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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cine Dica: O Melhor do Nosso Cinema: REFLEXÕES DE UM LIQUIDIFICADOR


Sinopse: Um liquidificador pensa e narra essa história. Ele também conversa com sua proprietária Elvira uma senhora já da terceira idade. Logo descobrimos que os dois Elvira e liquidificador são cúmplices de um crime: o assassinato de Onofre o marido de Elvira que depois foi moído no liquidificador. Num tom de humor negro e sarcasmo ficamos conhecendo como o liquidificador adquiriu vida ao ser reformado por Onofre quando o casal era dono de um pequeno bar a Vitamina da Elvira. A história do casal é intercalada com o medo que Elvira tem de ser descoberta pela polícia e o aconselhamento e reflexões do sábio eletrodoméstico.

Se há uma coisa que eu sempre prego, é que não importa se o filme tenha isso ou aquilo de efeitos visuais, sonoros, ou se a imagem sai da tela, isso pouco importa. O que é importante é ter, acima de tudo, uma idéia para criar uma historia genial que está feito e esse filme de André Klotzel é uma prova disso. Protagonizado, pela voz marcante de Selton Mello (Cheiro do Ralo) através de um liquidificador, onde ele fica acompanhando o dia a dia dos seres humanos, principalmente dos seus donos, o filme é uma analise do comportamento humano que por vezes age de uma maneira imprevisível e que por isso cria momentos inusitados nos quais o aparelho vai aprendendo a lidar.
A trama começa a partir do desaparecimento do marido (Germano Haiut) e com isso sua esposa Elvira (Ana Lúcia Torre ótima no papel) decide procurar a policia para falar a respeito  sobre o desaparecimento, mas ela acaba se tornando a principal suspeita e com isso é vigiada de perto pelo detetive Fuinha (Aramis Trindade engraçadíssimo e um excelente desempenho). Durante o filme, nos simpatizamos com a senhora Elvira e suas conversas com o aparelho, mas aos poucos, a trama vai descascando inúmeras camadas de sua personalidade, assim como a de outros personagens, como no caso da vizinha e do marido da Elvira. Com isso, o filme é uma verdadeira aula de reflexão de que às vezes nos não nos conhecemos mesmo, mas tudo embalado em forma de humor negro que não há como deixar de soltar um riso, principalmente nos momentos que o Fuinha entra em cena.
Com um final que deixa em aberto para fazer com o que o espectador imagine o que viria depois, o filme é mais uma grata surpresa do nosso cinema brasileiro e mais uma prova que não precisa de orçamentos estourados para se criar uma boa trama.

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2 comentários:

Gilberto Carlos disse...

Gostei do filme e da interpretação correta de Ana Lúcia Torre.

Marcelo Castro Moraes disse...

Sim Gilberto, só lamento por não ser um filme que a maioria do publico conheça