Por fim, termino hoje minha jornada, para o primeiro contato com o cinema Venezuelano, graças a essa mostra feita pelo Cinebancários.
O que eu posso dizer sobre o cinema Venezuelano, é que são filmes quem tem suas qualidades, mas que da a sensação de não estarem totalmente livres para se fazer uma produção com determinado assunto. Talvez muito se deva ao governo atual de Hugo Chavez, mas vai saber o que o futuro reserva para o cinema de lá. O importante é continuarem rodando e ver o que acontece, porque quanto mais se faz filmes, mais tende a melhorar em termos de historia e produção, seja ela de alto ou baixo orçamento.
Confiram o ultimo filme que eu assisti ontem:
Miranda Regressa
Sinopse: Um repórter entra clandestinamente na cela de Miranda, na Carraca, em 10 de julho de 1816. O jovem jornalista pediu ao General que lhe concedera uma entrevista, a fim de propagar seu pensamento anticolonial em um importante jornal que é publicado furtivamente em Cádiz. Miranda, já um macaco velho da geopolítica internacional, desde o século passado, desconfia do impetuoso repórter que, aos poucos, ganha a sua confiança, até que o prisioneiro se compromete a conceder-lhe a entrevista. Aqui começa uma retrospectiva, uma jornada da vida do general onde o retorno ao passado, os momentos mais significativos na construção de formação do jovem general, o sedutor, o soldado espanhol, o iluminado, o desertor, o independentista, a política, o guerreiro, o contrabandista, o espião, o herege, o conspirador e o precursor, é narrado para revelar a magnitude de Francisco Miranda, para sempre, talvez, o mais universal de todos os venezuelanos.
“Não há revolução sem cultura se não retomamos nossos valores, se não dizemos basta aos antivalores, ao veneno imperial. Começamos a resgatar esses valores, usando a mina interminável de nossa história”, afirmou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na estréia de ‘Miranda Regressa’, primeira realização cinematográfica da produtora nacional, Vila do Cinema, que estreou em 2007, atraindo mais de 30 mil pessoas no inicio. A produção é o primeiro fruto do investimento do Estado venezuelano no incentivo à cultura nacional, o resgate histórico de seu povo e da construção de seu país.
Porém, assim como Zamora, o filme peca em seguir a risca o fato histórico a tal ponto, que nos já temos uma vaga idéia do que acontecera no final. Entretanto, o protagonista foi até bem interpretado pelo ator Jorge Reyes, mesmo limitado na sua forma de interpretar. E se por um lado as cenas de conflito são pra lá de tímidas, por outro, a edição de arte e figurino foram criados de uma forma muito bem caprichada, não devendo em nada a produções de maior orçamento.
Outro fator importante é que o filme é ágil nos acontecimento, colocando sempre o protagonista em ação, nunca lhe dando sossego, nem mesmo nas partes onde ele se encontra em seu refugio. Mas essa agilidade na trama possui um curioso erro de montagem, onde alguns fatos pularam, ou simplesmente é algum erro de copia na qual eu assisti, o que acabou prejudicando determinado entendimento em fatos importantes da trama.
Dirigido por Luis Alberto Lamata (mais conhecido por trabalhadores na TV por lá), Miranda Regressa é um filme que é bom, mas poderia ser muito melhor. Talvez o cinema Venezuelano esteja apenas engatinhando, para quem sabe para algo melhor.
Curiosamente, o filme tem a participação do velho maquina mortífera Danny Glover.
Leia também: