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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Cine Especial: Ficção Científica dos Anos 50: FINAL


Para mim será agora que 2015 começa, pois em início de abril, eu estarei retornando para as atividades do Cena Um (agora Cine Um). Nos dias 06, 07,08 e 09 de abril participarei do curso de cinema Ficção Científica dos anos 50, que será ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes que melhor sintetizaram o temor e a paranoia da civilização nos anos 50.

O MUNDO EM PERIGO 


Sinopse: O homem dividiu o átomo e isso o conduziu a uma nova era. Mas como ele poderia saber que também colocaria O Mundo em Perigo? No Novo México, uma criança vaga em choque, uma loja é saqueada e um cadáver está irreconhecível com ácido o bastante para matar 20 homens. Isso é o início de uma luta que atravessa o deserto e chega à Los Angeles, onde homens em menor número e, bem menos estatura, tentarão combater a horda de insetos.


O Mundo em Perigo é considerado um precursor dos filmes com insetos gigantes, sendo muito bem recebido pelo público e até ganhando um cobiçado prêmio "Oscar" por seus eficientes efeitos especiais, muito interessantes para a época e nitidamente datados, coordenados por Ralph Ayers, que utilizou uma sofisticada parafernália mecânica formada por uma complexa combinação de cordas, roldanas e engrenagens para movimentar as grandes formigas. Em comparação com as modernas técnicas de computação gráfica atuais, as formigas são até hilariantes, mas analisando-se apenas os recursos existentes naquele período distante do cinema, é impossível não enaltecer o grande trabalho realizado.



O Monstro do Ártico 

Sinopse: O capitão da força aérea Patrick Hendry (Kenneth Tobey) voa com sua equipe para o Pólo Norte com o objetivo de encontrar a Expedição Polar Seis, um grupo de cientistas liderados por Arthur Carrington (Robert Cornthwaite). Os cientistas estudam as condições do Ártico para entender a razão de um avião ter se chocado no gelo. Quando Patrick se encontra com Arthur lhe são mostradas imagens de um estranho objeto cruzando o céu. Uma expedição é organizada para investigar o loOs homens decidem libertar a nave do gelo, detonando bombas, mas o plano falha e a nave é destruída. Bem desapontados, eles voltam para o avião só para descobrir algo congelado: um alienígena. Usando machados, cortam um bloco de gelo com o extra-terrestre e o levam para a base. Enquanto soldados e cientistas discutem sobre o que fazer com a criatura, o gelo derrete e o ser se liberta da sua prisão bem vivo. Estava começando o pior pesadelo daqueles soldados e cientistas.

The Thing from Another World (O Monstro do Ártico) é um filme de 1951 do gênero aventura e ficção científica, dirigido por Howard Hawks . Baseado em uma história de John Wood Campbell, Jr (que usou o pseudônimo de Don A. Stuart) publicada em agosto de 1938 com o nome de Who Goes There?, na revista Astounding Stories. Lançado na época da Guerra Fria e pós-bomba atômica, o filme repercute o temor da invasão comunista e mostra os cientistas negativamente, como pessoas preocupadas apenas com o conhecimento, sem se importar com as consequências. No final, uma frase em sinal de advertência ao público: Watch the skies (Vigiem os céus!)
Ele é, em seu gênero, um dos filmes mais conhecidos e cultuados dos anos 1950, este foi um dos filmes que mais influenciou o diretor John Carpenter, que em 1982 fez um remake com o nome de The Thing.


PLANETA PROIBIDO 

Sinopse: Uma expedição liderada pelo Comandante John J. Adams (Leslie Nielsen) viaja rumo a um planeta distante para descobrir o que aconteceu com os cientistas que foram para lá iniciar uma colônia. Apenas um é encontrado: o arrogante Dr. Morbius (Walter Pidgeon), que vive em companhia da filha, Altaira (Anne Francis), e de um prestativo robô.
Planeta Proibido começou como um projeto de baixo orçamento dos produtores Allen Adler e Irving Block, mas estes, em vez de apresentarem a ideia à um estúdio de filmes B, apresentaram a sua história, na altura intitulada Fatal Planet, à Metro-Goldwyn-Mayer. Surpreendentemente o estúdio gostou da história e viu nela a oportunidade de produzir o seu primeiro filme de ficção científica. O empenho do estúdio foi tal, que se comprometeu a investir fortemente no filme, tendo este acabado por custar perto de 2 milhões de dólares, o dobro do que estava inicialmente previsto. No entanto, o compromisso da MGM implicou algumas alterações no argumento, que esteve a cargo de Cyril Hume, um romancista com pouca experiência em argumentos, mas que soube trazer novas ideias à história e integrar na perfeição os elementos de “A Tempestade”, a peça de William Shakespeare em que a história de Adler e Block se baseia.

A Invasão dos Discos Voadores

Sinopse: Quando foguetes de teste, que eram lançados para fora da terra, começam a desaparecer, Dr. Russell A. Marvin começa uma investigação ao lado de sua esposa e assitente. Descobrem que os responsáveis são uma raça alienígena que quer dominar a terra. Após a descoberta os aliens dão um ultimato e começam a atacar cidades terrestres. Em uma luta contra o tempo, Dr. Russell tenta descobrir um modo de derrotar os inimigos alienígenas.

Filme de ficção científica dos anos 50 que influenciou Tim Burton entre outros e com a marca de Ray Harryhausen. O filme contém muitos elementos presentes em filmes atuais e diverte mesmo em preto e branco. Foi lançada em DVD uma edição do filme colorizada por computador e supervisionada pelo próprio Ray numa moderna técnica de colorização. Eu sempre prefiro o original a não ser que não tenha outra escolha. A inocência e o machismo dos anos 50 estão presentes no filme mas o charme são os discos voadores de Ray.

DUCK AND COVER
 
Para finalizar essas postagens especiais, solto abaixo o curta metragem Duck and Cover, que sintetiza como eram paranoicos os americanos com relação a uma possível guerra nuclear e de como eles passavam esse medo para  as crianças.   

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Cine Dica: Cinema Blaxploitation

Curso

APRESENTAÇÃO

Começou como um grito de revolta. Acabou como um ícone cinematográfico. A tendência que veio a ser chamada de Blaxploitation (também Soul Cinema) surgiu em um período de intenso ativismo político nos Estados Unidos, fruto da conscientização gerada nos movimentos pelos direitos civis, e tomou as salas de cinema como uma avalanche.
Quando Melvin Van Peebles dirigiu, em 1971, o clássico Sweet Sweetback's Baadasssss Son, ele começou uma nova era para o cinema de Hollywood. O gueto encontrava uma voz. O sucesso avassalador desta produção independente e rebelde mostrou aos estúdios que havia espaço para um cinema voltado ao público afro-americano, e que este era um filão lucrativo a ser explorado.

Em seguida, a Metro-Goldwyn-Mayer lançou Shaft (de Gordon Parks), e a febre do novo cinema negro se estendeu por quase uma década. Porém, enquanto alguns viam o Blaxploitation como uma forma de empoderamento das populações negras, que finalmente via seu protagonismo nas telas, outros viam estes filmes apenas como um reforço dos estereótipos racistas.
Polêmicas à parte, é inegável a importância do Blaxploitation, cuja influência ainda é sentida no cinema atual (vide as obras de Quentin Tarantino e Mario Van Peebles), além de ter aberto o caminho para cineastas como John Singleton e Spike Lee.


OBJETIVOS

O curso Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70, ministrado porCésar Almeida, tem como objetivo traçar um panorama do fenômeno Blaxploitation analisando suas características estéticas e históricas, além de abordar suas controvérsias e impactos sociais nos EUA no período.


CONTEÚDOS

Aula 1

- Introdução
- Os “race movies” (1915-1950)
- A Hollywood nos anos 60 (In the Heat of the Night,
The Learning TreeWatermelon Man)
Cotton Comes to Harlem (1970)
- A explosão do Blaxploitation (Sweet Sweetback's Baadasssss Song,
ShaftHammerSuper Fly)
The Legend of Nigger CharleyAcross 110th StreetBlack Mama,
White MamaBlaculaSlaughterTrouble ManBlack Caesar,
Cleopatra JonesCoffyThe Mack (1972/1973)


Aula 2

Black Belt JonesThe Black SixFoxy Brown,
Three the Hard WayT.N.T JacksonTruck TurnerSugar HillSheba,
BabyBoss NiggerMandingo (1974/1976)
- Declínio (1976/1982)
- As trilhas sonoras (Isaac Hayes, Bobby Womack, Marvin Gaye,
James Brown, Curtis Mayfield...)
- Curiosidades (Blaxploitation na Itália, The Harder They Come,
títulos estranhos, homenagens)
- Os astros (Fred Williamson, Pam Grier, Jim Brown,
Richard Roundtree, Gloria Hendry)


Ministrante: César Almeida

Publica artigos sobre cinema desde 2008. Lançou, em 2010, o livro "Cemitério Perdido dos Filmes B", que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012, organizou "Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation" com textos próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor e tradutor. Já ministrou os cursos "Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema" e “Sam Peckinpah – Rebelde Implacável” pela Cine UM.


Curso
BLAXPLOITATION
O Cinema Negro Americano dos Anos 70
de César Almeida


Datas
Dias 23 e 24 / Abril (quinta e sexta)
Horário
19h30 às 22h
Local
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Porto Alegre - RS)
Investimento
R$ 70,00
Formas de pagamento
Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)
Material
Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)
Informações / Inscrições
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Espaço Vídeo
Papo de Cinema

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: CINDERELA (2015)



Sinopse: Após a trágica e inesperada morte do seu pai, Ella (Lily James) fica à mercê da sua terrível madrasta, Lady Tremaine (Cate Blanchett), e suas filhas Anastasia e Drisella. A jovem ganha o apelido de Cinderela e é obrigada a trabalhar como empregada na sua própria casa, mas continua otimista com a vida. Passeando na floresta, ela se encanta por um corajoso estranho (Richard Madden), sem desconfiar que ele é o príncipe do castelo. Cinderela recebe um convite para o grande baile e acredita que pode voltar a encontrar sua alma gêmea, mas seus planos vão por água abaixo quando a madrasta má rasga seu vestido. Agora, será preciso uma fada madrinha (Helena Bonham Carter) para mudar o seu destino.
Depois da releitura corajosa de A Bela Adormecida vista no filme Malévola, seria questão de tempo que o estúdio Disney buscasse outra de suas princesas para serem readaptadas para os novos tempos e a escolhida agora é Cinderela. Porém, diferente do filme estrelado por Angelina Jolie, Cinderela não é uma releitura, mas sim uma adaptação em live-action com algumas mudanças significativas, como os ratos que, diferente do filme original, não falam e o destino do pai do Príncipe Encantado é completamente modificado. Contudo, Cinderela consegue criar uma boa história para toda a família, com cenas contagiantes, apesar de ter problemas em alguns momentos, se alongando muito em algumas sequências das quais poderia nos poupar.
Basicamente, todos os personagens que o filme possui já estão na sinopse e no geral, os atores se saem bem, mas não exatamente de uma forma exemplar a todo o momento. Felizmente Lily James (Fúria de Titãs 2) como Cinderela, em minha opinião, consegue nos convencer e faz jus a personagem, mesmo quando aplica nela o lema de ser pura e gentil, que foi passado por sua mãe antes de vir a falecer. Poderia soar forçadamente, mas a atriz consegue nos convencer ao passar a força da virtude vinda de sua personagem.       
Não citado na sinopse, também temos Helena Bonham Carter (Clube da Luta) como a fada madrinha, mas que acaba tendo apenas uma participação especial, porém se tornando um dos pontos altos da trama. Entretanto, quem rouba a cena em todos os momentos em que aparece, e é de longe a melhor atuação do filme, é Cate Blanchett (Blue Jasmine) como a madrasta má, cometendo apenas algumas ações um tanto que previsíveis, mas nada que apague seu brilho durante o filme.
O figurino, assim como maquiagem, é fantásticos, muito bem trabalhados. A direção de arte e fotografia possui um casamento maravilhoso, onde cada cena é um quadro vivo em movimento. Atenção para a cena em que Cinderela se apresenta ao baile, onde todas as partes técnicas se alinham, para criar um dos grandes momentos do filme.
Embora não seja um trabalho original vindo de sua mente, Kenneth Branagh (Hamlet) injeta toda a sua criatividade e sua forma de se fazer cinema. Na cena do baile, por exemplo, Branagh novamente se esbalda com os seus movimentos frenéticos de câmera (visto muito bem em filmes que ele fez como Frankenstein de Mary Shelley) e nos criando a sensação de estar em movimento  junto com os protagonistas. Pelo visto, Branagh pegou gosto em dirigir super produções (como Thor), mas sempre conseguindo criar aprofundamento shakespeariano como ele bem gosta de fazer.
Agora, a trilha sonora me surpreendeu muito. Original, instrumental e melódica, as músicas sempre se encaixam muito bem com o momento do filme, emoções da protagonista e tudo mais, criando cenas de uma sensibilidade imensa. De longe, outro dos grandes pontos fortes do filme. 
O novo filme da Cinderela cria um sentimento de nostalgia para aqueles que viram o original, mesmo mantendo certos valores e estereótipos que, hoje em dia, podem soar um tanto que forçados, mas sendo bem conduzidos, pode sim agradar as famílias do nosso tempo. Nada de  revolucionário como Malévola, mas não significa que seja algo dispensável aos nossos olhos.
Nota: Antes de assistir Cinderela, curta Frozen: Febre Congelante, que dá continuidade as aventuras das irmãs Ana e Elsa e serve como um pequeno aperitivo para o futuro Frozen 2.   


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