Sinopse: A história
ficcional de Cecil Gaines jovem negro do sul dos Estados Unidos que em 1957
conseguiu um emprego como mordomo da Casa Branca posto que ocupou até sua
aposentadoria em 1986. Cecil foi testemunha dos bastidores e dramas do poder de
presidentes como John Kennedy Richard Nixon e Ronald Reagan. Sua posição lhe
trouxe também problemas em casa com a esposa Gloria e com seu filho Louis um
jovem engajado em movimentos antissistema. O filme marca o retorno do diretor
Lee Daniels às questões de igualdade racial e social depois do sucesso de
Preciosa Uma história de esperança.
Lee Daniels se
consagrou dirigindo “Preciosa”, um conto de fadas contemporâneo, sombrio, mas
que havia ali um sinal de esperança e superação. Esses ingredientes novamente
ele usa em “O Mordomo da Casa Branca”, que é baseado em uma reportagem de
jornal. O filme se inspira na história real de um mordomo negro que serviu os
presidentes dos Estados Unidos entre os anos 50 e 80. Cecil (Whitaker) surge
como uma espécie de Forrest Gump da capital americana, onde fica observando de
perto os principais momentos políticos
do país, principalmente com o começo dos direitos civis dos negros que intensificou
no inicio dos anos 60.
Enquanto o
protagonista fica em cima do muro somente observando, a trama coloca o filho como
um jovem revolucionário, atuando ao lado de personalidades como Martin Luther
King, Malcom X e com o partido Panteras Negras. Isso acaba servindo para mostrar como a raça negra, ou qualquer outra
daquela época, sofria com hipocrisia de um governo que valorizava o discurso da liberdade. Há então um
equilíbrio entre o negro pai que serve aos brancos e o filho que luta pela
igualdade, em meio aos principais acontecimentos da historia americana, o que
faz por demais lembrar um pouco Forrest Gump, mas que no geral, essa formula
funciona. O elenco de estrelas
por vezes rouba a cena em diversos momentos, sendo que os Presidentes são
interpretados por grandes talentos. Contudo, o mais importante deles (Kennedy),
é interpretado pelo sem sal James Marsden (X-Men), que quase compromete uma das
principais partes da trama. Mas o destaque fica mesmo para Forrest Whitaker (O
Ultimo Rei da Escócia), que atravessa as várias décadas de vidas de Cecil de
forma convincente e por vezes emocionante. “O Mordomo da Casa Branca” é o típico
filme que os membros da academia
do Oscar gostam: defesa de direitos civis, história americana e acima de tudo,
uma trama sobre superação.
É claro que o
principal propósito de todo esse épico era fechar a saga de servidão e luta com
a eleição de Barack Obama. Acontece que os recentes equívocos que mancharam a
imagem do presidente tiram um pouco da graça no ato final que pretendia ser inesquecível.
Apesar de ser um tema importante que não pode ser esquecido, de uma
trilha imponente e de uma ótima reconstituição de época, o filme meio que quebra
á cara por soar meio que pretensioso demais nos seus minutos finais cruciais.
Mas se formos
esquecer os erros políticos americanos da realidade, o filme pode sim ser bem
visto.
2 comentários:
Maravilhoso filme ele é um excelente ator, recentemente vi seu ultimo filme. Quando vi o elenco e A chegada analise automaticamente escrevi nos filmes que deveria ver porque o elenco é realmente de grande qualidade, sobre tudo Jeremy Renner e Forest Whitaker é um dos meus preferidos, por que sempre leva o seu personagem ao nível mais alto da interpretação é um dos melhores projetos.
Que bom que gostou Valeria. Continue sempre acompanhando por aqui as principais dicas de cinema. bjsss
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