Sinopse: O Verde Está do Outro Lado estabelece um paralelismo entre as experiências do Chile e do Brasil para tratar do acesso das populações à água no mundo, explorando as nuances econômicas e ambientais envolvidas na disputa pela propriedade da água, que irá determinar o futuro do planeta.
Nenhum governo neoliberal é a serviço do povo, mas sim a serviço de poderosos vindos de fora e dos quais nos seduzem com falsas promessas. Em tempos de privatizações, em que os recursos brasileiros são vendidos a preço de banana para os gringos, cabe fazermos uma reflexão e procurarmos o ponto onde a gente errou. "O Verde Está do Outro Lado" mostra os dois lados da mesma moeda e dos quais ambos estão convivendo com as consequências.
Dirigido pelo estreante Daniel A. Rubio, o filme foi produzido entre Chile e Brasil e do qual traça um paralelo entre as experiências dos dois países a partir da perspectiva da Província de Petorca, a 200 quilômetros de Santiago, e de Correntina, que fica no oeste da Bahia. Entrevistas com moradores da região, ambientalistas e políticos guiam o longa que explora as nuances econômicas e ambientais que regem as batalhas pela propriedade da água. A produção explora os efeitos da privatização da gestão da água vivida pelo Chile em 1981 e seus reflexos negativos quase quatro décadas depois.
O modelo de privatizações vistos no Chile deve servir de exemplo negativo para os demais países, incluindo o Brasil, para que não se tire a água do povo, mas sim encontrando outros meios para compartilhar essa riqueza para todos. Infelizmente, o documentário escancara o verdadeiro veneno de todo esse quadro que acontece nos países latino americanos, tanto no passado, como também em nosso presente. Ao vermos o centro de Nova York, moldada com as suas luzes e cores, percebemos então quem se beneficia com as desgraças de quem vive do outro lado do mundo.
Daniel A. Rubio, por sua vez, cria um ritmo dinâmico em sua obra, onde a sua linha do tempo vem e vai em uma edição caprichada e revelando as consequências das privatizações e da seca que assola as duas terras. Curiosamente, testemunhamos a tentativa de parlamentares em Brasília em tentar passar novas diretrizes para privatizar a água no Brasil. Nesse último caso, a situação fica em aberto, mas quem vive do outro lado da tela sabe muito bem como termina tudo isso.
Em sua reta final, o filme dá um pingo de esperança em tempos nebulosos, ao vermos o povo Chileno recebendo uma forte chuva e testemunhando um território seco começar a encher de água. Infelizmente a esperança é sufocada por falsas promessas, das quais não enganam mais ninguém, mas sim só tentam amenizar o inevitável quadro de calamidade pública. Resta o despertar e a união dos povos, para que assim muitos não morram devido à falta de recursos e com os seus sonhos despedaçados.
"O Verde Está do Outro Lado" é sobre tempos nebulosos, onde vemos as nossas fontes naturais serem vendidas a preço de banana e deixando para nós somente esperanças perdidas.
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