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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: KUBO E AS CORDAS MÁGICAS




Sinopse: Kubo vive no Japão com sua mãe. Ele acaba se tornando alvo de um espírito vingativo e passa a ser perseguido por monstros e também deuses. Nessa longa jornada de sobrevivência, Kubo precisa achar a armadura mágica usada por seu pai falecido, um guerreiro samurai, para acertar as contas com esse ser do mal.


Embora o estúdio Pixar seja responsável pela criação de inúmeras obras primas ao longo da sua história, é preciso reconhecer que, até mesmo ela, esteja passando por uma falta de originalidade e se entregando até mesmo a sequência de grandes sucessos.  Se isso acontece com um estúdio de quilate como este, não tem o que dizer muito de outros que tentam comer pelas beiradas, mas que pouco nos brindam com algo de originalidade que mereça nota. Nesse cenário atual, é curioso observar como o estúdio Laika (casa do filme Coraline) nos brinde com tramas corajosas, sombrias e usando o velho artifício do stop motion nos dias de hoje de forma eficaz.
É através dessa coragem e nostalgia é que eles novamente nos brindam com uma trama original e inspirada na terra do sol nascente. Dirigido pelo estreante Travis Knight, Kubo e as Cordas Mágicas conta a história do pequeno Kubo, que vive isolado numa montanha com a sua mãe que vive de depressão. Todos os dias ele desce da montanha e vai num pequeno vilarejo, onde através de seu violão com cordas mágicas, ele conta histórias das aventuras do seu falecido pai, fazendo com que papéis criem vida e se transformem em origamis para representar o conto. Porém, o seu avô e tias, sendo eles responsáveis pela morte de seu pai, vão ao seu encalço para lhe roubarem o seu olho e assim tirar a poder escondido dentro dele.
Já nesse primeiro ato a trama nos fisga, pois facilmente nós somos seduzidos pela beleza das cenas, das quais presta uma homenagem a toda cultura do Japão. Ao mesmo tempo é um filme fácil de nos identificarmos, já que é a velha história do jovem herói se descobrindo e procurando saber qual é o seu papel no mundo do qual vive. Tudo isso embalado com o melhor da tecnologia atual, mas se casando muito bem com a velha forma de fazer animação, com o direito de surgir passagens onde as cenas são criadas pelo velho desenho tradicional a lápis e fazendo até mesmo a gente se lembrar de filmes de animação japonesa.
Curiosamente, é impressionante que, embora seja um filme para todas as idades, existam algumas passagens do filme bem sombrias, onde os olhos se tornam o real foco da trama. Se a Laika já havia explorado um pouco disso em Coraline, aqui é expandido para inúmeras propostas, com relação à vida, morte e o mundo do espiritismo. São assuntos raros ao serem visto num filme de animação, mas que aqui é vista de uma forma com que o jovem que for assistir não se assuste, mas sim se sinta atraído pela mitologia japonesa, tão raramente vista em sua plenitude num filme criado no ocidente. 
O filme ainda consegue a proeza de brincar com a nossa atenção. Se no início da trama o pequeno protagonista nos diz para piscarmos agora para não piscarmos depois, é para então prestarmos atenção nas inúmeras pistas das quais escondem inúmeras surpresas, principalmente com relação às reais identidades de alguns personagens importantes que surgem na trama. Quando o quebra cabeça começa aos poucos se montando e revelando a real natureza sobre o que realmente acontece em volta do personagem, tudo acaba fazendo sentido, mas ao mesmo tempo pode pegar alguns desprevenidos, principalmente para aqueles que não prestaram atenção ou piscaram.
Com um final melancólico, porém eficaz, Kubo e as Cordas Mágicas é um exemplo de coragem de um estúdio que não se preocupa em termos de bilheterias, mas sim de entregar um produto de qualidade e que faça a diferença.  


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Um comentário:

Unknown disse...

A crítica do filme é interessante, me ajudou a notar certos detalhes que passaram despercebidos na primeira vez que vi. O que mais eu gostei deste filme é a musica com a que a ambientaram cada situação da historia. Tem todas as emoções nesta produção, nos diverte muito e nos faz se identificar com os personagens. Para quem não é deste tipo de produção, esta é uma boa opção para mudar de idéia. O que mais me surpreendeu foi a dublagem de Matthew McConaughey 2017 por que este ator nos deixa outro projeto de qualidade, de todas as suas filmografias essa é a que eu mais gostei, acho que deve ser a grande variedade de talentos. É uma produção espetacular, desfrutei muito. No resultado uma surpresa ao ver que o filme funcionou de forma maravilhosa.