Sinopse: Godzilla e o todo-poderoso Kong enfrentam uma ameaça colossal escondida nas profundezas do planeta.
Quando Hollywood criou pela sua segunda vez uma tentativa de levar a sua versão de Godzilla para o cinema em 2014 eu nunca imaginei que isso renderia uma franquia, mas foi exatamente isso o que aconteceu. A pista para isso surgiu em "Kong: A Ilha da Caveira" (2017) e selando a união dos maiores monstros do cinema em "Godzilla vs Kong" (2021). Com dinheiro no bolso e querendo mais, eis que Warner lança agora "Godzilla e Kong: O Novo Império" (2024), longa que abre ainda mais o leque desse universo expandido, mas com o intuído de somente entreter nem que para isso custe os nossos olhos e cérebros.
Dirigido novamente por Adam Wingard, Kong e Godzilla se unem contra uma colossal ameaça mortal escondida na Terra Oca e cuja ambição é invadir a superfície. Em meio a isso uma equipe de cientistas liderada pela Dra. Ilene Andrews (Rebecca Hall) encontra uma civilização antiga e que possui uma forte ligação com a pequena Jia (Kaylee Hottle). Essas duas linhas narrativa revelam novos seres escondidos embaixo da terra e fazendo expandir novas possibilidades deste mundo escondido.
Ao assistir ao filme percebo que ele é extremamente fiel a franquia de Godzilla do cinema japonês de antigamente, já que após a obra prima de 1954 as continuações pisaram no acelerador e fazendo com que cada uma se tornasse ainda mais absurda. Aqui não é diferente, sendo que a única diferença que os monstros de agora são moldados por um CGI quase perfeito, mas que infelizmente se torna o seu principal calcanhar de Aquiles. Por mais que a Warner tenha investido pesado em criar um fantástico mundo de seres gigantes tudo é excessivamente absurdo e não nos restando nada a não ser desligar os nossos cérebros para conseguir apreciar a obra como um todo.
Outro grande problema deste filme, e talvez algo apontado desde o filme de 2014, é o fato de os personagens humanos serem facilmente descartáveis, já que eles estão ali para a gente poder se identificar com um calor humano dentro da história, mas se tornando meramente enfeites e que somente nos incomoda durante a projeção. Rebecca Hall, por exemplo, já demonstrou grande talento em filmes como "Vicky Cristina Barcelona" (2008), mas aqui nada ela pode fazer, a não ser interpretar no piloto automático e seguir o bonde andando. Por mais absurdo que seja, o grande calor humano se encontra no próprio Kong em cena.
Deixando Godzilla como mero coadjuvante, Kong é muito mais expressivo do que qualquer humano em cena, cuja suas ações e expressões a gente compreende mesmo com nenhuma fala e isso se estendendo nos demais gorilas gigantes que surgem em cena. Agora, convenhamos, os realizadores abusaram da sorte, ao ponto de inventarem um super vilão megalomaníaco que faz pose perante o Kong e sendo algo inacreditável de tão ridículo. A situação dele só não é pior quando surge um mini Kong, talvez a coisa mais absurda que o cinema norte americano inventou e que só não é pior se formos comparar com o bebê Kong visto em "A Volta de King Kong" (1986).
Tirando todos esses absurdos ditos acima até que você pode se entreter com o filme, desde que seja em uma grande Sala IMAX, pois só assim você irá se maravilhar com as diversas cenas da Terra Oca e que talvez seja a melhor coisa do filme como um todo. E para a nossa sorte, ou azar, temos o direito de ver o nosso Rio de Janeiro servir de palco para a grande batalha final, com direito de vermos uma praia de Copacabana sendo congelada enquanto as gigantes feras destroem por tudo por onde passa. Só falta agora enviarem esses monstros consagrados do cinema para a lua, pois no cinema norte americano desesperado por lucro tudo é possível.
"Godzilla e Kong: O Novo Império" é mais um capítulo cuja criatividade é zero, mas enquanto gerar lucro hollywood não estará se importando com isso.
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