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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 2 de abril de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: FINAL


Como hoje e amanha se encerra o curso sobre O que é um Documentário?, encerro a aqui portanto as minhas postagens sobre os documentários que eu assisti nos últimos anos e não poderia encerrar sem deixar de falar de Michael Moore.
  
ROGER E EU
  

SINOPSE: Michael Moore, como um incansável e inabalável rolo compressor, tentou o que todo trabalhador sempre sonhou fazer: falar com quem manda. A cidade de Flint, no estado de Michigan, EUA, sempre girou em torno do parque industrial da General Motors, lá instalado. Por isso, a decisão da empresa de remover a fábrica de lá, em meados da década de 80, trouxe desemprego e pobreza à região. A jornada de Moore, cidadão de Flint, para encontrar o presidente da GM Roger Smith e convencê-lo a visitar a cidade criou um filme bem humorado, ácido e devastador.

Em seu primeiro documentário Roger e Eu, lançado em  1989 (mas rodado durante 3 anos), Moore foca as conseqüências que sua cidade passou: o anúncio do presidente da GM, Roger Smith, que  fechou algumas de suas fábricas nos Estados Unidos, incluindo a cidade-natal da Gm, Flint. Com isso, mais de 30.000 empregados são mandados embora e destrói a economia da cidade, que passará por um amargo período de crise e péssimas decisões (como investir mais de 100 milhões de dólares em atrações turísticas) e que fará da cidade a campeã de crimes violentos e ser declarada a pior cidade para se morar nos Estados Unidos.
Na época,  Moore não era conhecido, mas já tinha seu estilo esperto e critico, o que o diferencia dos demais documentaristas americanos. Com estilo bem-humorado consegue passar com um jeito de alguém que não quer nada, conseguindo assim as melhores entrevistas das pessoas, que ficam bem à vontade, ao ponto de fazerem declarações absurdas, como a mulher que chega a matar um coelho em sua frente logo depois de dizer que ela está proibida por lei para fazer isso. Uma cena forte, mas que simboliza o estado de espírito que aquela cidade passa.   
E embora o foco do documentário seja a tal entrevista que Michael Moore quer fazer com Roger Smith, isso se torna aos poucos irrelevante. O documentário é poderoso como denúncia do estado lamentável em que a cidade de Flint foi abandonada e vários anos depois, pouca coisa o estado fez para aqueles que ainda moram por lá. O documentário acaba por então se tornando um registro do inicio do estopim para o fundo do poço que aquela cidade passaria e ao mesmo tempo uma mostra do que viria mais tarde na carreira do cineasta.  

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