Nos dias 28 e 29 de abril, estarei participando do
curso “AKIRA KUROSAWA: MESTRE DAS
TELAS”, que será
realizado no Cinbancários, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo pesquisador de historia de cinema, Jorge Roldan. E enquanto a atividade não acontece, por aqui, estarei
postando tudo o que eu sei, sobre esse cineasta, que se tornou sinônimo de
qualidade do cinema japonês.
RAN
Sinopse:
Japão, século XVI. Hidetora (Tatsuya Nakadai), o poderoso chefe
do clã dos Ichimonjis, decide dividir em vida seus bens entre seus três filhos:
Taro Takatora (Akira Terao), Jiro Masatora (Jinpachi Nezu) e Saburu Naotora
(Daisuke Ryu). Com o primeiro fica a chefia do feudo, as terras e a cavalaria.
Os outros dois ficam com alguns castelos, terras e o dever de ajudar e obedecer
Taro. No entanto, Hidetora exige viver no castelo de alguns deles, manter seus
trinta homens, seu título e a condição de grão-senhor, mas Saburu, o predileto,
prevendo as desgraças que viriam com tal decisão, se mostra contrário à decisão
paterna. Assim é expulso do feudo e acaba sendo acolhido por Nobuhiro Fujimaki
(Hitoshi Ueki), que se mostra impressionado com sua decisão de contrariar o pai
e casa-o com sua filha. Hidetora vai ao seu castelo, que agora é de Taro, e não
é bem recebido, pois seu primogênito é encorajado por Kaede (Mieko Harada), sua
mulher, para ter liberdade para tomar decisões e chefiar o feudo. Kaede quer
vingar a morte dos pais, que foram mortos por Hidetora em um incêndio, e guarda
muito rancor e igual rejeição. Hidetora sente isso quando vai ao castelo de
Jiro e assim se vê isolado em seu ex-império e bem próximo da insanidade.
Uma das ultimas obras
primas de Akira Kurosawa feito em 1985, onde o cineasta mostrou que era um o
diretor experiente em super produções gigantescas. Adaptação da tragédia Rei
Lear de Shakespeare, transportada para Japão Feudal, o que torna o seu trabalho
definitivo. Na opinião do próprio diretor esse foi o seu filme mais bem feito e
mais querido pessoalmente na opinião dele. Não faltaram esforços para que o
filme fosse gigantesco em termos de superprodução, sendo que um castelo de tamanho
natural, foi praticamente destruído durante as filmagens para dar um maior
realismo.
Após ter recuperado a
criatividade no inicio dos anos 80 com A Sombra de um Samurai, Kurosawa cria
uma verdadeira tragédia grega familiar, em que ambições pela riqueza corrompem a
união de uma família. Direção de arte, figurino e fotografia são mostradas de
uma maneira surpreendente e não faltam claro cenas que se tornaram clássicas,
como o ataque do castelo e o rosto atônico de Taro Takatora (Akira Terao) são
os pontos altíssimos dessa obra fantástica do diretor.
Curiosidade: Durante 10 anos
Akira Kurosawa planejou cada cena de Ran preparando storyboards que mostravam
como cada cena deveria ser rodada.
Kagemusha
- A Sombra do Samurai
Sinopse: Durante o
Japão medieval, um importante lorde falece em meio à uma decisiva guerra.
Prevendo que isso pudesse acontecer, ele deixa uma ordem de que, se realmente
falecesse, alguém deveria se passar por ele e, assim, evitar a queda de seu
reinado. Nesse momento entra na história um pobre ladrão, sósia do grande
lorde, que encontra uma situação incrivelmente mais difícil do que qualquer um
poderia imaginar.
Fascinante épico que toma como ponto de partida
um costume do Japão Feudal: o de providenciar dublê para homens poderosos (a
palavra Kagemusha tem exatamente esse significado – “dublê” ou “sombra” de guerreiro).
Grandes cenas de batalha, com impecáveis reconstituições de roupas e armas, rituais
majestosos e pérfidas intrigas palacianas. Um dos trabalhos de maior apuro
visual de Kurosawa. A produção executiva da versão internacional de
Kagemusha, a Sombra do Samurai ficou a cargo de Francis Ford Coppola e George
Lucas.
2 comentários:
Grandes momentos de Kurosawa. Épicos inesquecíveis.
O Falcão Maltês
Ran parece ser muito bom...
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