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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (20/01/23)

 BABILÔNIA

Ambientado em Los Angeles, a narrativa traz uma história de ambição e excessos desmedidos, acompanhando a ascensão e a queda dos personagens durante uma era de decadência desenfreada e depravação em uma jovem Hollywood. 


CHEF JACK – O COZINHEIRO AVENTUREIRO

Chef Jack é uma animação de aventura que conta a história de Jack, uma mistura de Indiana Jones com Masterchef, um cara de bom coração, mas com uma pitada de excesso de confiança. Ele é um dos prodígios da Culinária de Aventura e viaja o mundo todo atrás dos ingredientes mais raros para completar suas receitas únicas. 


FERVO

Em “Fervo”, três fantasmas irreverentes ficam presos em uma casa e assombram os novos moradores na tentativa de finalizarem sua missão na Terra.


HOLY SPIDER

O homem de família Saeed embarca em sua própria busca religiosa - para “limpar” a sagrada cidade iraniana de Mashhad de prostitutas de rua imorais e corruptas. Depois de assassinar várias mulheres, ele fica cada vez mais desesperado com a falta de interesse público em sua missão divina.



M3gan

Um engenheiro de robótica de uma empresa de brinquedos constrói uma boneca realista que começa a ganhar vida própria. 



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Cine Dica: Programação de 19 a 25/01 - Cinemateca Paulo Amorim

 CINEMATECA PAULO AMORIM – ESPAÇO BANRISUL DE CINEMA

PROGRAMAÇÃO 19 A 25 DE JANEIRO DE 2023 - SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

Regra 34

SALA EDUARDO HIRTZ


NOSSA SENHORA DO NILO (Notre-Dame du Nil – França/Bélgica/Ruanda, 2019, 90min). Direção de Atiq Rahimi, com Amanda Santa Mugabekazi, Albina Sydney Kirenga, Malaika Uwamahoro. Pandora Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: No início dos anos 1970, em Ruanda, um grupo de meninas adolescentes estuda em um internato dirigido por religiosos belgas. Apesar de compartilharem sonhos e preocupações típicas da idade, o cotidiano das garotas é marcado pelas diferenças étnicas do país, onde a maioria hutu e a minoria tutsi vivem em conflito. O filme é baseado nas memórias da escritora tutsi Scholastique Mukasonga, que sobreviveu ao massacre cometido por extremistas em 1994, quando cerca de 800 mil pessoas foram mortas no país africano.

Sessões:  14h


CORSAGE (Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.

Sessões:  15h40min


AFTERSUN (Reino Unido/EUA, 2022, 100min). Direção de Charlotte Wells, com Frankie Corio e Paul Mescal. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente.

Sessões:  17h40min


ESTREIA:


REGRA 34 (Brasil/França, 2022, 100min). Direção de Julia Murat, com Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato. Imovision, 18 anos. Drama.

Sinopse: Simone é uma jovem advogada negra que pagou a faculdade de Direito fazendo performances online de sexo. Seu sonho é defender mulheres em casos de abuso, mas seu passado volta à tona quando seus interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo. O filme foi o vencedor do Leopardo de Ouro no 75º Festival Internacional de Cinema de Locarno.

Sessões:  19h30min (exibições somente nos dias 20, 21 e 22 – sexta, sábado e domingo), Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 


SACADA MUSICAL (Brasil, 32min) – documentário de Cleber Zerbielli, realizado com recursos da lei Aldir Blanc.

Sinopse: O filme destaca alguns momentos da trajetória do violonista gaúcho Yamandu Costa e sua paixão pelo chimarrão, levando o músico a conhecer a produção da erva mate no Vale do Taquari. A sessão abre o projeto Cinema Musical Gaúcho, que vai apresentar filmes sobre a música do RS na Cinemateca Paulo Amorim.

Sessão: Quinta (dia 19), às 19h30min. Entrada franca.


CICLO VISIBILIDADE TRANS – programação do Janeiro Lilás, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura. Entrada franca

Dia 24/01 (terça), às 19h30min – exibição do curta-metragem POSSA PODER, de Victor di Marco e Márcio Picoli.

Dia 25/01 (quarta), às 19h30min – exibição do curta-metragem JARDIM DAS HORAS, de Matheus Picoli.

Dia 26/01 (quinta), às 19h30min – exibição da videoarte ABEBÉ 2021, de Fayola Ferreira.


SALA NORBERTO LUBISCO


SEGREDOS DE GUERRA (Firebird - Reino Unido/Estônia, 2021, 107min). Direção de Direção de Peeter Rebane, com Tom Prior, Oleg Zagorodnii, Diana Pozharskaya. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Sergey, um jovem soldado da Força Aérea soviética, e Roman, um oficial reconhecido pelas suas habilidades como piloto, prestam serviço militar durante os anos da Guerra Fria. Além da tensão constante que vivem na base, os dois veem sua amizade se transformar em amor – o que faz ambos arriscarem suas vidas e sua liberdade ao confrontar um regime rígido e conservador. O filme é baseado na história que deu origem ao livro “A Tale About Roman”, escrita pelo próprio Sergey Fetisov (1952-2017).

Sessões: 15h


MARTE UM (Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O longa foi o indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.

Sessões: 17h


CORSAGE (Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.

Sessões: 19h10min


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - "Regra 34"

Sinopse:  Simone (Sol Miranda) é uma jovem defensora pública que defende mulheres em casos de abuso. No entanto, seus próprios interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo.  

Júlia Murat tem uma predileção na realização de filmes em que se retrata uma parcela de uma sociedade escondida do nosso olhar, mas da qual se expressa através de sua cultura, arte e do seu próprio corpo cheio de cicatrizes em que tem muito a dizer. No seu ótimo "Histórias Que Existem Quando São Contadas" (2011), por exemplo, vemos uma jovem fotografa que encontra uma cidadezinha perdida no mapa, mas da qual a mesma possui uma vida adormecida e da qual desperta no momento em que a protagonista coloca os pés por lá. E se por um lado a cultura e o prazer são expressados através do corpo no seu filme "Pendular" (2017), do outro, o seu recente "Regra 34" (2022) explora até que ponto leva o indivíduo em querer obter prazer físico através da dor, pois a realidade o acaba lhe trazendo tristeza e a destruição da pele parece uma espécie de fuga para uma outra realidade.

“Regra 34” conta a história de Simone (Sol Miranda), uma jovem negra que acabou de ser aprovada na defensoria pública e pagou os estudos fazendo performance on-line de sexo como camgirl. O filme, é uma produção das brasileiras Esquina Filmes e Bubbles Project (“Benzinho”, “Família Submersa”, “Pendular”), além da francesa  Still Moving, tem distribuição da Imovision. 

Abertura do filme me fez lembrar do ótimo "Má Sorte no Sexo ou Pornó Acidental" (2022), onde a protagonista de lá se filmava para obter maior prazer através do seu parceiro, mas tendo as suas cenas vazadas e causando um sério problema. Aqui a situação é inversa, já que Simone não tem vergonha de ser despir, já que o dinheiro que ganha acaba sendo usado para o pagamento dos seus estudos, mas ao mesmo tempo podendo pagar um alto preço em um futuro próximo. O problema talvez nem seja o fato dela pôr em prática isso, mas sim permitindo que o dia a dia dentro da Defensoria Pública lhe prejudique mentalmente, pois a mesma vê com horror a situação atual da mulher do Brasil.

O filme é uma crítica pesada sobre o sistema Judicial em um país que se diz democrático, mas cuja a superfície mais parece um território Patriarcado em que as mulheres são tratadas como lixo. Curiosamente, fico na dúvida se algumas das vítimas vistas na tela são interpretes ou atores reais, já que o desabado de algumas é verossímil e nos dando uma dor no peito. Só temos uma ligeira suspeita de que seja ficção no momento em que entra em cena o ator Babu Santana, do qual o mesmo interpreta um marido violento e se tornando um estopim para que a protagonista fique em declínio.

Porém, Simone é alguém que transita entre a lucidez e o desejo de se entregar ao próprio prazer, nem que para isso corra o risco de perder os seus melhores amigos. Sol Miranda entrega no que talvez seja o melhor desempenho até aqui, onde ela nos passa  em que a interprete enche a tela e nos fazendo questionar o que irá acontecer em seguida.em determinados planos, por exemplo, os mais diversos sentimentos em atrito através de sua expressão e da qual o seu olhar tem muito mais a dizer do que qualquer palavra que poderia lançar. Se alguém acha exagerado no que eu estou falando aguarde então o minuto final

Até lá, o filme nos passa a sensação de um Brasil indefinido com relação ao que é certo e errado, onde a Justiça somente se torna justa através dos bem aventurados homens de boa fortuna, enquanto os menos favorecidos se preocupam em até mesmo em cruzar na rua, pois temem pela sua própria vida. Simone, por exemplo, pode ser a fagulha de esperança para essas pessoas que precisam de ajuda, mas cabe ela ser forte para não sucumbir as escolhas erradas após ser abatida pela realidade nua e crua. "Regra 34" é sobre uma geração brasileira perdida, que busca por Justiça, mas que acaba enfrentando diversos espinho através desta estrada nebulosa.


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Cine Dica: Últimos dias da mostra que celebra a era do VHS na Cinemateca Capitólio

A partir de quinta-feira, 19 de janeiro, a Cinemateca Capitólio entra na última semana da mostra A Era do VHS, iniciada em dezembro. Um sucesso de público, com várias sessões lotadas, a mostra foi concebida para relembrar o impacto revolucionário que a chegada ao mercado do videocassete, no início da década de 80, provocou, tanto em termos técnicos quanto culturais e comportamentais. O primeiro aparelho de VHS fabricado no Brasil foi lançado em 1982, sendo esta considerada, portanto, a data oficial do nascimento do VHS no país, embora antes disso aparelhos importados e fitas piratas já estivessem circulando em menor escala.

Nesta última semana, a mostra A Era do VHS homenageia o Rei Pelé, incluindo na programação o filme Fuga para a Vitória (1981), produção de John Huston sobre uma dramática partida de futebol realizada durante a Segunda Guerra Mundial. O craque brasileiro integra o elenco do filme, ao lado de astros como Michael Caine, Sylvester Stallone e Max von Sydow. Outro título incluído na grade é a cultuada comédia Picardias Estudantis, de Amy Heckerling, um dos clássicos mais queridos das videolocadoras na época.

Já na sexta-feira, dia 20, às 19h30, o Raros irá fazer uma sessão muito especial. A partir da sugestão de alguns espectadores, o filme Cerimônia de Amor (Kissed) será projetado em VHS, reproduzindo a experiência da exibição em fita magnética na tela da Cinemateca Capitólio.

Os espectadores que vierem assistir a mostra A Era do VHS também podem visitar na galeria do andar térreo uma exposição com itens que resgatam a história do videocassete no Brasil. Elaborada pela equipe do Centro de Documentação e Memória da Cinemateca Capitólio, a exposição reúne diversos itens do acervo da instituição.


SINOPSES DOS FILMES


Fuga para a Vitória

Victory

Direção de John Huston

Reino Unido/EUA/Itália, 1981, 116 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Uma partida de futebol entre jogadores alemães e prisioneiros de guerra, orquestrada para promover o Terceiro Reich, logo se transforma em uma oportunidade de fuga para toda a equipe dos aliados.


Picardias Estudantis

Fast Times at Ridgemont High

Direção de Amy Heckerling

EUA, 1982, 90 minutos

Classificação indicativa: 18 anos

Um grupo de estudantes do ensino médio na Califórnia aproveita a vida com muita música e sexo. Os adolescentes Stacy e Mark estão procurando por um romance e contam com a ajuda de seus colegas mais velhos, Linda e Mike. Jeff Spicoli é um surfista que enfrenta o Sr. Hand, que está convencido que todo mundo está drogado.


Cerimônia de Amor

Kissed

Direção de Lynne Stopkewich

Canadá, 1996, 78 minutos

Classificação indicativa: 18 anos

Sandra Larson, uma jovem cuja fixação em relação à morte a leva a estudar embalsamento em uma escola de necrotério, se vê atraída por sentimentos de necrofilia. Um de seus colegas, Matt, irá se apaixonar por ela, mas precisa aceitar suas inclinações sexuais pouco convencionais. Produção canadense que chamou a atenção do público e da critica à época de seu lançamento pelo tratamento delicado de um tema complexo.       


Videodrome – A Síndrome do Vídeo

Videodrome

Direção de David Cronenberg

EUA, 1983, 87 minutos

Classificação indicativa: 18 anos

Max Renn (James Woods), dono de uma pequena emissora de televisão a cabo, capta imagens de pessoas torturadas e mortas. Logo, ele descobre que a transmissão se chama Videodrome, é gerada em Pittsburgh e é muito mais que um programa sensacionalista em busca de espectadores mórbidos. Trata-se de um experimento que usa a televisão para alterar permanentemente as percepções das pessoas, causando sérios danos cerebrais. Obra-prima do diretor canadense David Cronenberg, Videodrome é um dos títulos que melhor sintetiza as suas obsessões estéticas, e conta com a participação da cantora Blondie no elenco.


Blade Runner – O Caçador de Androides

Blade Runner

Direção de Ridley Scott

EUA, 1982, 117 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de recompensas. Seu trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance surge ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte. O clássico da ficção científica que consolidou as carreiras de Harrison Ford e Ridley Scott e tornou-se uma obra de culto desde a sua estreia.


Sexo, Mentiras e Videotape

Sex, Lies, and Videotape

Direção de Steven Soderbergh

EUA, 1989, 100 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

John (Peter Gallagher) está enfrentando problemas sexuais com a esposa, Ann (Andie MacDowell). Paralelamente, ele mantém um caso com a cunhada (Laura San Giacomo). Mas a chegada do seu amigo Graham (James Spader), que grava um vídeo com depoimentos das mulheres sobre suas vidas sexuais, muda tudo. Filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.


A Marca da Pantera

Cat People

Direção de Paul Schrader

Estados Unidos, 1982, 118 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Mulher descobre que, quando tomada por desejo sexual, torna-se uma pantera. Seu irmão explica que ambos pertencem a uma tribo que se transforma em panteras na hora do sexo. Como está apaixonada por um homem e ainda é virgem, teme consumar a paixão. Polêmica refilmagem do clássico Cat People, que causou polêmica por explicitar as sugestões do clássico de Jacques Tourneur lançado em 1942.


Beijo Ardente – Overdose

Direção de Flavia Moraes e Hélio Alvarez

Brasil, 1984, 60 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Nas ruínas da Usina do Gasômetro, esconde-se um vampiro entediado e angustiado com a vida eterna. À noite, em busca de sangue, ele sai pelas ruas de Porto Alegre atrás de vítimas inocentes. Primeira obra longa de ficção realizada em vídeo no Rio Grande do Sul.


Veludo Azul

Blue Velvet

Direção de David Lynch

Estados Unidos, 1986, 120 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Rapaz volta à cidade natal após longo tempo e descobre uma orelha humana decepada em um jardim. Insatisfeito com a investigação policial, ele e a filha do detetive encarregado começam a averiguar por conta própria, e descobrem coisas estranhas. Filme que consagrou a estética de David Lynch, elevado à condição de obra de culto desde a sua estreia.


Ring – O Chamado

Ringu

Direção de Hideo Nakata

Japão, 1998, 96 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Um vídeo com imagens apavorantes provoca a morte de quem o assiste. Uma repórter não acredita no fato até assistir ao vídeo e precisará desvendar o mistério antes que o seu tempo acabe. Uma das obras referenciais da nova onda de horror oriental que eclodiu na década de 90.


O Chamado 2

Ringu 2

Direção de Hideo Nakata

Japão, 1999, 95 minutos

Estudante tenta encontrar a verdade por trás da morte misteriosa de seu namorado. Ela começa a procurar o vídeo supostamente possuído pelo espírito de Sadako, o qual, se acredita, tem o poder de matar qualquer pessoa uma semana após ser assistido. Sequência do sucesso anterior sobre fita de vídeo amaldiçoada, também dirigida por Hideo Nakato.


GRADE DE HORÁRIOS

19 a 25 de janeiro de 2023


19 de janeiro (quinta-feira)

15h – Picardias Estudantis

17h – Ring – O Chamado

19h – O Chamado 2


20 de janeiro (sexta-feira)

15h – Beijo Ardente - Overdose

17h – Fuga para a Vitória

19h30 – Projeto Raros Especial A Era do VHS (Kissed – Cerimônia do Amor)


21 de janeiro (sábado)

16h30 – Sexo, Mentiras e Videotape

18h30 – Picardias Estudantis


22 de janeiro (domingo)

16h30 – Videodrome – A Síndrome do Vídeo

18h30 – Fuga para a Vitória


24 de janeiro (terça-feira)

15h – A Marca da Pantera

17h – Ring – O Chamado

19h – Picardias Estudantis


25 de janeiro (quarta-feira)

15h – Veludo Azul

17h – O Chamado 2

19h – Blade Runner – O Caçador de Androides



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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Blade Runner'

 SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Cinemateca Capitólio

Data: 21/01/2023, sábado, às 10:15 da manhã

"Blade Runner – O Caçador de Androides" (Blade Runner)

EUA, 1982, 117 min, 14 anos


Direção: Ridley Scott

Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Daryl Hannah, Edward James Olmos

Sinopse: Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de recompensas. Seu trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance surge ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte. O clássico da ficção científica que consolidou as carreiras de Harrison Ford e Ridley Scott e tornou-se uma obra de culto desde a sua estreia.



Sobre o Clássico:

Eu escrevo sobre cinema neste blog desde 2008 e ao longo desse percurso já escrevi mais de uma vez sobre determinado clássico. Quem me acompanha sabe que o meu filme preferido é "Blade Runner" (1982), apontado por muitos como uma das melhores ficções cientificas de todos os tempos e o que melhor sintetiza o significado da palavra cult. Sendo assim, o que mais eu posso dizer sobre essa obra de Ridley Scott baseada num conto literário de Philip K. Dick?

Para começo de conversa, eu ficava sempre me perguntando como seria a nossa realidade quando chegássemos a data em que a trama se passa, sendo basicamente "novembro de 2019". Quando se olha para trás se percebe que o filme não foi somente a frente do seu tempo, como também profético com relação ao destino do mundo e da própria humanidade que se encontra cada vez mais perdida e se desprendendo do que nos faz seres humanos. Em 1982, enquanto Steven Spielberg nos dava certa esperança com a presença de "ET", Ridley Scott optou em radicalizar, aos nos mostrar o que já estava acontecendo naqueles anos onde se prometia uma cruzada pela utopia, mas cuja a mesma jamais havia acontecido. 

Confira a minha análise especial sobre os quarenta anos do clássico clicando aqui e participem da sessão de sábado do Clube de Cinema de Porto Alegre. 


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Pinóquio por Guillermo Del Toro'

Sobre o Filme: 

Guillermo del Toro é fascinado por contos de fadas, porém, suas visões para essas histórias são sombrias, com uma lição de moral adulta e que passa muito longe da proposta elaborada por Disney quando adaptava, por exemplo, os contos dos Irmãos Grimm. No caso do conto "Pinóquio", obra máxima criada pelo italiano Carlo Collodi, ele possui diversas adaptações ao longo da história, sendo que a mais conhecida é a de 1940, criada pelo próprio Disney e que, embora fiel a sua fonte, era um tanto que suavizada se comparada a versão literária. "Pinóquio por Guillermo Del Toro" (2022) possui algumas diferenças, porém, é a mais próxima com relação a ideia principal do escritor.

A nova versão do diretor Guillermo del Toro é uma releitura sombria e distorcida do famoso conto de fadas de Carlo Collodi sobre o boneco de madeira que sonha em se tornar um menino de verdade. Situado na época da primeira grande guerra, onde a Itália é comandada pelo fascismo, Pinóquio ganha a vida quando seu criador talha a forma de um menino em madeira. Mas essa não é qualquer história que todos estão acostumados a ver sobre o menino travesso de madeira.

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui e participe do Cine Debate de amanhã. Mais informações com Maria Emília Bottini.   

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Cine Especial: ‘O Silêncio do Lago’ - As Duas Versões de Um Conto Macabro

Os donos de Hollywood acreditam que são proprietários da própria sétima arte, pois só assim para explicar algumas refilmagens de filmes que são pertencentes há outros países. Pegamos, por exemplo, o sucesso sueco "Deixa Ela Entrar" (2008), filme sobre uma pequena vampira que fez um tremendo barulho no mundo a fora e chamando atenção logo de imediato dos produtores norte-americanos. Não tardou para surgir "Deixe-me Entrar" (2010) que possui um ritmo diferente da obra original, muito embora a trama siga o seu curso igual até mesmo em sua reta final. Há casos que o próprio realizador da obra original se compromete em fazer uma refilmagem em língua inglesa de sua própria autoria, como foi no caso de Michael Haneke ao lançar o seu "Violência Gratuita" (1997) e sua refilmagem americana dez anos depois.

Neste último caso é preciso destacar o fato que o diretor  Haneke obteve carta branca para que a sua refilmagem fosse extremamente igual a sua obra original, sendo que a única diferença foi a troca de atores e a implantação da língua inglesa. Outro caso semelhante foi ainda mais ao extremo, quando o diretor Werner Herzog refilmou o clássico do expressionismo alemão "Nosferatu" em 1979, mas rodando a obra tanto em língua alemã como também em língua inglesa. Ou seja, os atores eram filmados falando alemão e logo em seguida atuavam na mesma cena falando em inglês.

Isso é uma prova da falta de disposição dos norte-americanos ao não assistir filmes que não são feitos em seu território, ao ponto de que a ideia de ler legendas para eles é um verdadeiro pesadelo. Ao menos, isso faz nascer em alguns casos um estudo de como uma história pode ser contada de forma semelhante, mas ao mesmo tempo obtendo diferenças distintas uma da outra de acordo com o tipo de público que irá assisti-la. "O Silêncio do Lago" de 1988 e sua refilmagem de 1993, sendo ambas de George Sluizer, é um verdadeiro retrato da forma de assistir a mesma história em duas produções realizadas pelo mesmo diretor, mas criando para a sua versão americana algo de acordo com o paladar de um público acostumado em estar sempre em sua zona de conforto.

Baseado no livro de "O Ovo de Ouro", do jornalista holandês Tim Krabbé, na trama da  produção de 1988, vemos Rex Hofman (Gene Bervoets) e a namorada Saskia Wagter (Johanna ter Steege) viajando pela França em férias. Saskia desaparece misteriosamente num posto de gasolina e a partir de então ele dedica sua vida a encontrá-la, ainda muito atormentado pelo acontecido. Anos mais tarde, após a polícia já ter encerrado o caso, Rex é abordado por Raymond Lemorne (Bernard-Pierre Donnadieu), o suposto sequestrador, que lhe faz uma intrigante proposta.

George Sluizer cria aqui um verdadeiro jogo psicológico entre os personagens desde o primeiro plano de cena, já que ele consegue nos passar uma sensação mórbida, como se os personagens não estivessem seguros em nenhum momento e mesmo nos instantes de calmaria. É preciso destacar principalmente o fato que a trama é fragmentada, onde o presente, passado e futuro são jogados na tela sem nenhuma cerimônia e fazendo com que tenhamos uma atenção redobrada ao longo da sessão. O resultado é um jogo de mistérios, do qual faz com que nos envolva e fazendo a gente se perguntar o que realmente está acontecendo e quais as motivações que movem os seus respectivos personagens principais.

É preciso salientar a estupenda atuação de Bernard-Pierre Donnadieu como o psicopata principal do longa,  sendo responsável por mover as principais peças desse xadrez. Porém, não esperem um vilão convencional, já que ele foge de qualquer regra conhecida e fazendo com que a sua figura transite em situações de humor para o mais puro terror. Portanto, a sua cena final é desde já uma das mais assustadoras da década de oitenta e impressionando pessoas de quilates como no caso do gênio Stanley Kubrick que havia adorado o filme.

Sucesso de público e crítica pelo mundo a fora, além de ter adquirido inúmeros prêmios, não demorou muito para que o filme fosse pego pelo radar de Hollywood e sendo imediatamente pego pela sua rede. Porém, o próprio diretor George Sluizer embarcou no projeto para realizar a mesma trama, porém, com algumas diferenças. Para começar, se tira uma trama fragmentada e se tem algo mais linear e para melhor compressão para o público norte americano, mesmo quando o mesmo já estava experimentando tramas fragmentadas com Tarantino no início dos anos noventa com o seu "Cães de Aluguel" (1990).

É o início dos anos noventa, época em que o ótimo "O Silêncio dos Inocentes" (1991) havia estourado nas bilheterias e fazendo com que os estúdios corressem para adquirir tramas com altas doses de violência e suspense. "O Silêncio do Lago" trazia tudo isso, mas não de acordo com a visão que os norte-americanos estavam acostumados e, portanto, temos aqui um filme cuja a edição é um pouco mais frenética, onde os personagens se encontram sempre em movimento e fazendo com que o público não pense muito, mas sim sinta uma tensão ao longo do percurso. Curiosamente, o psicopata já dá as caras na abertura e sendo brilhantemente interpretado por Jeff Bridges.

Embora seja o mesmo personagem do filme original, Bridges interpreta da sua maneira, se distanciando da personalidade mais segura e se revelando alguém um pouco mais instável principalmente na reta final da trama. Já Kiefer Sutherland e uma até então desconhecida Sandra Bullock formam um casal com uma química até melhor desenvolvida se for comparada a sua versão original. Além disso, vale destacar a segunda namorada da trama, que na versão original quase ninguém havia prestado atenção nela, mas que aqui ganha uma importância muito maior e sendo interpretada com garra pela atriz Nancy Travis.

Mas o que torna a versão original muito melhor está em seu final corajoso e do qual os norte-americanos talvez repugnassem logo de imediato. Imagino que o estúdio Fox tenha exigido do diretor um final mais otimista e que não perturbasse por demais o público e foi exatamente isso o que ele fez. O resultado é um ato final que se estende, com direito a diversas reviravoltas, tensão e um minuto final pouco inspirado, pois ele me lembrou por demais do clássico "Louca Obsessão" (1990).

As duas versões ganharam recentemente uma edição especial em DVD pela Classicline. Quem for assistir aconselho em ver primeiro a versão norte americana para só assim assistir a versão holandesa, pois o final dessa última com certeza pegará todos desprevenidos. Não que a versão americana seja algo para ser descartável, muito pelo contrário, só acho que ele é um exemplo de como os norte-americanos são presos ao fato de que a vida é tudo simplificada pelo bem e o mal, quando na verdade não é isso exatamente que define as pessoas, mas sim suas ações que falam mais do que meras palavras.

O clássico "O Silêncio do Lago" e sua versão americana são um curioso estudo sobre o lado sombrio da mente humana e que pode sim aflorar na mais insignificante e não chamativa pessoa. 

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