No dia 13 de junho, às 19h, a Sala Redenção exibe a pré-estreia do filme brasileiro “Deslembro”, primeiro longa metragem de ficção da diretora Flávia Castro. Produzido por Walter Salles, o filme conta a história de uma família exilada – baseada na história pessoal da diretora – que prepara a sua volta para o Brasil, após a Lei da Anista entrar em vigor, em 1979. A adolescente Joana (Jeanne Boudier), protagonista do longa, resiste ao sair da Europa, mas ao chegar ao Rio de Janeiro, entra em contato com seu passado e de seu pai (Jesuíta Barbosa), desaparecido durante o período da ditadura.
Após o filme, haverá um bate-papo com a diretora do longa, Flávia Castro, Claudia Wasserman (Diretora do IFCH e Professora de História – UFRGS), Mariluci Cardoso de Vargas (Pós-Doutoranda pela CAPES no PPGH/UFRGS) e Benito Bisso Schmidt (Professor PPGH/UFRGS). A sessão é uma promoção do IFCH da UFRGS, da Difusão Cultural, da Sala Redenção, do LUPPA (Laboratório de Estudos sobre Usos Políticos do Passado), Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS e do Projeto Banco de Testemunhos.
Sinopse de Deslembro (2018), de Flávia Castro:
Em 31 de março de 2019, o golpe civil-militar completou 55 anos, e em agosto, a Lei de Anistia Política, um dos marcos do processo de reabertura política no Brasil, completará 40 anos. Nesse contexto, o filme Deslembro, uma ficção baseada em algumas experiências vividas pela diretora Flávia Castro, chega aos cinemas. A cineasta passou quase toda a década de 1970 no exílio com a família – Sandra Macedo e Celso Castro, seus pais, e João Paulo, seu irmão. O retorno dos Macedo e Castro para o Brasil só se concretizou após a Lei de Anistia, promulgada em 1979. Esse é o ponto de partida para a trama do filme Deslembro.
Joana é uma adolescente que se alimenta de literatura e rock. Ela mora em Paris com a família, quando a anistia é decretada no Brasil, no final de 1979. De um dia para o outro, e a sua revelia, organiza-se a volta para o país do qual mal se lembra. No Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e onde seu pai desapareceu nos porões do DOPS, seu passado ressurge. Nem tudo é real, nem tudo é imaginação, mas ao “lembrar”, Joana inscreve sua própria história no presente, na primeira pessoa.
Ficha técnica:
Direção: Flavia Castro
Roteiro: Flavia Castro
Produção: Walter Salles, Gisela B. Camara, Flavia Castro
Produção Executiva: Gisela B. Camara, Maria Carlota Bruno
Produtor Associado: José Alverenga Jr
Direção de Fotografia e Câmera: Heloisa Passos
Direção de Arte: Ana Paula Cardoso
Som Direto: Valeria Ferro
Edição: François Gedigier, Flavia Castro
Gênero: Drama
País: Brasil
Ano: 2018
Cor
Duração: 96 minutos
Classificação: 14 anos
Elenco: Jeanne Boudier, Hugo Abranches, Arthur Raynaud, Sara Antunes, Eliane Giardini, Julian Marras, Jesuita Barbosa, Antonio Carrara.
Premiações:
– Seleção Oficial – Festival de Veneza – Mostra Horizontes;
– Festival do Rio – Melhor Filme pelo Júri Popular, Melhor Filme pela crítica e Melhor Atriz Coadjuvante para Eliane Giardini;
– Melhor Filme prêmio da Crítica, Festival de Biarritz, 2018;
– Melhor Filme, prêmio da crítica, Panorama;
– Melhor filme de ficção, Pessac.
– 21º Festival de Cinema Brasileiro de Paris – melhor longa-metragem pelo Júri Popular.
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