Nos dias 14 e 15 de outubro eu estarei na
Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, participando do curso Fritz Lang: O
Arquiteto das Sombras, criado pelo Cine Um e ministrado pela Mestra e
Doutoranda em Comunicação Social Janaina Gamba. Enquanto os dias da atividade
não chegam, eu estarei por aqui relembrando dos principais clássicos desse pai
do expressionismo cinematográfico.
O homem que quis matar Hitler (1941)
Sinopse: Um atirador inglês planeja matar Hitler,
e quando está prestes a atirar no líder nazista, é capturado pela Gestapo, que
o obriga a assinar um termo responsabilizando o governo inglês pelo atentado.
Desde o magnífico plano de
abertura, em que a câmera desce na paisagem até captar pegadas de um homem,
tudo em O Homem que Quis Matar Hitler fascina um fã de cinema. A
maneira como mostra um homem torturado (o caçador que, por esporte, arma uma
situação em que poderia ter matado Hitler), sem mostrar um segundo de tortura,
podia servir de lição a cineastas de hoje.A forma como encadeia os planos, como
consegue partir do detalhe para o quadro amplo, ou vice-versa, é até hoje
inimitável. O
filme é rico de detalhes e sutilezas em todos os aspectos. A forma como Lang
trabalhou o roteiro faz com que não tenha envelhecido nada.
Um retrato de mulher (1944)
Sinopse: O professor universitário
Richard Wanley tem a chance de conhecer a modelo de uma foto que muito admira.
Os dois saem juntos e acabam no apartamento da moça, mas são surpreendidos pelo
namorado dela, sendo todos envolvidos em uma tragédia.
Com um final destoante da forma como
toda a história estava sendo conduzida mas o que importa, de fato, é todas as
características que fazem de Um Retrato de Mulher um dos filmes responsáveis
pelo surgimento do cinema noir, principalmente a questão da mulher fatal ou
femme fatale: a mulher misteriosa, entre a sagrada mãe, esposa e dona-de-casa e
a mulher “vulgar”, ou seja, aquela que não ligava para as regras da sociedade
da época e fazia o que queria.
Quando Desceram as Trevas (1944)
Sinopse: Acusado de um assassinato que
não cometeu, perseguido por espiões e pela polícia, Neale foge e tenta resolver
o intrincado caso, mas sem saber em quem pode confiar.
Produção aparentemente
modesta, que nem mesmo busca apresentar cenas em locações londrinas como era
então habitual ou fazendo uso de back shots, que não deixam de se encontrar
presentes aqui, mas por motivos outros. Vale mais para aqueles que são
verdadeiros fãs do cineasta.
Os corruptos (1953)
Sinopse: Um policial
parece ter cometido suicídio, mas o detetive Dave Bannion (Glenn Ford) acha que
há mais nesta história. Depois de conversar com a amante do homem que é
conectada a máfia, Bannion descobre que a corrupção vai da delegacia até o
chefão Mike Lagana (Alexander Scourby). Mas quando a amante do policial é
morta, torna-se claro que ir contra Lagana é perigoso. Logo, Bannion e sua
família estão em perigo.
Com roteiro escrito por
Sydney Boehm, Os Corruptos é um ótimo filme “noir” produzido pela Columbia
Pictures Corporation em 1953. Sua trama, baseada num livro de William P.
McGivern, mostra-se bem estruturada e acompanha o esforço de um detetive para
desmantelar uma rede criminosa e vingar a morte de sua esposa.Partindo de um
roteiro bastante original e inteligente, Lang nos brinda com um belo trabalho
de direção, marcado por uma boa dose de ação, notadamente na segunda parte do
filme.
Desejo
Humano (1954)
Sinopse: De volta da Guerra da Coréia, o engenheiro e ex-militar Jeff
é seduzido pela mulher de seu patrão, envolvendo-se posteriormente em um
assassinato.
Baseado no romance A Besta
Humana, de Émile Zola. Temos aqui, como em outros filmes de Lang, o tema do
homem normal, quase um modelo de integridade, que subitamente experimenta um
princípio de autodestruição, geralmente por conta de uma dama fatal. Fritz
Lang não estava muito disposto a fazer este filme, mas foi contratualmente
obrigado a fazê-lo pela Columbia, que esperava se aproveitar do sucesso de Os
Corruptos, um ano antes.
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