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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: Branca de Neve e o Caçador


Sinopse: O caçador Eric foi contratado pela Rainha Má para encontrar a Branca de Neve que escapou de seu castelo. Contudo quando ele descobre que o objetivo de sua patroa não é só recapturar mas também assassinar a jovem ele passa a ajudá-la em sua fuga dando início a uma perigosa aventura.

Existem filmes, que antes mesmo de estrear, ganham uma opinião errada vinda do publico, que por vezes, acabam por condenar as obras antes mesmo de assistir. Infelizmente Branca de Neve e o Caçador não escapara de um julgamento redondamente errado, pois todos estão acreditando, que essa nova adaptação do conto dos irmãos Grimm, seja uma versão “Crepúsculo Branca de Neve”, unicamente por ser estrelada pela atriz daquela saga, Kristen Stewart. Diferente do que o publico acredita, o filme lembra muito mais a proposta apresentada por Guilherme Del Toro em o Labirinto do Fauno, do que os vampiros que brilham no sol, sendo que nada lembra aquela saga, nem mesmo o possível triangulo amoroso que surge lá pela metade da trama e que acaba se tornando dispensável.
Produzido pelos mesmos produtores de Alice No País das Maravilhas, o filme carrega um visual e narrativa de tamanha ousadia, que é de se espantar que seja dirigido por um diretor estreante, que é Rupert Sanders, mais conhecido como criador de vídeo games como Halo 3. As passagens conhecidas pelo publico estão todas lá, mas tudo moldado de uma forma, que difere e muito das outras adaptações que o conto teve ao longo das décadas (como a versão clássica da Disney), lembrando muito mais o universo do Senhor dos Anéis, onde seres fantásticos criam vida, mas de uma forma suja e realista, como se realmente aquele universo mágico (porém sombrio) pudesse existir. Os personagens, tão conhecidos pelo publico, estão todos presentes, mas de uma forma tão diferente, como se agente não os reconhecesse em um primeiro momento. Contudo, carregam os aspectos que todos nos conhecemos, porém, apresentados por uma abordagem muito mais adulta e realista.   
A rainha má, por exemplo, tem todos os motivos por ser o que é (e explicados rapidamente num flashback) e todas as suas motivações se tornam criveis, graças à interpretação assombrosa de Charlize Theron. A vencedora do Oscar de melhor atriz por Moster: Desejo Assassino, interpreta uma rainha má diferente de tudo que agente já viu, apresentando uns trejeitos de uma verdadeira psicopata, que não mede esforços para manter sua beleza (através da vida das pessoas) e para conseguir seus objetivos, que aqui, não é somente matar Branca de Neve por ser a mais bela, mas também, para adquirir o seu coração e ganhar juventude eterna. De longe, Charlize Theron é a melhor interprete de todo longa e desejo que a academia se lembre desse seu desempenho no ano que vem. Contudo (por incrível que pareça), Kristen Stewart até que esta bem como Branca de Neve, fazendo até mesmo agente se esquecer que ela esta na famigerada saga dos vampiros que brilham no sol, mas logicamente, sua interpretação se empalidece perante Theron, mas acho que nem mesmo ela imaginava que a oscarizada se empenharia tanto para ser a vilã.
Talvez, o que mais diferencia dessa adaptação das outras, é de dar maior destaque ao caçador, que segundo o conto, foi encarregado de matar Branca de Neve. Aqui, Chris Hemsworth esta bem à vontade em um papel de caçador e guerreiro, que acaba por ajudar Branca de Neve em sua jornada, mas do jeito que a carruagem anda, pode esperar por mais personagens semelhantes que o ator australiano se encarregara de interpretar, pois além desse, ele é mundialmente conhecido como Thor. O mesmo não pode ser dito do insosso príncipe, que aqui é interpretado de uma forma insossa por Ian McShane. Mas se há um príncipe dispensável, pelo menos há oito anões (e não sete) talentosos, onde cada um tem suas características e personalidades muito bem construídas. Isso graças ao fato, de todos serem excelentes atores ingleses, que embora estejam pequenos e carregados de maquiagem, suas interpretações se sobressaem facilmente. O bando é formado por Ian McShane (Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas), Johnny Harris (O Retrato de Dorian Gray), Bob Hoskins (Brazil: O Filme), Toby Jones (O Nevoeiro), Eddie Marsan (Sherlock Homes 2), Brian Gleeson (Despertar dos Mortos), Ray Winstone (Os Infiltrados) e o divertido Nick Frost (Todo Mundo Quase Morto). Com um bando de anões desse porte, podemos facilmente perdoar, há presença de um príncipe sem sal.     
Com todos esses bons ingredientes em um único caldeirão, até que podemos perdoar o fato, de os criadores pecarem no ato final, ao agilizar demais a trama e solucionar tudo de uma forma tão rápida, que nos faz sentir aquela famigerada sensação de que alguma coisa faltou, o que é uma pena. Pois com uma historia bem construída, fotografia, edição de arte, figurinos impecáveis e um elenco de primeira, o tão conhecido, “viverão felizes pra sempre” poderia ter sido muito melhor planejado.  


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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 3


Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema. 

O PAGADOR DE PROMESSAS

Sinopse: Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.

Critica aos políticos (pré-ditadura militar), a igreja católica, a policia e á imprensa. A peça de Dias Gomes recebe um tratamento dramático que mantém viva a força dos personagens e a discussão sobre á influencia da religião na sociedade. Interpretações inesquecíveis e sinceras do casal central. Tanto Leonardo Villar como Gloria Menezes estão ótimos em seus respectivos papeis, assim como Dionísio Azevedo, que passa a todo o momento, uma representação hostil e atrasada da igreja católica.  
Anos mais tarde, a peça ganharia uma mini-serie para a TV, transmitida pela Rede Globo, mas nada que se compare ao resultado final desse filme e de como ele mexeu com os sentimentos das pessoas na época. Palma de Ouro no Festival de Cannes e finalista ao Oscar de melhor filme estrangeiro.         

Curiosidade: Após o recebimento do prêmio em Cannes, o diretor e a equipe do filme que viajou até o Festival foi recebida com um desfile público em carro aberto, ao desembarcar no Brasil.

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Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 9


O PODEROSO CHEFÃO


Sinopse: Em 1945, Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma mafiosa família italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando importantes favores para elas, em troca de favores futuros. Com a chegada das drogas, as famílias começam uma disputa pelo promissor mercado. Quando Corleone se recusa a facilitar a entrada dos narcóticos na cidade, não oferecendo ajuda política e policial, sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição. É nessa complicada época que Michael (Al Pacino), um herói de guerra nunca envolvido nos negócios da família, vê a necessidade de proteger o seu pai e tudo o que ele construiu ao longo dos anos.

Baseado no romance de Mario Puzo, adaptado por ele e pelo diretor Coppola, é um espetáculo grandioso e belíssimo, que empresta um tom épico e inédito nos filmes de gângster. Pontuado por diversas cenas clássicas, tem um elenco impecável, uma fotografia primorosa (cortesia de Gordon Willis de Manhattan) e trilha sonora inesquecível de Nino Rota, conduzida pelo maestro Marmine Coppola, pai de Francis. O próprio cineasta dirigiu duas seqüências que deram continuidade a saga (74 e 90) e uma montagem dos dois primeiros filmes para ser apresentado para a TV. Vencedor de 3 Oscar.

Curiosidade: Francis Ford Coppola e Mario Puzo, autores do roteiro do filme, evitaram a todo custo utilizar a palavra "máfia" nos diálogos dos personagens.

O PODEROSO CHEFÃO: Parte II

Sinopse: Início do século XX. Após a máfia local matar sua família, o jovem Vito (Robert De Niro) foge da sua cidade na Sicília e vai para a América. Já adulto em Little Italy, Vito luta para ganhar a vida (legal ou ilegalmente) para manter sua esposa e filhos. Ele mata Black Hand Fanucci (Gastone Moschin), que exigia dos comerciantes uma parte dos seus ganhos. Com a morte de Fanucci o poderio de Vito cresce muito, mas sua família (passado e presente) é o que mais importa para ele. Um legado de família que vai até os enormes negócios que nos anos 50' são controlados pelo caçula, Michael Corleone (Al Pacino). Agora baseado em Lago Tahoe, Michael planeja fazer por qualquer meio necessário incursões em Las Vegas e Havana instalando negócios ligados ao lazer, mas descobre que aliados como Hyman Roth (Lee Strasberg) estão tentando matá-lo. Crescentemente paranóico, Michael também descobre que sua ambição acabou com seu casamento com Kay (Diane Keaton) e até mesmo seu irmão Fredo (John Cazale) o traiu. Escapando de uma acusação federal, Michael concentra sua atenção para lidar com os seus inimigos.

Flashbacks interrompem a narrativa, para mostrar o surgimento do império Corleone. Ninguem em Hollywood acreditava, mas Coppola conseguiu fazer uma continuação ainda melhor que o filme original. O diretor e Mario Puzo criaram uma emocionante complemento do primeiro filme, revelando detalhes que explicam o comportamento dos personagens. Esse amargo e irresistível vaivém no tempo, que cobre três décadas e três gerações da família Corleone, forma também um grande e romântico painel sobre o EUA do século XX. Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado, ator coadjuvante (Robert De Niro, perfeito como o jovem Vito Corleone), trilha sonora e direção de arte.

Curiosidade: Para se preparar para o papel, Robert De Niro viveu durante certo período na Sicília. Ele faz parte do grupo de atores que ganhou um Oscar falando a maior parte de seus diálogos numa língua diferente da inglesa (os demais foram Sophia Loren, Roberto Benigni e Marion Cotillard).


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Cine Dica: Em Cartaz: ALICE DIZ:


Sinopse: O filme acompanha o envolvimento virtual do jovem Daniel com Alice, uma desconhecida. Mesmo sem nunca tê-la visto Daniel apaixona-se de forma obsessiva. Conversam diariamente pelo msn, e até quando longe do computador, ele sente-se conectado a ela. Mas Alice possui segredos. A revelação de uma verdade surpreendente faz com que Daniel entre em desespero. Uma série de eventos se inicia, conduzindo os personagens por caminhos desconhecidos, perigosos e sem volta.

Sempre paramos para perguntar para nos mesmos, como era antes, quando agente não tinha celular, ou outros meios tecnológicos que fazem parte de nossas vidas atualmente e que dificilmente conseguimos nos desvencilhar deles. Esse meu pensamento, imediatamente me veio a mente, ao assistir Alice Diz:, do diretor estreante Beto Rôa, que com um orçamento minúsculo (pouco mais de 40 mil reais) cria um filme, que é um reflexo de nosso mundo contemporâneo e que  acaba levantando inúmeras reflexões.
A historia de Daniel (Daniel Confortin, otimo), com sua relação virtual (pelo MSN) com Alice, nada mais é do que um retrato de nos mesmos, nos relacionando cada vez mais atualmente, com pessoas que conseguimos nos relacionar somente pela internet, ao ponto, de não sabermos nos comunicar com o mundo real, ou muito menos com as pessoas que cruzam em nossas vidas. Bom exemplo disso é na cena em que Daniel observa as mulheres que ele cruza, seja na rua ou em um ônibus, que embora demonstre desejo em se comunicar com elas, ele simplesmente não consegue achar uma forma dele investir na ocasião, tendo muito mais afinidade e saber se abrir, com uma garota que ele nem sequer viu ainda pessoalmente. O filme cria certo suspense sobre a verdadeira origem de Alice, tanto, que ao decorrer do filme, Daniel fica assistindo um filme B dos anos 50 na TV, sobre o domínio das maquinas contra os homens. Embora não fique muito claro, se as cenas que aparecem desse filme sejam realmente reais, ou se elas estejam somente passando na imaginação já conturbada de Daniel, que começa a cada vez mais ficar angustiado e paranóico sobre quem é Alice. O filme visto na TV pode ser interpretado como uma metáfora sobre a situação que acontece na trama, ou simplesmente uma referencia de uma década (anos 50), muito mais paranóica do que há que vivemos. Fica para o espectador que assiste criar sua própria interpretação sobre esses momentos.
E a situação piora, quando gradualmente ele descobre o que Alice é realmente. Embora a revelação sobre a origem de Alice, possa soar um tanto que exagerada, ela corresponde muito bem com a proposta que o filme quer passar para o espectador.  Vivemos num mundo atual, onde cada vez mais nos afastamos das outras pessoas e de nos mesmos. Sendo que, acabamos por esquecer como agente se relacionava antes, e com isso, não desfrutamos mais por completo, dos dias que vivemos como antigamente e mesmo agente se dando conta disso, pode já ser muito tarde.  Além de ser uma ótima historia cheia de camadas de interpretação, Beto Rôa cria um verdadeiro jogo de câmeras, onde por muitas vezes, precisamos ter a máxima atenção, pois o filme é cheio de inúmeros detalhes simbólicos para serem ou não decifrados.
Com uma fotografia belíssima e montagem caprichada, ALICE DIZ: é um pequeno e grande filme, que merece ser descoberto pelo grande publico que tem interesse de assistir uma sessão, onde um filme lhe consegue passar sentimentos, fazer levantar inúmeros questionamentos sobre a trama e consigo próprio.          

Em cartaz:  CineBancários (General Câmara, 424), Porto Alegre. Sessões: 15hs, 17hs e 19hs. O filme fica em cartaz até o dia 13 de Junho. 


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Cine Curiosidade: Historia do Cinema Brasileiro na mídia



Curso sobre o cinema brasileiro foi destaque no Jornal do Comercio de hoje, confiram: 
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terça-feira, 5 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 2



Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema.  

O BANDIDO DA LUZ VERMELHA

Sinopse: Jorge, um assaltante de residências de São Paulo, apelidado pela imprensa de "Bandido da Luz Vermelha", desconcerta a polícia ao utilizar técnicas peculiares de ação. Sempre auxiliado por uma lanterna vermelha, ele possui as vítimas, tem longos diálogos com elas e protagoniza fugas ousadas para depois gastar o fruto do roubo de maneira extravagante.

Rogério Sganzerla, em seu segundo trabalho como diretor (o primeiro foi o curta Documentário de 1966) realiza um filme surpreendente, usando e abusando com o mito da crônica policial paulistana dos anos 60. Seu filme é uma espécie de “faroeste do terceiro mundo”, caótico e desconexo.  Com sua linguagem visual muito a frente do seu tempo, O Bandido da Luz Vermelha pode ser visto como o ponto de transição entre a estética do Cinema Novo (influenciado pela nouvelle vague do cinema francês) e a ruptura do Cinema Marginal. Um clássico inesquecível e que foi relembrado novamente, graças à sua seqüência, intitulada  Luz das Trevas.

Leia também: LUZ DAS TREVAS


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Cine Dica: Em Cartaz: FLORES DO ORIENTE


Na devastada cidade de Nanjing em 1937 o perigo das ruas fez com que um grupo inimaginável de refugiados se reunisse em uma igreja: um bando de crianças em estado de choque algumas sedutoras e provocantes cortesãs e um renegado americano que se passa por padre para salvar aprópria pele. Ou que pensa que se salvará. Emboscados por saqueadores ao longo dos próximos dias eles vão lutar não apenas para sobreviver, mas também para fazer o que parece ser impossível nestas circunstâncias - compreender e confiar um no outro.

Zhang Yimou já é um diretor que entrou para historia do cinema, ao criar tramas emocionantes, que acabam se casando muito bem com cenas deslumbrantes (como Herói e Lanternas Vermelhas). Com Flores do Oriente, ele cria um verdadeiro espetáculo visual, sobre o horror que assolou em Nanjing em 1937, em que os japoneses invadiram a cidade, deixando mais de 200 mil mortos e mais de 20 mil mulheres estupradas e mortas. Não é a toa que a rivalidade entre os chineses e japoneses é sentida até hoje, sendo que isso é muito bem sentido na tela, pois Zhang Yimou não se importa nem um pouco, em retratar os japoneses como verdadeiros monstros e sem nenhum escrúpulo.
Baseado num romance de Geling Yan, o filme possui interessantes elementos, que lembram muito bem um faroeste, pois temos o forasteiro (Bale), que se refugia na igreja, para mais tarde, se tornar defensor, tanto das estudantes, como das prostitutas que chegam ao local, lideradas pela mais bela do grupo, Yu Mo (Ni Ni). Embora o filme comece alucinante, onde cada cena deixa o espectador em aflição, por outro lado (ao decorrer das mais de duas horas de filme), a trama exagera um pouco em temas como culpa e redenção, e simplesmente não convence na mudança repentina do caráter dos protagonistas principais (Ni Ni e Bale).
Contudo, isso tudo é compensado, graças a uma produção caprichada do cineasta, que mesmo nas cenas chocantes e incomodas, ele cria poesia, com o direito há um belo casamento com a fotografia, edição de arte e muitos truques de câmera lenta (que ele aprendeu muito bem em Herói).    


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