Nos dias 05 e 06 de Maio, estarei participando do
curso “MARTIN SCORSESE –
CINEMA, FÉ & VIOLÊNCIA”, que será realizado no Museu da Comunicação, criado
pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema, Rodrigo Fonseca. E enquanto a atividade não acontece,
por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse diretor, que deu sangue
novo ao cinema americano nos anos 70 e ainda hoje.
A Última
Tentação de Cristo
Sinopse: Jesus
(Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as
cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se
sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele
decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara
Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e
sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus
volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser
apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas
seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado
a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida
se fosse uma pessoa comum.
Baseado no livro do grego
Nikos Kazantzakis, Scorsese e o roteirista Paul Schrader dão um retrato mais humano de Cristo,
incluindo até desejos eróticos. Na época, o filme provocou polêmica e até
ameaças contra a sua exibição. Apesar de proibido (veladamente ou não) em
vários países, inclusive no Brasil, é na verdade um relato sensível e
respeitoso do fundador do Cristianismo. Com uma abordagem ousada, porém, pode
não agradar aos que vêem em Cristo uma figura de acordo com os conceitos
tradicionais. O ato final, onde Cristo é crucificado, mas que também ocorre
uma reviravolta até então inédita do que nos já conhecemos dessa historia tão
conhecida, está entre os melhores momentos do filme.
Curiosidade: Em meio
às filmagens, Willem Dafoe ficou três dias sem conseguir enxergar por ter
exagerado na utilização de lentes oculares para dilatar suas pupilas ao brilho
do sol.
Caminhos
Perigosos
Sinopse: Little
Italy, cidade de Nova York. Charlie (Harvey Keitel) trabalha ao lado do tio, um
mafioso respeitado, coletando pagamentos e realizando cobranças. Ele enfrenta o
descontentamento de sua família, devido ao relacionamento que mantém com Teresa
(Amy Robinson). Charlie na verdade não nasceu para o crime e deseja iniciar
vida nova ao lado da namorada. Só que Johnny Boy (Robert De Niro), seu melhor
amigo, o mete em uma enrascada quando se recusa a pagar uma dívida de jogo.
Este retrato da marginalidade
nova iorquiana marcou o inicio da colaboração entre Scorsese e De Niro, que
juntos fariam Taxi Drive, Touro Indomável e dentre outros. Foi o primeiro filme
do diretor, que fez com que ele chamasse
atenção, tanto do publico como da
critica, e carrega várias das marcas registradas, compondo um registro visceral
e dinâmico da vida nas ruas barra-pesadas da metrópole americana. Caminhos
Perigosos também pode ser apresentado como um símbolo de um cinema mais cru, direto
e sem papas na língua, diferente do cinema previsível que o publico americano
daquela época estava acostumado.
Curiosidade: Foi o crítico Jay Cocks quem sugeriu a mudança
do título original para "Mean Streets", tendo por base uma citação de
Raymond Chandler que dizia "down these mean.
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