Sinopse: Tree
(Jessica Rothe) é uma jovem estudante que trata mal os meninos, desdenha das
amigas e não parece estar muito disposta a atender as ligações do pai no dia do
aniversário dela. No fim do mesmo dia, no entanto, ela é brutalmente
assassinada por um mascarado. Acontece que ela "sobrevive", ou
melhor, acorda no mesmo e fatídico dia, numa espécie de looping macabro, que
termina sempre com a morte da garota. Repetir, seguidamente, o mesmo dia, por
outro lado, dá a Tree a chance de investigar quem a está querendo morta e o
porquê.
Na metade dos anos 90,
os cinemas foram invadidos pelos assassinos mascarados, graças à franquia Pânico,
cuja fórmula foi usada tantas vezes que acabou sendo desgastada. Já no início
da mesma década, o público teve o privilégio de assistir ao maravilhoso Feitiço
do Tempo, cujo protagonista (Bill Murray) retorna no tempo e fica vivenciando o
mesmo dia. Embora sejam propostas distintas, elas formam o filme A Morte Te Dá Parabéns
que, embora caia em fórmulas manjadas, o filme diverte e não exige muito de
quem assiste.
Dirigido por Christopher Landon (Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal), acompanhamos um dia da vida
de Tree (Jessica Rothe, de La La Land), uma universitária egoísta, da qual
trata mal as pessoas, não leva a sério suas amigas e não responde as ligações do
seu pai. Porém, no fim do mesmo dia, ela é brutalmente assassinada por um
mascarado misterioso, mas que, ao invés de morrer realmente, ela retorna ao passado
e 24 horas antes do ocorrido. Entre idas e vindas no tempo, Tree tenta de todos
os meios para descobrir quem é o seu assassino para só assim quem sabe parar de
voltar no tempo.
Não é a primeira vez
que o clássico estrelado por Bill Murray serviu de inspiração para a realização
de outros filmes com a mesma temática. Basta à gente se lembrar, por exemplo,
do ótimo No Limite do Amanhã e estrelado por Tom Cruise. Já A Morte Te Dá
Parabéns pode enganar o desavisado por um momento, já que de terror o filme
quase não tem nada, mas sim está mais para uma comédia adolescente e usando a ideia
da viagem do tempo unicamente como desculpa para se criar momentos imprevisíveis
de humor.
Entre suspense e comédia,
o filme se envereda também sobre a desconstrução da protagonista, já que no
principio Tree é uma jovem pouco sociável e trata as outras pessoas com o maior
desdém. Mas pelo fato dela retornar sempre no tempo, ela consegue então a
oportunidade de enxergar certas situações e o comportamento de outras pessoas
por outro ângulo. Além de se dar conta de que suas colegas são um bando de materialistas,
ela mesma consegue se enxergar como uma pessoa que poderia ter sido mais sociável
com as pessoas mais próximas e das quais se importam realmente com ela.
Por causa disso, o
filme nos diverte e faz com que até mesmo não queiramos que a protagonista
descubra quem é o assassino que a mata, já que daí então as viagens no tempo
acaba. Aliás, a revelação sobre quem é o assassino é tão dispensável que,
quando é finalmente revelado, acaba soando tão ridículo que teria sido até
melhor os roteiristas terem nos poupado disso. Dessa salada, é preciso reconhecer
o bom empenho da jovem atriz Jessica Rothe, sendo que ela carrega todo o filme
nas costas e fazendo dos demais personagens em cena algo bem descartável para
dizer o mínimo.
Curto, divertido, mas
dispensável, A Morte Te Dá Parabéns não ofende, desde que você leve tudo que
for assistir na tela na maior esportiva.
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