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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'A Grande Dama do Cinema' - Ao Billy Wilder, com Carinho

Nota: Filme exibido para associados do Clube de Cinema de Porto Alegre no último sábado (06/07/19).  

Grandes estrelas do cinema são, por vezes, esquecidas ao longo do tempo pelo grande público, criando assim histórias nebulosas e que, em alguns casos, são maiores do que as histórias fictícias vistas no cinema. O clássico "Crepúsculo dos Deuses" (1950), por exemplo, já tratava sobre esse tema, em um tempo em que grandes talentos da época do cinema mudo estavam caindo no esquecimento e ficando presos a lembranças dos seus tempos mais dourados. "Grande Dama do Cinema" chega para revermos novamente esse tema, mas se encaminhando por caminhos completamente diferentes.
Dirigido pelo cineasta Juan José Campanella, do filme "O Segredo dos Seus Olhos" (2009), a trama é formada por personagens inusitados. Uma antiga estrela do cinema (Graciela Borges), um ator em seus últimos dias (Luis Brandoni), um roteirista fracassado (Marcos Mundstock) e um diretor sombrio (Oscar Martínez) que fazem de tudo para manter o seu universo particular que construíram dentro de uma formosa mansão. Mas quando dois jovens chegam ao local e ameaçam botar tudo a perder, eles precisam tomar atitudes, por vezes, inusitadas.
É bem escancarado já no início da obra que ela é uma homenagem aos clássicos do cinema dos anos 40 e 50, sendo que o roteiro usa a ideia de que todos os personagens do cenário principal da trama já trabalharam no mundo cinematográfico e fazendo assim referências sobre diversos filmes. Os roteiristas brincam com a nossa expectativa, principalmente em seu primeiro ato, com direito de momentos de reviravoltas indiretas e que fazem a gente pular da cadeira.  Essa brincadeira, que usa várias fórmulas cinematográficas conhecidas, se estendem até o terceiro ato final que, aliás, é o ponto alto do filme e que rende as melhores cenas.
O humor sombrio é a força catalizadora da obra, cheia de tiradas e insultos entre os personagens e que rendem momentos hilários. Só para se der uma ideia, os melhores momentos do filme se encontram somente na mansão, como se ela fosse a força matriz como todo e onde os personagens se tornam poderosos por si só. É por isso mesmo que o seu ato final se torna tão precioso, onde o ápice acontece na mansão e rendendo momentos de verdadeira montanha russa emocional.
O cineasta Juan José Campanella usa sempre enquadramentos fechados em determinados momentos, dando uma sensação de certa claustrofobia, tensão, mesmo com as piadas de humor para suavizar a situação. Aliado a isso, há uma trilha sonora que utiliza músicas conhecidas para a maioria dos cinéfilos e fazendo com que, rapidamente, nos envolvemos. Curiosamente, mesmo sendo trilhas já usadas em outros filmes, é surpreendente como elas se casam com as cenas facilmente.
"A Grande Dama do Cinema" é um filme que nos contagia pelo seu humor peculiar, com uma trama imprevisível e que consegue homenagear, mas sem deixar de criticar, esse universo cinematográfico das grandes celebridades do passado. 




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