Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”
HIROSHIMA MEU AMOR
Onde hollywood não teve coragem
Sinopse: Hiroshima, 1959. Uma atriz francesa casada (Emmanuelle Riva) veio de Paris para trabalhar num filme sobre a paz. Ela tem um affair com um arquiteto japonês (Eiji Okada) também casado, cuja esposa está viajando. Nos dois dias que passam juntos várias lembranças vêem à tona enquanto esperam, de forma aflita, a hora da partida dela. Ela conta que foi "tosquiada", pois se apaixonou por um alemão (Bernard Fresson) quando tinha apenas 18 anos e morava em Nevers, sendo libertada no dia em que seu amor foi morto, já no final da 2ª Guerra Mundial. Por ter amado um inimigo ela foi aprisionada por sua família numa fria e escura adega e agora, 14 anos depois, novamente sente o gosto de viver um amor quase impossível.
Uma historia, aparentemente, de difícil entendimento, para um publico especifico, que foi baseada nos escritos e com roteiro e dialogo de Marguerite Duras. Bela fotografia, com tons cinzas, de Sacha Vierny, e a musica romântica de Giovanni Fusco e George Delerue, que realçam o realismo poético desta fita de Alain Resnais. Até hoje, está na lista de filmes que serviram de base para influenciar os jovens intelectuais engajados politicamente, nos anos 60. E como os EUA jamais tiveram coragem de criar um filme que retratasse uma de suas maiores manchas do passado, coube o cinema Francês dar conta do recado de uma forma poética e jamais vista. Atenção para o uso do flashbacks, que foi usado de uma forma inovadora para a época.
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