Trono Manchado de Sangue
Sinopse: Japão.
Yoshiteru Miki (Akira Kubo) e Taketori Washizu (Toshirô Mifune) são os
comandantes do primeiro e do segundo castelo de um reino local, cuja sede fica
no Castelo das Teias de Aranha. Após defenderem seu senhor em batalha, eles
estão retornando para casa quando encontram um espírito que prediz o futuro de
ambos. Ele diz que Washizu em breve assumirá o trono e que o filho de Miki,
Yoshaki (Minoru Chiaki), o sucederá. Ao retornar para casa, Washizu comenta a
predição com a esposa, lady Asaji (Isuzu Yamada). Ela acredita no que o
espírito disse e incentiva o marido a agir quando o atual rei chega em seu
castelo, para passar a noite.
Kurosawa jamais escondeu sua simpatia por histórias ocidentais, em especial, as escritas
por William Shakespeare. Entretanto, ele sempre soube fazer uma ótima mistura
desses contos, quando fossem adaptados para a sua cultura. Sendo um diretor com
uma grande filmografia, é de se surpreender que na maioria dela, todos os seus
filmes são considerados como indispensáveis. Algo raro que agente vê em outras
filmografias, sendo que se vê algo parecido, somente na filmografia de Alfred Hitchcock
ou Stanley Kubrick. E Trono Manchado de
Sangue é mais uma de suas obras-primas. Nela, Kurosawa transporta para o Japão
feudal a história de Macbeth. O diretor se encontra em seu melhor momento da carreira. O
apuro visual, as cenas grandiosas, a fotografia deslumbrante, o elenco soberbo,
com destaque para Mifune, ator preferido do diretor. Tudo no filme funciona a
favor da história, que possui uma combinação das mais felizes. Shakespeare
visto por Kurosawa é arte pura.
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