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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Precisamos Falar Sobre o Kevin


UM TERROR INEXPLICADO
Sinopse: Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temerosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.
Eu sempre falo que a pessoa é boa ou má, de acordo com a sua forma de educação ao longo da vida, mas há casos, que não existe explicação, para a origem de tamanha atrocidade que vem de uma pessoa e com isso, da entender que ela simplesmente nasceu assim. Ao assistir o filme da diretora Lynne Ramsay (O Romance de Morvern Callar), testemunhamos uma verdadeira historia de terror psicológico, sobre o relacionamento complicado de uma mãe (Tilda Swinton, soberba) com o seu filho Kevin (Ezra Miller, assustador), que sempre quando responde para ela, são com palavras duras e venenosas, que simplesmente nos faz a gente se perguntar por que ele age assim. Embora no inicio do filme, fique claro que a protagonista possuía certos sonhos a serem realizados, mas que não conseguiu (devido ao casamento e a gravidez), ela jamais deixou de dar atenção a criança, mesmo quando atriz passa um certo desejo que a personagem tem de estar em outro lugar. Tilda Swinton está soberba nestes momentos, ao retratar uma mulher que sofre por dentro, mas tenta passar certa felicidade para família por fora, mesmo tendo que encarar uma criança com sentimentos inexplicáveis.
Contudo, é Ezra Miller que faz um verdadeiro show de interpretação, entregando um desempenho digno de indicação ao Oscar. Ao construir uma personalidade perversa para o personagem, percebemos que a proposta, que tanto o ator, como os criadores do filme, querem passar para nós, é que não existe uma explicação plausível dos seus atos, e com isso, soa ainda mais assustador. O ato final reserva momentos angustiantes em que responde todas as pontas soltas que ficaram no decorrer do filme, já que até lá, a trama é nos apresentada de uma forma desfragmentada, onde passado e presente vem e volta, embora já tenhamos uma vaga idéia do que o final nos reserva.
Com uma ótima trilha sonora e montagem engenhosa, Precisamos Falar Sobre O Kevin é um filme para poucos, sendo um verdadeiro soco no estômago para a maioria, mas é puro cinema e que retrata situações que já vimos pela TV. E se na vida real, já é difícil entregar uma resposta plausível sobre esses acontecimentos, o filme tão pouco se importa em entregar a resposta, e sim suas consequências.


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Um comentário:

Tαtαh disse...

Ótimo blog *-*

Seguindooo!!! Retribui?!

http://echidellanima.blogspot.com/

Siga, comentee! Beeijos *-*