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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Cavalo de Guerra


Sinopse: Ted Narracot (Peter Mullan) é um camponês destemido e ex-herói de guerra. Com problemas de saúde e bebedeiras, batalha junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho Albert (Jeremy Irvine) para sobreviver numa fazenda alugada, propriedade de um milionário sem escrúpulos (David Tewlis). Cansado da arrogância do senhorio, decide enfrentá-lo em um leilão e acaba comprando um cavalo inadequado para os serviços de aragem nas suas terras. O que ele não sabia era que seu filho estabeleceria com o animal um conexão jamais imaginada. Batizado de Joey pelo jovem, os dois começam seus treinamentos e desenvolvem aptidões, mas a 1ª Guerra Mundial chegou e a cavalaria britânica o leva embora, sem que Albert possa se alistar por não ter idade suficiente. Já nos campos de batalha e durante anos, Joey mostra toda a sua força e determinação, passando por diversas situações de perigo e donos diferentes, mas o destino reservava para ele um final surpreendente.
Steven Spielberg arrasou, ao usar os últimos recursos que o cinema pode oferecer atualmente, quando dirigiu Tintim no ano passado. Ao mesmo tempo, provou que velhos recursos de antigamente, podem sim, ser muito bem usados nos dias atuais. Em Cavalo de Guerra, Spielberg recorre a elementos que lembram o saudoso tecnicolor, com uma fotografia fantástica, que explodem aos nossos olhos, que estão tão acostumados com o conhecido padrão atualmente de se fazer filme. Em uma determinada cena, por exemplo, um por do sol se torna uma verdadeira obra prima em movimento, que relembra a clássica cena de Laurence da Arábia.
Baseada numa peça de grande sucesso (onde os cavalos eram representados por bonecos), a trama se divide em duas: Numa, acompanhamos o animal ao redor do mundo, e na outra, acompanhamos o seu jovem dono, na tentativa de reaver o seu amigo. De um grande elenco de ótimos talentos, se destaca ótimo Tom Hiddleston (o Loki de Thor e que retornara em Vingadores), que ajuda a contar a historia, porém, é o próprio cavalo que cria todo o lado  emocional da trama. Spielberg faz com que o espectador, sinta todos os sentimentos que o cavalo passa na tela, seja alegria ou tristeza, mesmo ele não pronunciando nenhuma palavra ou muito menos há recorrer de algum recurso do cinema atual.
Quando se menos espera, as lagrimas começam a rolar no rosto, e faz de Cavalo de Guerra, um bom exemplo, de que o cinema de antigamente, pode sim ser usado para conquistar a platéia atual, desde que seja feito com coração e talento.


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