ele então retorna à velha mansão e ao seu motel, mas algumas pessoas o consideram ainda perigoso e tentam evitar sua reintegração na sociedade. Ao mesmo tempo, Bates começa a ser assombrado pela presença de sua mãe novamente e crimes começam acontecer nos arredores.

Eu sempre soube que havia continuações do clássico “Psicose” (1960), mas nunca tive a coragem de assisti-lo após ler determinadas críticas negativas. Ao vê-lo, devo reconhecer que ele não é de todo mal, mesmo quando Richard Franklin insiste em imitar o mestre do suspense através de planos-sequências pouco inspirados, mas cuja fotografia sombria se torna um ingrediente atraente para dizer o mínimo. Em contrapartida, o filme evoca em vários momentos o clássico de 1960, ao ponto que abertura se inicia justamente com a clássica cena do assassinato no chuveiro e fazendo com que já de imediato constatamos que não sairá desta grande sombra para dizer o mínimo.

Anthony Perkins, por sua vez, faz novamente um trabalho primoroso na construção do seu Norman Bates, sendo que ele constrói um ser acuado pelo seu passado sombrio e fazendo com que nunca saibamos ao certo quando ele irá ceder para a sua mente fragmentada. Ao mesmo tempo, o filme nos lança a incerteza sobre até onde ele é responsável pelas mortes que acontecem em cena, sendo que a presença da personagem Mary Samuels, interpretada pela atriz Meg Tilly, nos passa certa dúvida com relação às suas reais intenções sobre Norman. É aí que o filme peca pelos seus desdobramentos absurdos.

O ato final é recheado de tensão, mas que fica aquém do esperado por grandes revelações uma em cima da outra e culminando em uma tão absurda que destoa tudo o que havia sido construído até ali. O final faz com que Norman volte à estaca zero e se tornando aquilo que havia um dia se tornado na primeira vez que nós o havíamos conhecido no clássico de Hitchcock. Se a intenção era deixar como tudo estava então para que tanta invenção até esse ponto da história?

"Psicose 2" vale mais como curiosidade, mas que somente existiu graças ao fato que o mestre do suspense já não estava entre nós na época. 

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