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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Cine Dicas: Em Blu-Ray - DVD – VOD:

O Conto



Sinopse: Jennifer (Laura Dern) tem uma ótima carreira como documentarista e professora e um relacionamento repleto de carinho e respeito mútuo com seu noivo, Martin (Common). Porém, quando sua mãe encontra uma história que ela escreveu para escola quando tinha 13 anos contando sobre um relacionamento que teve com dois adultos, ela é obrigada a revisitar um passado traumático e reconciliar suas lembranças com o que de fato aconteceu com ela.



Tudo o que é visto nesse filme é muito chocante, já que ele é baseado numa história real, que virou livro escrito por Jennifer Fox, que também dirigiu o filme brilhantemente. É um filme difícil de ver, mas extremamente bem feito e correto. A manipulação da menina pelos dois adultos é realmente difícil de ver. A forma como a mãe (feita pela sempre maravilhosa Ellen Burstynn) percebe como faltou com seu apoio nesse momento da vida da filha, é igualmente angustiante. E, é claro, Laura Dern, atriz tão premiada, está intensa e perfeita.
Ao final há um aviso de que nenhum menor de idade esteve presente em cenas mais fortes, tendo sido substituídas por dublês adultos. Isso fica claro na cenas, mas não atrapalha cena alguma. Muito pelo contrário. Dá um suporte à mensagem muito poderosa do filme. Para quem tem filhas, é ainda mais difícil de ver, porém, extremamente indispensável. 


 O Animal Cordial



Sinopse: Inácio é o dono de um restaurante de classe média, por ele gerenciado com mão de ferro. Tal postura gera atritos com os funcionários, em especial com o cozinheiro Djair. Quando o estabelecimento é assaltado por Magno e Nuno, Inácio e a garçonete Sara precisam encontrar meios para controlar a situação e lidar com os clientes que ainda estão na casa: o solitário Amadeu e o casal endinheirado Bruno e Verônica.

O Animal Cordial tem sido classificado como slasher movie, ou seja, um filme de violência explícita, sangue em alto grau, corpos esquartejados, o que antigamente se chamava de “filme com facas, serras elétricas e machados”. A classificação está correta, mas não dá conta da força e do alcance do surpreendente longa-metragem de estreia de Gabriela Amaral Almeida, do qual corre o risco de encerrá-lo num nicho e limitar seu público alvo. Mais do que um microcosmo da sociedade retratado nas entranhas de um restaurante, temos aqui uma microfísica do poder. É um filme político como poucos. E agora cabe uma digressão sobre as referências cinematográficas mais evidentes. Filmes em que personagens são feitos reféns e aterrorizados por criminosos armados são frequentes na história do cinema. Falou-se com razão no clássico Horas de Desespero (1955), de William Wyler, como caso paradigmático. A diferença, porém, é que em O Animal Cordial o terror não é o bandido que vem de fora, não é o psicopata à margem da sociedade estabelecida. O monstro sanguinário, aqui, é o “cidadão de bem” que estava dentro o tempo todo. Um filme brasileiro mais atual do que nunca.

Foxtrot



Sinopse: Michael e Dafna ficam devastados quando oficiais do exército aparecem em sua casa para anunciar a morte de seu filho Jonathan; enquanto sua esposa sedada descansa, ele se envolve em um turbilhão de raiva e rivaliza com seu filho morto.


FoxTrot enfrentou críticas do governo de Israel, por razões óbvias, pois é um filme que mostra o lado insensato da guerra ininterrupta da região e a incoerência de um povo oprimido agora ser opressor.  É interessante que Foxtrot fala de guerra mas não possui nenhuma cena de combate. As mortes que acontecem durante a trama, inclusive, são mortes banais, de momentos corriqueiros. Isso não impede de o filme ser tenso a cada segundo. É um filme de detalhes, onde coisas pequenas, que na hora parecem não fazer sentido, logo significam muito e até mesmo mudam o rumo de toda a trama.  


Sua Melhor História



Sinopse: Durante o London Blitz de 1940, a roteirista Catrin se junta a uma equipe de filmagem britânica para tentar fazer um filme patriota para levantar a moral inglesa durante a Segunda Guerra Mundial.


Dunkiré novamente revisitado nesse filme singelo, engraçado e emocionante. Destaco a maneira como o filme retrata a maneira que naqueles tempos os realizadores faziam os filmes. Em tempos de alta tecnologia, é sempre um prazer ver a maneira que se faziam os filmes em tempos mais dourados.  

Desobediência

 Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.



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2 comentários:

Leo Rib disse...

Eu ainda não vi O Animal Cordial. Mas ele tá sendo classificado em todos os sites como ´´terror``.
Se é assim, ele faz parte da nova leva de filmes de terror que têm crescido no Brasil.

Marcelo Castro Moraes disse...

Sim é um filme de terror, mas ao mesmo tempo ele levanta inúmeras questões como, por exemplo, as divisões de classes que o Brasil se encontra atualmente. O cidadão do bem visto na tela é na verdade o verdadeiro vilão da trama, se é que há uma definição de bem e mal ao longo da história.