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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Seven - Os Sete Crimes Capitais' (1995)


A turbulenta estreia no cinema com o filme "Alien 3" não foi o suficiente para que David Fincher desistisse da sétima arte. A sorte veio através do roteirista Andrew Kevin Walker, que escreveu uma sombria e enigmática história policial nos tempos em que morava em Nova York. Foi uma fase que o próprio estava sofrendo de depressão, pois ele não conseguia fazer carreira na indústria cinematográfica.
Vale lembrar que estamos na metade dos anos 90, cuja a década começou com o cinema sendo sacudido com o sucesso "O Silêncio dos Inocentes" (1991), de Jonathan Demme, e colocando os filmes protagonizados por serial killer como a nova fonte de lucro para os estúdios. Talvez, o filme que tenha adquirido melhor reconhecimento após o sucesso de jonathan Demme tenha sido "Copycat - a vida imita a morte", mas logo sendo eclipsado pelo surpreende filme de David Finher.
Com o roteiro de Andrew Kevin Walker, o cineasta criou uma trama em que ela não se passa em uma cidade conhecida e tão pouco ela tem nome. A chuva é torrencial, relembrando os velhos filmes Noir, com um direito uma fotografia de luzes, e cores que se entrelaçam com o lado obscuro daquela realidade decadente. O diretor de fotografia Darius Khondji disse certa vez que sua inspiração veio do reality Show americano "Cops", que seguia a rotina de policiais, xerifes e investigadores nos EUA, e acabou ajudando a traçar os planos de filmagem usados no filme, como por exemplo, quando o ator é captado na altura dos ombros pela câmera que está no banco de trás. 
O ponto forte da produção é a química da dupla central, interpretados pelos atores Morgan Freeman e Brad Pitt. Esse último, aliás, obtém uma das suas primeiras grandes atuações da carreira nas mãos de Fincher e conseguindo se distanciar cada vez mais do estereótipo de galã. Posteriormente, Pitt ganharia outro papel de sua vida pelas mãos do cineasta, mas isso falarei mais adiante.
Os personagens Mills e Somerset, interpretados pelos atores acima, possuem caminhos opostos dentro da lei, mas que precisarão se unir contra algo que não conseguem compreender. O assassino em si, comete os seus crimes se inspirando nos Sete Pecados Capitais levantados pelo cristianismo e resultando em situações, por vezes, imprevisíveis. Além das reviravoltas surpreendentes da trama, o filme é carregado de vários simbolismos, além de explorar o universo literário que se torna prato cheio para os amantes da leitura.
Passados mais de 20 anos desde o seu lançamento, não resta menor dúvida que o filme possui um dos finais mais imprevisíveis do seu tempo. Além de uma soberba interpretação de Kevin Spacey, que no mesmo ano estrelaria "Os Suspeitos", o final se casa com perfeição com a proposta dos seus realizadores, mas que com certeza causou temor nos executivos prevendo um mal retorno vindo do público e da crítica. Os fins justificam os meios e hoje Seven - Os Sete Crimes Capitais entra fácil na lista dos melhores filmes da década de 90 e de todos os tempos.  


Onde assistir: Netflix. Para locação: Youtube e Google Play Filmes.    

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