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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: ‘Toy Story 4’ - A Emoção do Adeus

Sinopse: Woody, Buzz Lightyear e o resto da turma embarcam em uma viagem com Bonnie e um novo brinquedo chamado Garfinho. A aventura logo se transforma em uma reunião inesperada.

"Toy Story 3" (2010) havia encerrado de uma forma mais do que satisfatória a saga de Woody, Buzz e companhia nas telas do cinema. Porém, ao ser anunciado "Toy Story 4", muitos temiam que a quarta aventura nada mais seria do que uma possível forma do estúdio arrecadar mais e apresentando uma trama meramente vazia. Eis que o filme chega e, novamente, a Pixar nos prova que não brinca em serviço, ao fazer um filme de coração e nos revelando uma jornada emocional sobre qual é o real papel desses pequenos personagens no nosso mundo.
Dirigido pelo estreante Josh Cooley, o filme começa nove anos no passado, onde é revelado o que realmente aconteceu com a pastora Betty (Potts) e que estava ausente no filme anterior. No presente, Woody (Hanks) tenta buscar o seu lugar na vida de sua nova dona Bonnie, ao criar para ela, de uma forma indireta, o novo brinquedo dela chamado Garfinho (Hale). Quando todos partem para uma viagem, Woody se mete em uma nova aventura e descobrindo revelações surpreendentes.
O filme já começa de uma forma que nos faz a gente se emocionar, já que os roteiristas conseguiram de uma forma coerente de nos trazer esses personagens de volta. Quando se é revelado, por exemplo, sobre o que realmente aconteceu com a Betty no passado, testemunhamos o peso da escolha de Woody em querer ser tão presente na vida do seu primeiro dono e de como isso o afetaria posteriormente na vida de sua nova dona. Ao se ver, novamente, excluído das brincadeiras da pequena jovem, é então que vemos um Woody mais maduro e tentando descobrir sobre qual é o seu verdadeiro papel nesse mundo.
Ponto positivo para o estúdio, pois a franquia Toy Story sempre foi algo para todas as idades, mas o teor adulto encontrado nas entrelinhas, sempre foi o verdadeiro coração de toda a sua história. Com isso, o primeiro ato já nos pega desprevenido, ao fazer um pequeno flashback para nos amarrarmos emocionalmente, para nos darmos conta que o tempo passou e que cabe agora esses brinquedos escolherem os seus próprios caminhos. Woody escolhe em manter o novo personagem Garfinho ao lado de sua dona a todo custo, mas o problema que esse já nasce com inúmeras crises de identidade.
Crises de identidade, aliás, é o que move boa parte desses personagens, seja na ala dos mocinhos, como também no caso dos novos vilões, em especial a boneca Gabby (Hendricks), que é obcecada em ser amada por uma garota chamada Harmonia e da qual Woody e Garfinho a conhecem em uma loja de antiquários. Mas diferente dos vilões anteriores, Gabby  é uma personagem muito mais trágica, mas com tantas camadas psicológicas, que nos faz até mesmo torcermos por ela para encontrar o seu lugar na vida.
Lugar esse que muitos personagens centrais da trama buscam, sejam elas em maior ou menor grau. Ao reencontrar com uma Betty mais segura de si e independente, Woody percebe que é preciso tomar certas escolhas e para que assim o mesmo possa conseguir obter o seu novo caminho em sua jornada. Em meio a boas piadas, cenas de ação, além de muita tensão, o ato final nos reserva um dos momentos mais emocionantes da franquia, onde ela nos ensina que é preciso a gente abraçar uma nova etapa da vida, mesmo quando a gente não sabia o que virá pela frente.
"Toy Story 4" é um filme emocional, que irá agradar todas as idades e fará a gente pensar sobre o nosso real papel perante um mundo cheio de possibilidades.   


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5 comentários:

Giulianno Liberalli disse...

Marcelo, assisti ao filme e te digo que ele me surpreendeu. Fui sem esperanças de ver se iriam conseguir adicionar algo novo à franquia e fiquei de queixo caído. Concordo com seus apontamentos e creio que eles adicionaram algo bem mais profundo à simples mitologia de que os brinquedos seriam algo animado apenas por si só. Entre várias outras mensagens, deixaram a mais emocionante para o final. Acabou comigo.

Marcelo Castro Moraes disse...

Que bom que gostou Giulianno. Se puder compartilhe a minha analise e continue acompanhando o meu blog. Abraços.

Unknown disse...

Não olhei ainda com meus filhos mas pretendo ver sim, depois desta análise do filme,vou assistir sim 😊

Patricia Dambroski disse...

Depois de ler esta bela análise, da vontade de assistir o filme realmente!

Marcelo Castro Moraes disse...

Para todos que gostaram da minha analise recomendo e muito que assistam a esse novo clássico no cinema.