Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Cine Clube Sesc Canoas: "Umbrella" e "Ba"

 


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Cine Debate: 'Rede do Ódio'

Próximo encontro do CINE DEBATE – FILMES PARA PENSAR A VIDA será no dia 23.02.2021 (terça-feira) das 19h às 20h 30min vamos discutir/comentar o filme: Rede do ódio com mediação de Eduardo Fernandes Sarturi.

O filme está disponível na Plataforma do Netflix.

Mais informações e como participar da live entrar em contato com Emilia Bottini clicando aqui. 

Confira a minha crítica sobre o filme clicando aqui. 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'O Tigre Branco'

Sinopse: A trajetória de Balram (Adarsh Gourav), um jovem indiano que nasceu em meio à miséria e que foi ensinado desde pequeno que seu destino era escolher um grande marajá para servir até o fim com muita lealdade. 

Embora o mundo tenha conhecido mais de perto a realidade atual da Índia através do filme "Quem Quer Ser Um Milionário?" (2008), convenhamos, o final foi romanceado para agradar as plateias do ocidente que gosta de comprar a ideia da superação positiva perante os obstáculos da vida. Porém, nos últimos tempos, cada vez mais se percebe que não há como esconder a realidade em que vários países começam a sentir os efeitos negativos do sistema capitalista e filmes como "Coringa" (2019) e "Parasita" (2019) cada vez mais se tornam símbolos cinematográficos sobre o caminho sem volta de uma sociedade cada vez mais sufocada e sem para onde ir, a não ser se vender ao poder para sobreviver. Aliás, essa minha última observação se casa com a proposta do filme "O Tigre Branco" (2021), do qual o indivíduo comum não deseja pertencer mais ao abate, mas sim pular do galinheiro e se tornar em definitivo o chefe.

Dirigido por Ramin Bahrani, o filme é baseado no best-seller escrito por escrito por Aravind Adiga, que conta a história de um ambicioso motorista indiano chamado Balram (Adarsh Gourav) que decide sair do seu vilarejo e crescer na vida sendo motorista de uma família poderosa. Durante o percurso, ele usa toda a sua astúcia e sagacidade para escapar da pobreza e se libertar de sua vida de servidão a patrões ricos. Contudo, há um alto preço a ser pago.

Com narração off, acompanhamos a trama através das palavras do protagonista que, curiosamente, começa a olhar para nós e assim quebrar a quarta parede. Sendo usado com cada vez mais frequência no cinema, a quebra da quarta parede serve aqui mais para ficarmos lado a lado do protagonista, como se houvesse um desejo pelo mesmo em querer que a gente entenda o seu ponto de vista sobre sua história e para assim abraçarmos a sua causa. Não é preciso muito esforço, já que o diretor faz questão em criar um verdadeiro contraste entre a vida que o protagonista havia passado com a realidade cheia de frutos do qual ele tanto deseja adquirir como um todo.

Tecnicamente o filme é um colírio para os olhos, onde a edição é frenética e jamais cansativa, se casando com uma trilha sonora que empolga e cuja a fotografia foge dos clichês hollywoodianos e nos brindando com um visual limpo e cru sobre a realidade do povo indiano. Mas o filme não seria nada se não fosse pelo grande desempenho de  Adarsh Gourav, cujo o olhar do seu personagem transmite certa inocência perante a realidade em sua volta, mas aprendendo de formas duras como sobreviver perante a ela. O tigre branco, aliás, faz referência ao felino com pelos brancos que raramente nasce por lá, mas ao mesmo tempo interligando com o indivíduo comum que se destaca no meio da multidão.

Porém, se destacar na multidão é preciso certos sacrifícios, ao ponto de o protagonista chegar a vender a alma ao Diabo. Contudo, há uma famosa frase do jornalista David Brinkley que se casa com a proposta principal do filme: "Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos que jogaram nele". O protagonista, portanto, vai guardando os tijolos, mas não para somente erguer um muro, como também sujar as suas próprias mãos em alguns momentos.

Embora se passe na Índia, o filme de uma forma simples se cruza com realidade atual de todo o globo, onde testemunhamos os governos do ocidente, principalmente do norte americano, se afundando no próprio império capitalista que haviam construído. Enquanto isso, a China dá o seu recado como potência atual super poderosa e a mensagem final do filme é desconcertante pois ela é realista mesmo quando um negacionista tenta não querer enxergar ela. Algumas palavras do protagonista chegam até mesmo ser proféticas e fazendo o filme se alinhar com esses tempos indefinidos em que todos nós vivemos.

Com um minuto final que se assemelha a filmes como "O Lobo de Wall Street" (2013) e "Um Toque de Pecado" (2013), "O Tigre Branco" entra fácil na lista dos melhores filmes do ano, ao escancarar a dura realidade de que nós pertencemos ao abate do sistema capitalista e que para sobreviver é preciso se vender ao poder dela.   

Onde Assistir: Netflix  

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (11/02/21)

Aznavour Por Charles

Sinopse: Em 1948, Edith Piaf presenteou Charles Aznavour com uma câmera, um presente que ele nunca mais largou. Até 1982, Charles filmou horas de rolos que formavam seu diário. Aznavour filmou sua vida, e viveu enquanto filmava. Onde ele ia, levava sua câmera junto, gravando tudo por onde passava. Os momentos da sua vida, os lugares que foi, seus amigos, seus amores, seu tédio. Alguns meses antes que morrer, ele começou a desenrolar seus filmes com Marc di Domenico e então decidiu fazer um filme, seu filme.


#Semsaída

Sinopse:Uma estrela da mídia social viaja com seus amigos para Moscou para capturar novos conteúdos para seu vlog de sucesso. Sempre gerando conteúdos diferentes e desafiadores, seus vídeos sempre foram um sucesso de acessos. Atendendo a um público sedento por desafios, ele e seus amigos entram em um jogo mortal cheio de mistério, excesso e perigo. Como a linha entre a vida real e a mídia social é tênue, o grupo deve lutar para escapar e sobreviver.



Tom & Jerry: O Filme

Sinopse:Adaptação do clássico desenho animado da Hanna-Barbera, retornando às origens da história e mostrando como Tom e Jerry se conheceram. Depois de anos vivendo na casa de um casal de idosos que o trata como um animal de estimação, Jerry precisa se virar para sobreviver quando descobre que existem novos locatários no local. E pior do que isso: eles trouxeram consigo um gato.

 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'A Febre'

Sinopse: Justino, 45 anos, é guarda de segurança no porto de Manaus, Amazonas. Enquanto sua filha se prepara para estudar medicina em Brasília, Justino é dominado por uma febre misteriosa. 

O índio visto no cinema brasileiro é sempre retratado de acordo como ele realmente é ou como ele foi antes da chegada do homem branco. Porém, em "Serras da Desordem" (2006), da diretora Andrea Tonacci, vemos o povo indígena mantendo as suas raízes, mas tendo efeitos negativos com ajuda do homem branco, onde o ato final sintetiza muito bem isso. "A Febre" (2019) mostra o índio atual tentando adentrar a civilização, mas ao mesmo tempo adquirindo a tentação de retornar as suas raízes antes que seja tarde.

Dirigido pela documentarista Maya Da-Rin, a história fala sobre Justino (Regis Myrupu), um índio de Manaus, Amazonas que há 20 anos vive na cidade grande, trabalhando agora como segurança no porto local. Sua filha Vanessa (Rosa Peixoto) trabalha em um posto de saúde e acaba de passar para a faculdade de Medicina, na Universidade de Brasília. Insegura entre seguir seu sonho e deixar seu pai, ela precisa ainda lidar com uma estranha febre que subitamente aparece. Paralelamente, uma série de estranhos ataques a animais ganha destaque na TV local.

Embora a trama se passe em Manaus, a cineasta optou em retratar a real interação entre os indígenas, falando a sua própria língua e criando um verdadeiro contraste quando Justino se encontra no cenário onde ele trabalha. Com um olhar quase documental, a cineasta é perfeccionista neste quesito, ao retratar de forma minuciosa o real habitat da população indígena quando a própria se encontra quase encravada no universo do homem branco. Porém, é através dos diálogos entre eles que constatamos que há um desejo em manter, ou retornar para as suas raízes e para assim resgatar o que havia se perdido no passado.

Curiosamente, tanto Justino como a sua filha Vanessa são dois lados da mesma moeda em situações distintas, mas que se assemelham quando o assunto é dar um novo passo na vida. Enquanto Vanessa vive na corda bamba na escolha de ir ou não para faculdade, Justino tenta se manter em seu emprego, mas o desgaste e a febre que lhe atinge o faz repensar sobre qual é o seu real caminho. Ao mesmo tempo situações obscuras surgem de forma gradual, onde há uma transição de momentos verossímeis com o folclore indígena e que mexem com interior de Justino.

Logicamente, ao ver o filme, não há como não fazer um paralelo com a trama com a situação em que o Brasil atual vive em virtude de um desgoverno e do papel do coronavírus em tudo isso. Ao vermos Justino começar a ficar doente e o estado pouco dando crédito com relação a isso, constatamos que a trama pode ser interpretada como prelúdio com a crise sanitária vista agora em Manaus, mesmo que de forma indireta, mas que nos faz pensar na situação toda. Por conta deste quadro, na reta final da trama, testemunhamos um Justino tomando a sua própria decisão, não graças ao estado, mas sim para consigo mesmo e, talvez, tenhamos que fazer o mesmo do nosso jeito se quisermos continuar sobrevivendo.

"A Febre" talvez seja lembrado nos próximos anos sobre o quanto o cinema brasileiro alertou sobre a crise sanitária em que vivemos e como o povo indígena sofreria com o descaso do homem branco.   

Onde Assistir: Netflix. 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Festa de Formatura'

Sinopse: Um grupo de estrelas decadentes da Broadway agita a vida de uma cidadezinha do interior ao ajudar uma garota proibida de levar a namorada à festa de formatura.

Quando "La La Land" (2016) foi lançado eu adorei a obra como um todo, mas não queria que ele levasse o Oscar de melhor filme. Quando "Moonlight" (2016) recebeu o prêmio principal da noite eu fiquei aliviado, pois é um filme que se discutia sobre a discriminação e que era preciso um filme como esse ganhar os holofotes. Hoje vivemos em  situações bem piores, desde ao fascismo em ascensão no mundo como também de sofrermos todos os dias com a sombra do coronavirus. 

Quando os filmes musicais do cinema norte americano fazia sucesso era uma forma do público escapar da dura realidade, mesmo quando a própria não saia de suas mentes. Em meio ao cansaço que esta pandemia tem nos causado atualmente, talvez nunca seja demais apreciarmos uma obra escapista, desde que ela, ao menos, nos faça pensar sobre o que acabamos de testemunhar. "Festa de Formatura" traz o frescor dos velhos tempos dos filmes musicais, mas não se esquecendo do nosso mundo real e nos pondo a frente de questões a não serem escondidas, mas sim debatidas.  

Dirigido por Ryan Murphy, veterano em dirigir séries de tv como, por exemplo, "Feud" (2017) e o recente "Hollywood", "A Festa de Formatura" é uma adaptação do musical The Prom, que conta a história de Emma (Jo Ellen Pellman), uma menina adolescente de Indiana que está no último ano do ensino médio. Quando ela decide levar sua namorada como par para o baile de formatura e a escola cancela a festa, ela chama atenção nas redes sociais de um grupo de atores da Broadway em busca de uma causa para melhorar sua carreira. As quatro estrelas em declínio vão então para o meio-oeste tentar ajudar Emma a conseguir mudar a mente dos pais conservadores que barraram seu baile.  

Como todo bom musical, há diversos momentos em que os atores cantam e a realidade muda em volta, como se a própria precisasse de uma remodelada e para que assim a ideia do personagem ganhe certa relevância. É como nos velhos tempos do cinema, porém, assim como foi "La La Land" tudo orquestrado com recursos de ponta e fazendo do espetáculo se tornar ainda mais brilhante diante dos nossos olhos. Com um figurino colorido, os personagens se misturam com as luzes e cores e fazendo com que a gente se esqueça, mesmo que por alguns momentos, qual é o verdadeiro assunto da história. 

Mas o filme não nos faz esquecer do seu principal assunto, que é a questão do preconceito contra aos LGBTS e cujo debate jamais deve ser silêncio, mesmo quando há detratores querendo isso. Mesmo com um assunto tão delicado o filme jamais deixa de ser divertido, mas isso graças aos seu elenco de peso e do qual esbanja charme e talento a todo momento. Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre Meryl Streep com relação a cantar, mesmo com o sucesso de "Mamma Mia!" (2008), aqui qualquer dúvida é jogada por terra e nos brindando novamente com uma grande performance que não pode ser esquecida. 

Todos dos elenco, seja eles jovens ou veteranos, estão ótimos em seus respectivos papeis. Só lamento por Nicole Kidman que, por alguma razão, sua personagem meio que desaparece em diversas situações e fazendo eu quase me perguntar sobre qual o objetivo de sua personagem estar ali. Felizmente em uma única cena, ao lado da jovem protagonista Emma, ela consegue obter certo brilho e nos fazendo lembrar que a sua personagem estava ali desde o princípio. 

A reta final traz todos os ingredientes e fórmulas manjadas para adivinharmos como se encerrará o filme como um todo. Pode parecer que as dificuldades vistas na trama possam ter sido facilmente por demais solucionadas, mas em tempos em que a nossa realidade dura nos dá um tapa na cara todos os dias, nunca é demais termos um pouco de esperança e sonharmos por uma realidade mais harmoniosa e tranquila. "Festa de Formatura" é uma declaração de amor ao velho cinema musical, mas não se esquecendo de dialogar com o nosso mundo atual. 

Onde Assistir: Netflix. 


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Curso online REPENSANDO A NOUVELLE VAGUE

INSCRIÇÕES ABERTAS!

APRESENTAÇÃO

O Curso online REPENSANDO A NOUVELLE VAGUE, ministrado por Milton do Prado, vai analisar e repensar o movimento cinematográfico francês a partir do contexto histórico da época de sua criação e seus principais realizadores. O cinema inovador de transgressão às normas tradicionais, que influenciou diversas cinematografias internacionais, ainda encontra reflexos no cinema francês contemporâneo? 

Esta resposta será objeto de investigação do curso que fará comparações entre filmes da origem da Nouvelle Vague e filmes franceses contemporâneos. Ao longo da atividade, entre as aulas, os participantes serão convidados a assistir filmes indicados pelo professor para posterior análise, estudo e discussão durante os encontros. 

Mais informações e inscrições clique aqui. 


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.