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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Cine Dica: m Blu-Ray - DVD – VOD: 'Meu Nome é Dolemite' - Eddie Murphy não desiste

Sinopse: A história se passa na Los Angeles dos anos 1970. Moore é um vendedor de discos em uma pequena loja e um aspirante a comediante que encontra o sucesso por meio de seu obsceno alter ego Dolemite. 

Astro dos anos 80 e 90, Eddie Murphy viu a sua carreira aos poucos afundar em meio a diversas mudanças que o cinema passou ao longo dos anos que vieram. Passando a ser mais conhecido por ter dado a voz ao personagem Burro em " Shrek" (2001), Murphy, ao menos, nunca abandonou a sua teimosia em querer dar a volta por cima. Após vários anos sem nenhum prestigio, eis que chega "Meu Nome é Dolemite", projeto que há muito de sua pessoa do que nós imaginamos.
Dirigido por Craig Brewer, da série "Empire" (2015), o filme conta a história do vendedor de discos em uma loja pequena e comediante de pouco sucesso, Rudy Ray Moore (Eddie Murphy), que vê sua vida mudar quando começa a ouvir as histórias das ruas para renovar seu repertório, inserindo piadas sujas e repletas de palavrões. Não demora muito para que ele faça imenso sucesso, migrando o sucesso nas casas de show para discos extremamente populares, entre a população negra norte-americana. Decidido a ampliar seus horizontes, Rudy decide rodar por conta própria um filme estrelado por seu alter-ego Dolamyte, um cafetão bom de briga que sabe lutar kung fu.
Em tempos atuais em que o cinema volta a resgatar o melhor da década de 70, o filme é um prato cheio de referências para os fãs que sentem saudades daquela época suja, porém, mais dourada. Com uma edição de arte, fotografia e figurino primorosos, o filme mergulha a fundo no melhor daquela cultura, principalmente em uma época em que a comunidade negra cada vez ganhava mais espaço merecido no mundo da música e no cinema. E desse delicioso recheio é que Eddie Murphy acaba sendo a cereja do bolo.
Ao interpretar o personagem Rudy Ray Moore, mais conhecido como Dolamyte, Murphy solta a língua como ninguém, ao lançar piadas com teor adulto e cuja essa nova geração politicamente correta nem ao menos sabia que existia. Ao personificar o personagem, o ator se sente à vontade, ao ponto do personagem e interprete se fundirem e sintetizar a sua busca em tentar voltar aos trilhos do sucesso. Sem dúvida uma das melhores atuações de Eddie Murphy e que tanto fazia falta para os fãs e para ele.
Além de prestar uma bela homenagem ao universo da música da época, o filme também é uma singela carta de amor para aqueles que buscam o sucesso por meio da insistência de se fazer um bom filme. Curiosamente, a produção me fez relembrar um clássico do astro intitulado "Os Penetras" (1999) no momento em que o protagonista e outros personagens decidem se aventurar a fazer um filme na raça. Logicamente, é nesse ponto que muitos irão se lembrar do subgênero Blaxploitation que dominou a época, mas também o filme fala de um tempo em que verdadeiros realizadores e obcecados pela sétima arte colocavam a mão na massa.
"Meu Nome é Dolemite" não é somente a melhor atuação de Eddie Murphy em sua carreira, como também é uma bela homenagem a cultura pop dos anos 70. 


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