Sinopse: Ted Narracot
(Peter Mullan) é um camponês destemido e ex-herói de guerra. Com problemas de
saúde e bebedeiras, batalha junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho
Albert (Jeremy Irvine) para sobreviver numa fazenda alugada, propriedade de um
milionário sem escrúpulos (David Tewlis). Cansado da arrogância do senhorio,
decide enfrentá-lo em um leilão e acaba comprando um cavalo inadequado para os
serviços de aragem nas suas terras. O que ele não sabia era que seu filho
estabeleceria com o animal um conexão jamais imaginada. Batizado de Joey pelo
jovem, os dois começam seus treinamentos e desenvolvem aptidões, mas a 1ª
Guerra Mundial chegou e a cavalaria britânica o leva embora, sem que Albert
possa se alistar por não ter idade suficiente. Já nos campos de batalha e
durante anos, Joey mostra toda a sua força e determinação, passando por
diversas situações de perigo e donos diferentes, mas o destino reservava para
ele um final surpreendente.
Steven Spielberg arrasou,
ao usar os últimos recursos que o cinema pode oferecer atualmente, quando
dirigiu Tintim no ano passado. Ao mesmo tempo, provou que velhos recursos de
antigamente, podem sim, ser muito bem usados nos dias atuais. Em Cavalo de
Guerra, Spielberg recorre a elementos que lembram o saudoso tecnicolor, com uma
fotografia fantástica, que explodem aos nossos olhos, que estão tão acostumados
com o conhecido padrão atualmente de se fazer filme. Em uma determinada cena,
por exemplo, um por do sol se torna uma verdadeira obra prima em movimento, que
relembra a clássica cena de Laurence da Arábia.
Baseada numa peça de
grande sucesso (onde os cavalos eram representados por bonecos), a trama se
divide em duas: Numa, acompanhamos o animal ao redor do mundo, e na outra,
acompanhamos o seu jovem dono, na tentativa de reaver o seu amigo. De um grande
elenco de ótimos talentos, se destaca ótimo Tom Hiddleston (o Loki de Thor e
que retornara em Vingadores), que ajuda a contar a historia, porém, é o próprio
cavalo que cria todo o lado emocional da
trama. Spielberg faz com que o espectador, sinta todos os sentimentos que o
cavalo passa na tela, seja alegria ou tristeza, mesmo ele não pronunciando
nenhuma palavra ou muito menos há recorrer de algum recurso do cinema atual.
Quando se menos espera, as lagrimas começam a
rolar no rosto, e faz de Cavalo de Guerra, um bom exemplo, de que o cinema de
antigamente, pode sim ser usado para conquistar a platéia atual, desde que seja
feito com coração e talento.
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