MARVEL SE ARRISCA E CRIA UMA TRAMA QUE DIVIDIRÁ O PUBLICO.
Sinopse: Desde o
ataque dos chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando
dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme
não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários
inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o
Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão
e colocando a vida de Pepper em risco. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir
do fundo do mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e
superar seu maior medo: o de fracassar.
Verdade
seja dita: os filmes do Homem De Ferro jamais seriam a mesma coisa sem a
presença magnética de Robert Downey Jr, sendo que o ator criou uma
personalidade para o personagem que nos contagia e faz com que sua contra parte
das HQ meio que se torne apática. Portanto, é de se perdoar, se às vezes em
alguns momentos a mais nova aventura do herói ferroso decepcione, pois basta o
ator estar em cena que o cenário muda. Mas se nos filmes anteriores
(pré-Vingadores), a Marvel optou por seguir a risca com os seus filmes (sem
inventar muito), eis que nesta terceira aventura solo do herói, eles decidem
arriscar, injetando novas idéias, que embora manjadas, até que funciona num
certo ponto.
Todos esperavam por mudanças é claro,
principalmente com o novo diretor do comando:
Shane Black se tornou conhecido nos anos 80 por ter roteirizado os dois
primeiros Maquina Mortífera e surpreendeu a critica ao dirigir o eficiente
Beijos e Tiros ( também com Robert Downey Jr). Com isso, podemos reparar
elementos que vimos em seus filmes anteriores na aventura do ferroso, como
humor, enlaçado como momentos sombrios, mas jamais exagerados e de quebra, as
cenas que Robert Downey Jr divide
com Don Cheadle, me fizeram me lembrar
os bons tempos de parceria de Mel Gibson e Danny Glover, onde sempre surge uma
piada em meio ao tiroteio. Outro ponto a considerar, é que esse filme é o que
menos faz referencia ao universo que a Marvel fez no cinema, muito embora os
eventos do filme Os Vingadores uma vez ou outra são citados, principalmente
pelo fato que o protagonista acabou tendo crise de pânico após ter salvado o
mundo em Nova York.
Mas essas seqüelas que o personagem
sofre logo se tornam irrelevantes, pois o que surge a seguir, com certeza irá
fazer os nerds debaterem por dias a fio. Para começar, todo mundo sabia que o
grande vilão da trama seria o Mandarim (Ben Kingsley) e que sua caracterização
para as telas, remete logicamente a Osama Bin Laden, pois sempre quando surge,
é através de um sinal pirata pelas TVs americanas. Mas não vou entregar muito o
jogo aqui, pois contar muito seria estragar a grande (e bombástica) revelação que
acontece durante o filme com relação ao personagem. O que eu posso dizer é que
se por um lado o publico em geral irá ficar surpreso é até admirado quando uma
grande peça chave for revelada, por outro, posso ter absoluta certeza que fãs
de carteirinha das HQ (aqueles que levam o seu gibi para o banheiro) irão odiar as mudanças e irão dizer que chuparam a idéia na trilogia de
Batman do Nolan.
Eu,
mesmo sendo fã de HQ, considerei a revelação (e armação), corajosa, mas
arriscada, pois os estúdios já deviam ter aprendido há muito tempo que com fã
de gibi não se brinca. A meu ver, essa artimanha toda que inventaram com
relação ao vilão, foi para fazer referencias as teorias de que o próprio estado
americano cria os seus próprios terroristas para um objetivo maior. Neste caso,
em tempos em que a recém o povo americano está se recuperando de um ataque em
Boston, a produção acaba se tornando corajosa em tocar num assunto tão
espinhoso, principalmente em cenas que toca bem na ferida, como ataque
terrorista no teatro da china, que, aliás, é bem tenso.
Nesta
teia de eventos, Guy Pearce e Rebecca Hall se saíram bem
interpretando uma espécie de vilões que trabalham em meio aos bastidores, mas
que vão crescendo conforme vai se
descascando a cebola cheia de segredos. Para a surpresa de todos, Pepper Potts (Gwyneth
Paltrow) surpreende ao se tornar uma (quase) super heroína, numa cena em que
ela própria usa a armadura do Tony, durante o ataque da mansão e sua cena final
do filme é digna de nota. Agora, se o publico esperar encontrar cenas de ação
que superem as espetaculares cenas vista em Vingadores, pode tirar o cavalo da
chuva, pois ainda não foi dessa vez que a Marvel conseguiu se superar. Muito
embora, as cenas de ação desse filme são bem eficientes, como o já citado
ataque contra a mansão do Stark, o ataque à Força Área Um (a melhor de todas) e
o surgimento da 40 armaduras que vem salvar o dia no ato final de filme, mas
que cá para nos, elas estão ali não somente para fazer o serviço, como também vender
mais brinquedos no nosso mundo real.
Com minutos finais que
colocam em duvida o futuro do Homem de Ferro no cinema, no saldo geral o filme
encerra bem a trilogia, enlaçando todas as pontas soltas que existiam nos
filmes anteriores (como no caso do primeiro filme) e deixando terreno livre
para até quem sabe um reinício para o personagem no cinema. Mas do jeito que a
carruagem anda, imaginar um filme do Homem de Ferro sem Robert Downey Jr seria um verdadeiro
tiro no pé que o estúdio faria. Esperemos para ver o que irá acontecer nos próximos
anos.
Nota:
Não saia da sala até ver o uma cena extra após os créditos, que embora não seja
nada importante é bem divertida.
3 comentários:
Foi bem o q eu achei do filme tbm....
eu gostei, mas talvez pq eu não esperasse algo tão grandioso e espetacular qto "Vingadores"!!! achei q funcionou bem como um bom filme de ação... sem maiores pretenções!!!
mas com certeza, deve ter decepcionado quem esperava um NOVO "Vingadores", hehe!!!
Pois é, agora vamos ver como a Marvel irá se comportar com o futuro do ferroso.
Gostei do filme, apesar de preferir os anteriores.
Bacana e verdadeira sua comparação entre os protagonistas de Homem de Ferro 2 e 3 com a química das estrelas de Máquina Mortífera.
abs
Postar um comentário