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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 30 de abril de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: HOMEM DE FERRO 3

MARVEL SE ARRISCA  E CRIA UMA TRAMA QUE DIVIDIRÁ O PUBLICO.
Sinopse: Desde o ataque dos chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão e colocando a vida de Pepper em risco. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir do fundo do mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e superar seu maior medo: o de fracassar.

Verdade seja dita: os filmes do Homem De Ferro jamais seriam a mesma coisa sem a presença magnética de Robert Downey Jr, sendo que o ator criou uma personalidade para o personagem que nos contagia e faz com que sua contra parte das HQ meio que se torne apática. Portanto, é de se perdoar, se às vezes em alguns momentos a mais nova aventura do herói ferroso decepcione, pois basta o ator estar em cena que o cenário muda. Mas se nos filmes anteriores (pré-Vingadores), a Marvel optou por seguir a risca com os seus filmes (sem inventar muito), eis que nesta terceira aventura solo do herói, eles decidem arriscar, injetando novas idéias, que embora manjadas, até que funciona num certo ponto.
Todos esperavam por mudanças é claro, principalmente com o novo diretor do comando:  Shane Black se tornou conhecido nos anos 80 por ter roteirizado os dois primeiros Maquina Mortífera e surpreendeu a critica ao dirigir o eficiente Beijos e Tiros ( também com Robert Downey Jr). Com isso, podemos reparar elementos que vimos em seus filmes anteriores na aventura do ferroso, como humor, enlaçado como momentos sombrios, mas jamais exagerados e de quebra, as cenas que  Robert Downey Jr divide com  Don Cheadle, me fizeram me lembrar os bons tempos de parceria de Mel Gibson e Danny Glover, onde sempre surge uma piada em meio ao tiroteio. Outro ponto a considerar, é que esse filme é o que menos faz referencia ao universo que a Marvel fez no cinema, muito embora os eventos do filme Os Vingadores uma vez ou outra são citados, principalmente pelo fato que o protagonista acabou tendo crise de pânico após ter salvado o mundo em Nova York.
Mas essas seqüelas que o personagem sofre logo se tornam irrelevantes, pois o que surge a seguir, com certeza irá fazer os nerds debaterem por dias a fio. Para começar, todo mundo sabia que o grande vilão da trama seria o Mandarim (Ben Kingsley) e que sua caracterização para as telas, remete logicamente a Osama Bin Laden, pois sempre quando surge, é através de um sinal pirata pelas TVs americanas. Mas não vou entregar muito o jogo aqui, pois contar muito seria estragar a grande (e bombástica) revelação que acontece durante o filme com relação ao personagem. O que eu posso dizer é que se por um lado o publico em geral irá ficar surpreso é até admirado quando uma grande peça chave for revelada, por outro, posso ter absoluta certeza que fãs de carteirinha das HQ (aqueles que levam o seu gibi para o banheiro) irão odiar as mudanças e irão dizer que chuparam a idéia na trilogia de Batman do Nolan.
Eu, mesmo sendo fã de HQ, considerei a revelação (e armação), corajosa, mas arriscada, pois os estúdios já deviam ter aprendido há muito tempo que com fã de gibi não se brinca. A meu ver, essa artimanha toda que inventaram com relação ao vilão, foi para fazer referencias as teorias de que o próprio estado americano cria os seus próprios terroristas para um objetivo maior. Neste caso, em tempos em que a recém o povo americano está se recuperando de um ataque em Boston, a produção acaba se tornando corajosa em tocar num assunto tão espinhoso, principalmente em cenas que toca bem na ferida, como ataque terrorista no teatro da china, que, aliás, é bem tenso.   
Nesta teia de eventos, Guy Pearce e Rebecca Hall se saíram bem interpretando uma espécie de vilões que trabalham em meio aos bastidores, mas que vão crescendo conforme  vai se descascando a cebola cheia de segredos. Para a surpresa de todos, Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) surpreende ao se tornar uma (quase) super heroína, numa cena em que ela própria usa a armadura do Tony, durante o ataque da mansão e sua cena final do filme é digna de nota. Agora, se o publico esperar encontrar cenas de ação que superem as espetaculares cenas vista em Vingadores, pode tirar o cavalo da chuva, pois ainda não foi dessa vez que a Marvel conseguiu se superar. Muito embora, as cenas de ação desse filme são bem eficientes, como o já citado ataque contra a mansão do Stark, o ataque à Força Área Um (a melhor de todas) e o surgimento da 40 armaduras que vem salvar o dia no ato final de filme, mas que cá para nos, elas estão ali não somente para fazer o serviço, como também vender mais brinquedos no nosso mundo real.
Com minutos finais que colocam em duvida o futuro do Homem de Ferro no cinema, no saldo geral o filme encerra bem a trilogia, enlaçando todas as pontas soltas que existiam nos filmes anteriores (como no caso do primeiro filme) e deixando terreno livre para até quem sabe um reinício para o personagem no cinema. Mas do jeito que a carruagem anda, imaginar um filme do Homem de Ferro sem Robert Downey Jr seria um verdadeiro tiro no pé que o estúdio faria. Esperemos para ver o que irá acontecer nos próximos anos.

Nota: Não saia da sala até ver o uma cena extra após os créditos, que embora não seja nada importante é bem divertida.   

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3 comentários:

LEO disse...

Foi bem o q eu achei do filme tbm....

eu gostei, mas talvez pq eu não esperasse algo tão grandioso e espetacular qto "Vingadores"!!! achei q funcionou bem como um bom filme de ação... sem maiores pretenções!!!

mas com certeza, deve ter decepcionado quem esperava um NOVO "Vingadores", hehe!!!

Marcelo Castro Moraes disse...

Pois é, agora vamos ver como a Marvel irá se comportar com o futuro do ferroso.

renatocinema disse...

Gostei do filme, apesar de preferir os anteriores.

Bacana e verdadeira sua comparação entre os protagonistas de Homem de Ferro 2 e 3 com a química das estrelas de Máquina Mortífera.

abs