Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse:
Capitão (Martin Sheen) tem a missão de encontrar e matar coronel (Marlon
Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja,
onde comanda um exército de fanáticos.
Mais de 30 anos depois, filme de Francis Ford Coppola não é sobre o
Vietnã, o filme é o Vietnã. Uma odisséia que mostra de forma muitas vezes
surrealista a devastação e o horror da guerra, com um final bastante sombrio e
marcante. Nas comemorações dos 25 anos do filme, foi lançada uma versão com mais
de três horas de duração, dando mais detalhes da trama e explorando pontos
antes inexplicáveis. Para a surpresa de muitos da época, o filme se tornou
muito mais ágil, mesmo com a longa duração e provando ainda mais o talento de Coppola.
Desempenhos magistrais de Martin Sheen e Marlon Brando. Palma de Ouro no
Festival de Cannes
Curiosidades:
O cronograma original de Apocalypse Now previa filmagens de apenas 6 semanas,
mas a produção terminou se estendendo para 16 meses. O motivo de tamanho atraso
foi um furacão, que destruiu todos os sets de filmagens.- O ator Martin Sheen
teve um ataque cardíaco durante as filmagens, aumentando ainda mais o atraso
para a conclusão do filme enquanto o diretor Francis Ford Coppola ameaçou por
diversas vezes se suicidar..
Nos dias 28 e 29 de Julho, estarei participando do cursoDAVID LYNCH: O LADO ESCURO DO SONHO,
criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor e critico de cinema Rafael
Ciccarini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um
pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que é o melhor que sabe mexer com as
nossas mentes.
Twin Peaks
A SÉRIE:
Sinopse: A trama
central da série girava em torno de uma investigação do FBI, liderada pelo
agente Dale Cooper, para descobrir a verdade sobre o brutal e chocante
assassinato da adolescente Laura Palmer.
Se não fosse por Twin Peaks,
talvez nunca fôssemos posteriormente curtir Arquivo X ou até mesmo Lost. A
série foi pioneira por apresentar uma trama, com situações que fugia do
convencional das séries da época, onde tudo não era bem o que aparentava ser. A
primeira temporada foi comandada de cabo a rabo pelo mestre David Lynch e
consagrou a atriz Shery Lee, que interpretou a vitima Laura Palmer, que já no
inicio da série surgia morta no rio, mas graças às idéias criativas do diretor,
ela surgia sempre quando podia no decorrer da trama.
Quem já acompanhava a visão
autoral do cineasta no cinema, reconhecem de longe todas as características dos seus
filmes anteriores impregnados na série, desde á personagens bizarros, sonhos,
delírios e as tão famosas cortinas vermelhas, que fazia parte de uma sala, que
servia de encontro para o agente Dale Copper (Kyler Maclachlan, Veludo Azul),
com misterioso anão (Michael J. Anderson, que voltaria a trabalhar
com Lynch em Cidade dos Sonhos),que falava de traz pra
frente, dando pistas sobre a investigação, sobre quem matou Laura Palmer. O curioso,
é que esse momento se passava sempre num sonho, onde Copper se encontrava tanto
com o anão, como também com a própria Laura Palmer.
O mistério sobre quem matou
Laura só seria revelado durante a segunda temporada, que infelizmente após a
revelação, a série acabou perdendo o interesse do publico e David Lynch também
não teve total liberdade criativa nos episódios, sendo que somente retornou a
comandar no ultimo episódio, mas deixando mais perguntas do que respostas.
O FILME:Twin Peaks:
Os Últimos Dias
de Laura Palmer
Sinopse: Prelúdio para a
famosa série de TV homônima. Vemos primeiramente as investigações do agente
especial do FBI Chester Desmond no caso Teresa Banks. Então saltamos no tempo
para uma semana antes do início da série, e acompanhamos todos os
acontecimentos de Laura Palmer durante o eterno pesadelo até a hora de sua
morte.
Inicialmente, a trama sobre os últimos
dias de Laura Palmer, serviria como uma espécie de terceira temporada da série
de TV, mas que jamais aconteceu. Com a trama em mãos, Lynch decidiu levar a
trama para o cinema e tendo muito mais liberdade artística, dosando um lado
muito mais sombrio e sem restrições. A trama se inicia com o assassinato de
Teresa Banks, desencadeando então o interesse do FBI pelos eventos que andam
acontecendo em Twin Peaks. Mas a historia deixa de lado as investigações sobre
Teresa e investe sobre os últimos dias de Laura Palmer, interpretada de forma
magistral pela atriz Shery Lee, que jamais escapou da imagem da famosa
personagem.
Em seus últimos dias que
antecedem os eventos da série, conhecemos um lado mais obscuro de Palmer, que é
assombrada por uma estranha figura assustadora que se chama Bob (Frank Silva),
que a visita em seu quarto à noite para molestá-la. Devido a conflitos, tanto
em suas relações amorosas, como os atritos que tem com o seu pai (Ray Wise),
que começa agir de uma forma hostil contra a filha, Palmer mergulha no submundo
do sexo e drogas, além de ter estranhos sonhos (e pesadelos) onde ela adentra
na já conhecida sala vermelha. E é ai que todas as características de David
Lynch transbordam na tela, desde as situações bizarras, personagens bizarros e inúmeros
símbolos com algum significado.
Com um final arrasador e que
monta o que seria visto na série de TV, Twin
Peaks - Os Últimos Dias de Laura Palmer é David Lynch puro e tudo que ele não
pode fazer com a historia na TV, aqui ele faz de tudo e muito mais.
Sinopse: A louca perseguição de Scrat sempre à caça de sua noz inquieta
perseguição à qual ele tem se dedicado desde os primórdios dos tempos tem
consequências que mudam o mundo e causam um cataclismo continental que leva
Manny Diego e Sid a viverem a maior aventura de todos os tempos. Nessa maré de
mudanças Sid acaba reencontrando sua Avó turrona e o bando ainda tem de lidar
com uma horda de piratas decididos a impedi-los de voltar para casa.
Quando o primeiro filme daEra do Gelofoi lançado, muitos viram certas
semelhanças na historia, como aquela vista em Monstros SA, o que acabou
dividindo a opinião da critica. Mas a partir do segundo e terceiro filme, a cine-serie ganhou personalidade própria, principalmente com a direção segura e
muito bem humorada de Carlos Saldanha, que soube injetar, tanto humor na dose
certa, como também boas cenas de ação, que no terceiro filme alias, atingem
doses acavales e fazendo da aventura a maior bilheteria da franquia. Com um final
que encerrava a trilogia com chave de ouro, uma quarta aventura era mais que desnecessária,
mas ambição falou mais alto nos estúdios da Fox filmes e vendo a possibilidade
do cofre ficar mais cheio, decidiram investir neste filme, mais sem o talento
de Saldanha.
O resultado é uma trama dispensável, que os heróis se vêem forçados a se
separarem da outra parte do bando, por causa da divisão dos continentes
(forçadamente por culpa do esquilo Scrat). Se por um lado Manny, Diego e Sid são os velhos personagens de
sempre, o que falta aqui é um personagem coadjuvante de peso e que roubasse a cena em momentos
chaves da trama, assim como aconteceu no terceiro filme, em que a doninha
caçadora Buck dava um verdadeiro show em cena, e aqui nesta quarta aventura,
faz enorme falta. Salto a vista, o filme também não me fez conseguir rir em
nenhum momento, sendo que as piadas são repetidas de outros filmes, que alias,
escancaradamente fazem referencias a produções como Piratas do Caribe e Coração
Valente, mas que não ajudam a melhorar na narrativa.
Pode agradar o pequeno publico infantil que não é nenhum pouco exigente,
mas não é um filme que irá conquistar todas as idades.
Sinopse:Heleno de Freitas é a figura do Rio de Janeiro de
1940, quando a cidade era cheia de glamour, sonho e promessas. Primeiro galã do
futebol, Heleno defendia o Botafogo e tinha tudo para ser o maior jogador do
Brasil. No entanto, a guerra mundial da época e a libertinagem que guiava sua
vida mudaram seu brilhante destino, abandonado em um sanatório e vítima da
sífilis aos 39 anos de idade.
Se em território americano,
Rodrigo Santoro ainda não achou o seu papel que o consagrasse por lá, em território
nacional pelo menos ele se entrega sem restrições, criando personagens maiores
do que a vida e em Heleno não é diferente. Ao interpretar um dos maiores ídolos
do futebol, que pertencia ao Botafogo em meados dos anos 40, Santoro se entrega
no que ouso dizer ser o seu melhor momento no cinema. Ao encarnar Heleno,
Santoro cria uma verdadeira entidade impulsiva, que não se restringe a nada que
esta em seu caminho, fazendo de tudo para conseguir os seus objetivos, seja
para fazer do seu time que tanto ama campeão, como se entregar os vícios como
mulheres, sexo, bebidas e cigarros.
O diretor José Henrique da
Fonseca foi feliz na escolha de Santoro, mas o cineasta também merece credito,
pois não é todo dia em que vemos um Rio de Janeiro, que solta na tela com exatidão,
como era a cidade carioca dos anos 40. O que também contribui com essa
verossimilhança, é graças a bela fotografia em preto e branco, criada por
Walter Carvalho, que foi corajoso nesta escolha, mas que convenhamos, fazia
todo o sentido, para combinar com a atmosfera daquele tempo. Com um elenco de
peso, que inclui uma Alinne Moraes inspirada. Heleno pode não ter feito muito
barulho na estréia ou durante o tempo que esteve no cinema, mas é um filme
corajoso e mais puramente cinema.
Sinopse: O filme conta a trajetória da compositora artista e cantora
chilena Violeta Parra. Esta biografia não segue uma linha cronológica
focando-se em diversos momentos da vida de Violeta como sua infância na
província de Ñuble sua viagem pelo interior do Chile as visitas à França e à
Polônia alémdo romance que ela teve com o suíço Gilbert Favre. O filme é
inteiramente intercalado com trechos de uma entrevista que Violeta Parra deu à
televisão em 1962.
Não é a toa que esse filme já ganhou inúmeros prêmios desde que estreou,
como o Prêmio do Júri Internacional do Cinema Mundial Dramático no festival
Sundance (EUA) deste ano, pois a produção emociona pela intensidade de sua
personagem perante os obstáculos para alcançar os seus objetivos, mesmo quando
parecem não fazer mais sentido. A atriz chilena Francisca Gavilán interpreta com
garra a personagem, como se fosse o seu ultimo desempenho nas telas, fazendo de
sua Violeta, uma reencarnação perfeita da verdadeira cantora.
Baseado no livro de memórias escrito por um de seus filhos, Agel Para, o
filme ainda possui momentos líricos, embalados com musicas de sucesso da cantora como Gracias a
La Vida.