Sinopse: Brandon aterrissa, ainda bebê, na fazenda de um casal que não consegue ter filhos. Agora, adotado por eles, o pequeno garoto descobre possuir habilidades especiais e precisa se adaptar ao nosso mundo e ao convívio social. Entretanto, seus pais logo percebem que seus dons podem não ser tão amistosos quanto imaginavam.
As adaptações de HQ de Super-Heróis para o cinema já são algum tempo a fórmula de sucesso para gerar grande lucro para os estúdios. Em meio a superproduções estreladas por super-heróis conhecidos, sempre há um filme que ousa em arriscar por algo novo, mesmo quando a gente sente aquela sensação de déjà vu ao longo do percurso. "Brightburn: Filho das Trevas" segue essa ideia e se tornando um curioso estranho no ninho em meio a tantos Blockbuster sobre o mesmo assunto.
Produzido por James Gunn, diretor de "Guardiões da Galáxia" (2014), o filme conta a história do casal Tory Breyer (Elizabeth Banks) e Kyle Breyer (David Denman), que durante anos tentam conseguir ter um filho. Certa noite um estranho objeto cai próximo a fazenda deles, onde dentro se encontrava Brandon (Jackson Dunn) e o casal decide adota-lo, mesmo não sabendo de onde ele veio. Em sua pré-adolescência, Brandon começa agir de uma forma estranha e desencadeando situações irreversíveis e desastrosas.
Quem conhece toda a mitologia de Superman irá reparar que o filme bebe e muito de sua fonte. Porém, o filme está mais parecido com aquelas HQ clássicas da Marvel que se intitulavam "O Que Aconteceria Se"...onde liamos histórias conhecidas desses personagens, mas sendo radicalmente modificadas. O filme é basicamente isso, onde o jovem Brandon não teve a mesma sorte que o jovem Clark Kent e se tornando uma super entidade descontrolada e movida pelas suas emoções confusas.
Porém, Tory e Kyle demonstram serem pais afetuosos, mas não sabendo controlar as mudanças vindas do seu filho, além de temerem que ele não suporte a sua real origem. Jackson Dunn brilha em uma assombrosa interpretação mesmo com a sua pouca idade e fazendo a gente até se lembrar da assustadora interpretação de Ezra Miller no filme "Precisamos Falar Sobre o Kevin" (2011). Mas estamos falando de um jovem confuso, que sobre bullying e que, de uma hora para outra, descobre que tem poderes incontroláveis.
Com esse pensamento, os realizadores fazem tudo aquilo que Superman jamais faria e o resultado é assustador. Embora aparenta ser uma produção simples, o filme surpreende com alguns efeitos visuais eficazes e que não poluem o resultado final. Aliás, é algo similar ao que foi visto em filmes como, por exemplo, "Poder Sem Limite" (2012), mas não havendo aqui um super ser para deter alguém que está em total descontrole.
Além disso, o filme não se limita em sequências fortes, com direito a muita violência gore e trash. É como se fosse o encontro de filmes com temática B, mas moldurados com recursos de ponta e alinhado com um gênero que, por sinal, ainda não demonstrou desgaste da fórmula. De resto, o filme não possui grandes interpretações, além de o filme deixar mais perguntas do que respostas, mas que não chega a estragar essa curiosa experiência.
"Brightburn: Filho das Trevas" é mais uma prova que o gênero de Super-Heróis para o cinema pode ir muito mais além de sua conhecida fórmula.
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Um comentário:
É o Superman do mal.rs
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