Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
ROCKY HORROR PICTURE SHOW NA SESSÃO DE UM
ANO DO CINEDROME
Para comemorar a
programação de aniversário de um ano do Cinedrome, o cineclube do Curso de
Realização Audiovisual da Unisinos, na sexta-feira, 8 de novembro, às 20h, será
realizada uma sessão especial na Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º
andar), com o filme Rocky Horror Picture Show (1975). Dirigido por Jim Sharman,
a comédia musical de horror se tornou um cult movie instantâneo, sendo exibido
anualmente em cinemas do mundo todo em sessões especiais onde participação do
público dá o tom. Portanto, fique à vontade para vestir sua fantasia, solte o
Dr. Frank N. Furter que existe dentro de você, e venha para a sessão! A entrada
é franca, com projeção em blu-ray.
Influenciado pelo matrimônio de um grande
amigo, Brad Majors (Barry Bostwick) decide pedir sua noiva, Janet Weiss (Susan
Sarandon), em casamento. Antes da cerimônia, eles partem em uma viagem de
carro, mas acabam se perdendo. Para piorar a situação, o carro quebra e está
chovendo bastante. Eles vão até um castelo próximo, em busca de ajuda, e são
recepcionados por Riff Raff (Richard O'Brien), o criado do dr. Frank N Furter
(Tim Curry), dono do local. Brad e Janet estranham o visual e o comportamento
de todos, sem imaginar que Frank N Furter dedica a vida à libido e o prazer.
Seu novo plano é criar um homem musculoso, Rocky (Peter Hinwood), que possa
atender aos seus anseios sexuais.
Sobre o Cineclube
O Cinedrome é o
cineclube do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos. Realizado por alunos,
as sessões, em geral seguidas de debate, se realizam tanto em campus quanto
fora dele.
Desde novembro de 2012 o Cinedrome já exibiu
no Campus Unisinos filmes como Zelig, Alma Corsária, 8 ½, F for Fake, A Febre
do Rato, Tudo Sobre Minha Mãe, entre outros. Em Porto Alegre, o Cinedrome já
promoveu debates de filmes como A Caverna dos Sonhos Esquecidos (de Werner
Herzog, no Espaço Itaú), Maldição (de Béla Tarr, na Sala P. F. Gastal), Depois
de Maio (de Olivier Assayas, na Sala Paulo Amorim), La Nave Va (de Federico
Fellini, na Sala Redenção), Holy Motors (de Leos Carax, no Instituto NT), entre
outros.
As exibições e os
debates são abertos a todos os interessados.
Contato:
cinedromeunisinos@gmail.com
https://www.facebook.com/cinedromecrav?fref=ts
08/11, às
20h
Rocky Horror Picture Show (1975), de Jim Sharman
Sessão Especial de 1
ano do Cinedrome
Local: Sala P.F.
Gastal – Usina do Gasômetro (João Goulart, 551)
MELHOR QUE O ANTERIOR, MARVEL NOVAMENTE ACERTA EM SUA FORMULA DE SUCESSO.
Sinopse: Enquanto
Thor (Chris Hemsworth) liderava as últimas batalhas para conquistar a paz entre
os Nove Reinos, o maldito elfo negro Malekith (Christopher Eccleston) acordava
de um longo sono, sedento de vingança e louco para levar todos para a escuridão
eterna. Alertado do perigo por Odin (Anthony Hopkins), o herói precisa contar
com a ajuda dos companheiros Volstagg (Ray Stevenson), Sif (Jaimie Alexander),
entre outros, e até de seu irmão, o traiçoeiro Loki (Tom Hiddleston), em um
plano audacioso para salvar o universo do grande mal. Mas os caminhos de Thor e
da amada Jane Foster (Natalie Portman) se cruzam novamente e, dessa vez, a vida
dela está realmente em perigo.
Muitos se perguntam
qual é a formula do sucesso da Marvel no cinema, principalmente nos filmes nos
quais eles próprios comandam e que atualmente existe uma forte interligação entre
as produções. A meu ver o estúdio não está a fim de mudar a vida de ninguém,
tão pouco mudar a linguagem das adaptações de HQ para o cinema, mas sim criar
boas histórias, nas quais tanto pode entreter os pequenos como também o publico
mais maduro e que cresceu lendo boas HQ. Thor – O Mundo Sombrio é mais ou menos
isso: supera o seu antecessor, mas mantém o mesmo ritmo apresentado nos outros
filmes solos da casa de idéia e dando a entender que o melhor sempre ficara
para depois (em Vingadores 2?).
Praticamente a trama
é uma continuação dos eventos vistos em Vingadores, começando com a prisão
perpetua de Loki (Tom Hiddleston, ótimo), mas se concentrando no retorno dosElfos
negros, liderados pelo tirano Malekith (Christopher Eccleston), cujo objetivo é
conquistar uma energia escura, que acaba possuindo Jane Foster (Natalie
Portman) e levar os nove reinos a escuridão eterna. Diferente do filme
anterior, o filme se concentra mais nos nove reinos e fazendo com que o filme
se torne muito mais grandioso e épico. Mas isso já era o esperado, pois a
direção ficou a cargo de Alan Taylor, responsável
por seis dos melhores episódios da série Game of Thrones e ter então injetado um
tom mais sombrio na trama.
Mas embora Taylor
esteja no comando, não espere uma produção séria, pois o filme é direcionado a
todas as idades. Embora isso possa soar um tanto que perigoso, por outro se
mostrou eficaz, pois O Mundo Sombrio se alterna em momentos dramáticos, para
logo em seguida surgir momentos de humor certeiros, principalmente
protagonizados pela personagem Darcy (Kat Dennings) e por um amalucado Dr. Selvig
(Stellan Skarsgård). Contudo, são os momentos de emoção que me conquistaram,
pois o filme possui passagens emocionantes, principalmente na seqüência de um
funeral após o ataque dos Elfos negros e que com certeza é disparado um dos
momentos mais tristes e bonitos dos filmes comandados pela Marvel até agora.
Diferente do filme
anterior, alguns personagens ganharam mais tempo na tela: mesmo em pouco tempo,
Jaimie Alexander novamente nos conquista com sua guerreira Sif e nos faz torcer
para que ela seja a Mulher Maravilha do cinema futuramente. Heimdall (Idris
Elba) larga por um tempo a sua tarefa de porteiro de Asgard e demonstra que o
seu poder vai muito além. Mas é Frigga (Rene Russo), que se comparado ao filme
anterior, é a personagem que ganha mais importância e se torna protagonista de
um dos momentos mais dramáticos da trama.
Com relação aos piões
principais, Chris Hemsworth está mais a vontade do que nunca como Thor e prova
que tão cedo não largará o martelo do personagem. Mas se por um lado Anthony Hopkins está “mais do mesmo” como Odin,Christopher Eccleston infelizmente acaba se tornando uma decepção como Malekith,
pois embora o visual e poder do personagem seja ameaçador, ele não transmite nada
com que faça com que o publico tenha simpatia por ele. Felizmente a galeria de
vilões é muito bem representada novamente pela presença de Loki e muito se deve
a contagiante interpretação de Tom Hiddleston, que cada vez mais está
encarnando melhor o personagem e fazendo com que o cinéfilo sempre torça para
ele surgir em cena, pois com ele presente tudo pode acontecer, rendendo tanto
em momentos de tensão como também de puro humor.
Embora ainda ache que
as melhores cenas de ação da Marvel estejam no filme dos Vingadores, Thor - O Mundo
Sombrio chegou perto de superar, tanto na seqüência do ataque contra Asgard,
como também no ato final da luta do herói contra o vilão elfo. Essa seqüência,
aliás, é uma verdadeira montanha russa, pois os personagens se confrontam de
corpo a corpo, mas ao mesmo tempo seus corpos voam e soltam no espaço tempo e
sendo jogados em diversos lugares, proporcionando momentos inesperados, mas ao
mesmo tempo muito engraçados. Com começo, meio, fim bem amarrados e deixando as
irregularidades do filme anterior de lado, Thor – O Mundo Sombrio surpreende principalmente
nos minutos finais da historia, onde deixa duvida com relação ao destino de um
dos personagens e principalmente sobre qual caminho esse gancho inesperado irá
ser finalizado: será em Vingadores 2? Guardiões das Galáxias? Thor 3? Só a Marvel
(ou não) sabe!
NOTA: Assim como nos
seus filmes anteriores, a Marvel novamente lança uma pequena cena pós créditos,
que além de ser curiosa, quem é fã de HQ já tem uma idéia do que pode vir no
futuro.
Leia também: sobre o
primeiro filme de Thor e sua participação no filme Vingadores clicandoaqui eaqui.
Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UM e ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da televisão.
Esquadrão Classe-A
Sinopse: Esquadrão
Classe-A (The A-Team) foi uma série de televisão americana, sobre um grupo de
ex-comandos do Exército dos Estados Unidos que atuavam como mercenários,
utilizando práticas comuns da Guerra do Vietnã.
No Brasil, o
Esquadrão Classe-A foi exibido às sextas à noite no SBT entre 1984-1986, sendo
uma das séries mais populares da década de 80. A série foi exibida também no
início da década de 90, nas tardes da Sessão Aventura na Rede Globo. Curiosidade: O termo "A-Team", do título
original, refere-se à designação das subunidades básicas das Forças Especiais
do Exército dos EUA (conhecidas como os "Boinas Verdes"), a que,
supostamente, as personagens da série teriam pertencido.
O Homem Que Veio do Céu
Sinopse: Jonathan
Smith é um anjo na Terra, que normalmente está na Califórnia ajudando as
pessoas, é capaz de falar com Deus e é dotado de certos poderes sobrenaturais,
como fazer as coisas aparecerem ou desaparecem ou moverem-se sem serem tocadas.
Apesar de sua resistência à dor física, muitas vezes a série mostra a sua
capacidade de sentir e compartilhar o sofrimento das pessoas. Antes de se
tornar um anjo, entende-se que, por suas boas ações, era um ser humano normal.
O Homem Que Veio do
Céu (Highway to Heaven) é uma série de televisão norte-americana. No Brasil foi
transmitida pelo SBT durante a década de 80 e pela Tv Bandeirantes no início da
década de 90. Foi estrelada pelos falecidos atores Michael Landon (o anjo Jonathan
Smith) e Victor French (seu companheiro Mark Gordon).
Além de protagonista,
Michael Landon foi o produtor, diretor e roteirista da série. Landon teria se
baseado no filme A Felicidade Não Se Compra para escrever o enredo da série. O
Homem Que Veio do Céu foi apresentado originalmente nos Estados Unidos pela
rede NBC, entre 19 de setembro de 1984 a 4 de agosto de 1989, num total de 111
episódios.
Sinopse: A história
ficcional de Cecil Gaines jovem negro do sul dos Estados Unidos que em 1957
conseguiu um emprego como mordomo da Casa Branca posto que ocupou até sua
aposentadoria em 1986. Cecil foi testemunha dos bastidores e dramas do poder de
presidentes como John Kennedy Richard Nixon e Ronald Reagan. Sua posição lhe
trouxe também problemas em casa com a esposa Gloria e com seu filho Louis um
jovem engajado em movimentos antissistema. O filme marca o retorno do diretor
Lee Daniels às questões de igualdade racial e social depois do sucesso de
Preciosa Uma história de esperança.
Lee Daniels se
consagrou dirigindo “Preciosa”, um conto de fadas contemporâneo, sombrio, mas
que havia ali um sinal de esperança e superação. Esses ingredientes novamente
ele usa em “O Mordomo da Casa Branca”, que é baseado em uma reportagem de
jornal. O filme se inspira na história real de um mordomo negro que serviu os
presidentes dos Estados Unidos entre os anos 50 e 80. Cecil (Whitaker) surge
como uma espécie de Forrest Gump da capital americana, onde fica observando de
perto os principais momentos políticos
do país, principalmente com o começo dos direitos civis dos negros que intensificou
no inicio dos anos 60.
Enquanto o
protagonista fica em cima do muro somente observando, a trama coloca o filho como
um jovem revolucionário, atuando ao lado de personalidades como Martin Luther
King, Malcom X e com o partido Panteras Negras. Isso acaba servindo para mostrar como a raça negra, ou qualquer outra
daquela época, sofria com hipocrisia de um governo que valorizava o discurso da liberdade. Há então um
equilíbrio entre o negro pai que serve aos brancos e o filho que luta pela
igualdade, em meio aos principais acontecimentos da historia americana, o que
faz por demais lembrar um pouco Forrest Gump, mas que no geral, essa formula
funciona. O elenco de estrelas
por vezes rouba a cena em diversos momentos, sendo que os Presidentes são
interpretados por grandes talentos. Contudo, o mais importante deles (Kennedy),
é interpretado pelo sem sal James Marsden (X-Men), que quase compromete uma das
principais partes da trama. Mas o destaque fica mesmo para Forrest Whitaker (O
Ultimo Rei da Escócia), que atravessa as várias décadas de vidas de Cecil de
forma convincente e por vezes emocionante. “O Mordomo da Casa Branca” é o típico
filme que os membros da academia
do Oscar gostam: defesa de direitos civis, história americana e acima de tudo,
uma trama sobre superação.
É claro que o
principal propósito de todo esse épico era fechar a saga de servidão e luta com
a eleição de Barack Obama. Acontece que os recentes equívocos que mancharam a
imagem do presidente tiram um pouco da graça no ato final que pretendia ser inesquecível.
Apesar de ser um tema importante que não pode ser esquecido, de uma
trilha imponente e de uma ótima reconstituição de época, o filme meio que quebra
á cara por soar meio que pretensioso demais nos seus minutos finais cruciais.
Mas se formos
esquecer os erros políticos americanos da realidade, o filme pode sim ser bem
visto.
Nos dias 21 e 22 de novembro,
eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas mídias,
criado pelo CENA UM e ministrado pela
professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam, por
aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series que eu
assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da televisão.
AS PANTERAS
Sinopse: A série Charlie's Angels, que
no Brasil recebeu o nome de As Panteras narrava as aventuras de três lindas
garotas, graduadas com honras pela Academia de Polícia, que depois de atuarem
como simples policiais vão trabalhar para agência de investigação denominada
Charlie Townsend, cujo chefe era conhecido apenas por Charlie, um misterioso
milionário anônimo que as coordenavam através de um "viva-voz".
As Panteras foi apresentado
originalmente nos Estados Unidos, pela rede ABC, entre 22 de setembro de 1976 a
24 de junho de 1981, num total de 116 episódios, de aproximadamente 50 minutos,
em cinco temporadas. Assim como outras séries da época, ela foi exibida por
aqui pela saudosa Sessão Aventura e se tornando também um grande sucesso. No
inicio do ano 2000, a Columbia lançou uma versão cinematográfica, mas que
sinceramente nem precisava ter existido.
Ilha da Fantasia
Sinopse: A série conta a
história de uma ilha paradisíaca onde qualquer desejo pode ser realizado. O
anfitrião dessa ilha é o senhor Roarke, juntamente com seu auxiliar, o pequeno
Tattoo, um anãozinho muito simpático.
Produzida por Aaron Spelling
e Leonard Goldberg de 1978 a 1984, a série foi outro grande sucesso no programa
Sessão Aventura na época. Engraçado que quando me lembro dela, eu nunca
entendia direito as tramas, já que sempre eram com personagens diferentes quando
chegavam à ilha em cada episódio e somente senhor Roarke e Tattoo é que permaneciam em
toda a serie. Curiosamente, Hervé Villechaize (o Tatto) viria a ser um pequeno
vilão no horrível 007 Contra o homem da Pistola de Ouro e Ricardo Montalbán (Sr. Roarke) viria a se tornar um
dos maiores vilões da série cinematográfica de Jornada nas Estrelas em A Ira de
Khan.
Sinopse: Richard Phillips
(Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova
equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano.
Logo no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado com
frequência nos mares por onde devem passar. A situação não demora a se
concretizar, quando dois barcos chegam perto do cargueiro, com oito somalianos
armados, exigindo todo o dinheiro a bordo. Uma estratégia inicial faz com que
os agressores recuem, apenas para retornar no dia seguinte. Embora Phillips
utilize todos os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, eles
conseguem subir à bordo, ameaçando a vida de todos. Quando pensa ter conseguido
negociar com os piratas, o comandante é levado como refém em um pequeno bote.
Começa uma longa e tensa negociação entre os sequestradores e os serviços
especiais americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde.
Se a trilogia do Borne, estrelado
por Matt Damon fez sucesso, tanto de publico como de critica e ter conquistado três
Oscars no terceiro filme, muito se deve a uma pessoa: Paul Greengrass. Ao lado
de Christopher Nolan (Cavaleiro das Trevas) Greengrass talvez seja um dos
poucos cineastas atuais que consiga trazer uma verossimilhança nas seqüências de
ação, nas quais faz com que o publico que assiste acredite nelas e ao mesmo
tempo sinta uma tensão genuína. Por conta desse talento, dirigindo uma trama
baseada em fatos verídicos surpreendentes, o resultado final seria no mínimo
positivo.
Baseado no livro "A Captain's Duty :
Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea", sendo escrito pelo
verdadeiro Richard Phillips, acompanhamos a historia desse ultimo (interpretado
com intensidade por Tom Hanks), tendo o seu navio atacado por apenas quatro
piratas da Somália, mas que é o suficiente para a trama se descarrilar para
momentos de pura tensão. A situação somente piora, no momento que os quatro
piratas sequestram o capitão, ficam presos dentro de um bote, onde dai então
começa a longa negociação com os serviços especiais americanos.
Tudo é muito bem orquestrado,
sendo que Greengrass reserva o tempo na tela para a construção dos personagens
principais: Phillips (Hanks) é veterano no mar, profissional em todos os sentidos
e que acima de tudo arrisca a vida para proteger a sua tripulação. Já do lado
dos piratas da Somália temos o líder Muse (Barkhad Abdi, ótimo) que não poupara
os meios que forem necessários para adquirir o que quer no navio, nem que para
isso arrisque tudo. O que é apresentado na tela são dois lados da mesma moeda,
mas que as circunstâncias os colocaram em vidas diferentes.
Embora nos torçamos para que
capitão Philips saia bem dessa, ao mesmo tempo o roteiro não entrega a velha
formula de mocinho e bandido que tanto vemos nos filmes americanos. Aqui nos é
apresentado pessoas comuns, que tentam sobreviver no seu dia a dia, mas que
infelizmente as circunstâncias fazem que seus mundos diferentes um do outro se
colidem de tal forma que simplesmente não há volta. Os piratas estão ali
saqueando, pois acreditam que não há escolha para eles na vida e que a
pirataria é o seu único meio de vida.
Culpamos quem nessa
situação? Os países que não ajudaram a Somália? O próprio governo daquele país?
As escolhas erradas que aqueles indivíduos tomaram? Cada um que assiste a trama
tira suas próprias conclusões!
Polemicas a parte, do
segundo ao terceiro ato da trama é uma verdadeira claustrofobia, já que os
protagonistas principais ficam presos dentro de um bote e é onde que os
destinos de cada um deles está selado. Até lá, Greengrass cria uma verdadeira
montanha russa emocional, na qual só aumenta essa sensação graças a sua câmera movimentada,
sempre passando a sensação documental, embalado com uma montagem ligeira e que
da uma verdadeira aula de como se faz as cenas. Tudo isso se da de encontro nos
minutos finais da trama, onde os momentos cruciais se aproximam e Greengrass
passa a mesma sensação de um terrível e amargo fim, assim como foi visto nos
duros minutos finais de Vôo United 93.
Não tenho duvidas que o
filme se torne o franco favorito em montagem, além de claro de uma indicação
para o cineasta e para Hanks, que pode se tornar o franco favorito no ano que
vem. Filme indispensável, para aqueles que buscam ação e suspense, mas tudo na
medida certa e muito bem dirigida.
NOTA: Eu assisti o filme numa
pré-estréia mas já irá estrear neste final de semana.
Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UM e ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da
televisão.
SUPER MAQUINA
Sinopse: (David
Hasselhoff) Michael Knight, um justiceiro
que, com a ajuda de KITT (Knigh Industries Two Thousand), um carro super
tecnológico com inteligencia aritificial e personalidade, lutava contra o
crime.
Criado pelo canal
NBC, a série teve quatro temporadas e no total de 90 episódios. Poucas pessoas
se lembram, e não acreditam quando eu digo, mas me lembro claramente que os
primeiros episódios foram exibidos na saudosa Sessão Aventura da Globo, para depois ser
comprada pela TVS (que viria se tornar o SBT). Me lembro que como a série virou
mania na época, principalmente entre os jovens que adorariam ter um carro como
Kitt.
A série gerou de tudo
um pouco, desde álbum de figurinhas e brinquedos, sendo que todo moleque que se
preze na época (como eu), queria um Kitt e um boneco do Michael Knight para brincar adoidado no quintal. Bons
tempos.
DURO NA QUEDA
Sinopse: estrelado
por Lee Majors, Douglas Barr e Heather Thomas. A história girava principalmente
em torno de Colt Seavers (Majors), um dublê de Hollywood que dividia seu tempo
entre o cinema e resolver crimes e mistérios para colher à recompensa.
Criado pelo canal
ABC, a série oitentista teve cinco temporadas e no total de 113 episódios. Lee
Majors já era mundialmente conhecido pela clássica série do Homem de Seis Milhões
de dólares, sendo que ambas as series fizeram o maior sucesso aqui no Brasil e
tornou cara conhecida por todos os brasileiros. Misturando boas doses de
aventura e ao mesmo tempo uma divertida homenagem com relação à profissão de duble
do cinema americano, a série se tornou sucesso absoluto entre a garotada.
Quem viveu naquela
época, sabe muito bem que todas as crianças queriam a poderosa pick-up 4×4 para
brincar dentro ou fora de casa. Aqui no Brasil a Glasslite lançou, na mesma
época, um carrinho inspirado no veiculo, que funcionava à fricção e tinha
tração nas quatro rodas.