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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Cine Dica: Mostra Insurreição

CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS RECEBE MOSTRA INSURREIÇÃO
 
A partir de terça-feira, 18 de junho, a Cinemateca Capitólio Petrobas recebe a mostra Insurreição. Com curadoria deMarcus Mello e realização do Goethe-Institut e da Aliança Francesa de Porto Alegre, a mostra apresenta 17 filmes até o dia 28 de junho. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos. 

INSURREIÇÃO

Insurreição. Substantivo feminino. 1. ato ou efeito de insurgir(-se), de sublevar(-se) contra a ordem estabelecida. 2. Oposição forte e veemente; rebeldia.

Os 50 anos das revoltas estudantis de Maio de 1968, celebrados em 2018, e a passagem do 30º aniversário da queda do Muro de Berlim, a ser comemorado em novembro deste ano, são dois acontecimentos que, por sua proximidade e repercussão, estimulam uma reflexão profunda sobre a história contemporânea. Entre a crença nas utopias e na capacidade da ação coletiva como forma de construção de uma sociedade mais justa e igualitária, representada por Maio de 68, e a derrocada dos países da Cortina de Ferro, simbolizada pela destruição do muro que dividiu Berlim durante quase três décadas, se misturam os sonhos e as desilusões de várias gerações. E é justamente nesse contexto que, contra o surgimento de um discurso cada vez mais conservador e a ideia de impossibilidade de construção de uma sociedade utópica, vemos ressurgir com força movimentos de insurreição protagonizados por estudantes, mulheres e representantes de diferentes grupos excluídos de um estado de bem estar social.
A fim de promover um amplo debate em torno do tema, o Goethe-Institut e a Aliança Francesa de Porto Alegre reuniram esforços para realizar o evento Insurreição, que inclui uma mostra de filmes e mesas de discussão sobre as relações entre os movimentos sociais protagonizados por estudantes nas décadas de 1960 e 1970, em particular na Alemanha e na França, e as atuais formas de insurreição popular, com uma atenção especial aos acontecimentos recentes ocorridos no Brasil após as gigantescas manifestações populares de junho de 2013, que iriam culminar na destituição da presidente Dilma Rousseff em 2016.

 A curadoria elegeu como ponto de partida o filme Uma Juventude Alemã, de Jean-Gabriel Périot, uma co-produção entre Alemanha e França que estreou na seção Panorama do Festival de Cinema de Berlim em 2015 e permanece inédita no Brasil. Neste documentário, o diretor resgata, através de um riquíssimo material de arquivo, as origens estudantis do grupo Baader-Meinhof e suas relações com o movimento dos estudantes franceses que tomaram as ruas em maio de 1968, refletindo sobre os seus distintos desdobramentos históricos e sua repercussão internacional. Através de uma seleção de filmes clássicos e outros de produção recente, a mostra Insurreição busca relacionar esses movimentos de revolta iniciados na Europa no final da década de 60 e ver como eles ainda reverberam nos dias de hoje, em particular com as ocupações de escolas por estudantes secundaristas no Brasil, reconhecido como um dos mais relevantes e inspiradores gestos de desobediência civil no cenário político atual. Junte-se a isso outras manifestações recentes, como as ocupações urbanas protagonizadas pelo MTST, ou de grupos feministas radicais, como o ucraniano Femen, e teremos um atestado revelador de que os tempos atuais estão longe de poderem ser classificados como conformistas, existindo uma chama persistente de insatisfação e revolta na sociedade civil.

Na tentativa de dar conta de questões tão complexas, além da exibição do documentário Uma Juventude Alemã, a mostra Insurreição apresenta várias outras produções inéditas, entre as quais se destaca a pré-estreia no Rio Grande do Sul deEspero Tua (Re)Volta, de Eliza Capai, documentário brasileiro sobre o movimento de ocupação das escolas premiado no último Festival de Cinema de Berlim. A controversa atuação do grupo terrorista Baader-Meinhof e suas repercussões na história recente da Alemanha está representada por um bloco de cinco filmes que trazem a visão de diretores alemães de diferentes gerações sobre as ações do grupo, também conhecido como Fração do Exército Vermelho: A Terceira Geração(1979), de Rainer Werner Fassbinder, Os Anos de Chumbo (1981), de Margarethe von Trotta, A Segurança Interna (2000), de Christian Petzold, e As Consequências do Crime (2015), de Julia Albrecht, além de Alemanha no Outono (1978), produção coletiva que envolveu dez diretores (Rainer Werner Fassbinder, Alf Brustellin, Hans Peter Cloos, Alexander Kluge, Maximiliane Mainka, Edgar Reitz, Katja Rupé, Volker Schlöndorff, Peter Schubert e Bernhard Sinkel) na sua realização e é considerado um dos clássicos do cinema político alemão.

Já a resistência dos movimentos em prol dos direitos homossexuais, que em junho de 2019 comemoram os 50 anos do célebre episódio do levante dos frequentadores do bar Stonewall contra a repressão policial dirigida à comunidade gay em Nova York (o marco inicial do ativismo LGBT), está representada pela exibição de 120 Batimentos por Minuto, emocionante drama de ficção que resgata a história dos ativistas do Act Up na França, à época da eclosão da epidemia da Aids. Também da França vem a obra-prima Zero de Conduta (1933), de Jean Vigo, que mostra o ocupação de uma escola por alunos revoltados com a tirania de seus professores, e os documentários Morrer aos 30 Anos, de Romain Goupil (sobre Maio de 68 e suas consequências), e A Assembleia, de Mariana Otero (sobre o movimento de organização social Nuit Debout, que eclodiu na França em 2016).

Ao lado do inédito Espero Tua (Re)Volta, os recentes movimentos de resistência e desobediência civil no Brasil estão representados por uma seleção de títulos que retratam desde as revoltas dos estudantes secundaristas em 2016 (Secundas, de Cacá Nazário, Escolas em Luta, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli, e Rasga Coração, de Jorge Furtado) e a mobilização dos trabalhadores sem teto (O Teto Sobre Nós, de Bruno Carboni, e Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé), até as manifestações de junho de 2013 (Operações de Garantia da Lei e da Ordem, de Julia Murat e Miguel Antunes Ramos). Uma programação urgente e necessária, para mostrar que, embora os tempos sejam sombrios, a luta continua.


Marcus Mello – Curador

PROGRAMAÇÃO

Uma Juventude Alemã (Une Jeunesse Allemande), de Jean-Gabriel Périot (França/Suíça/Alemanha, 2015, documentário, 93 minutos).
No final da década de 1960, a geração do pós-guerra alemão, desiludida pelo capitalismo anticomunista, se revoltava. O protesto contra o Estado levou à fundação da Fração do Exército Vermelho (RAF). O documentário de Jean-Gabriel Périot descreve, sem comentários, a transformação gradual e a crescente politização da era RAF, das suas origens estudantis até chegar à resistência armada, comparando o movimento dos estudantes alemães e seus desdobramentos com o movimento de Maio de 1968 na França. Exibição em HD.

Espero Tua (Re)Volta, de Eliza Capai (Brasil, 2019, documentário, 90 minutos).
Quando a crise se aprofundou no Brasil, os estudantes saíram às ruas e ocuparam escolas protestando por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. O documentário de Eliza Capai acompanha as lutas estudantis desde as marchas de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Inspirada pela linguagem do próprio movimento, o filme é conduzido pela locução de três estudantes, representantes de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do movimento e evidenciando sua complexidade. Ainda inédito nos cinemas, o filme de Eliza Capai ganha sua primeira exibiçãoem Porto Alegre. Prêmio da Anistia Internacional no último Festival de Berlim. Exibição em DCP.

Alemanha no Outono (Deutschland im Herbst), de Rainer Werner Fassbinder, Alf Brustellin, Hans Peter Cloos, Alexander Kluge, Maximiliane Mainka, Edgar Reitz, Katja Rupé, Volker Schlöndorff , Peter Schubert e Bernhard Sinkel (Alemanha, 1978, 123 minutos).
Filme formado por diferentes episódios, assinados por um grupo de diretores que inclui alguns dos nomes mais importantes do cinema alemão do pós-guerra, como Alexander Kluge, Rainer Wener Fassbinder, Edgar Reitz, Volker Schlöndorff e Hans Peter Cloos. O filme cobre o período de dois meses no ano de 1977, quando um empresário foi raptado e posteriormente morto pela Fração do Exército Vermelho, grupo terrorista de esquerda cujas ações convulsionaram a opinião pública alemã na década de 1970. Após essa operação frustrada, três líderes do movimento, Andreas Baader, Gudrun Ersslin e Jean-Carl Rasper, teriam cometido suicídio na prisão de Stammheim. O filme inclui raras imagens do funeral de Baader, Ersslin e Rasper, e a participação de intelectuais como os escritores Heinrich Böll e Max Frisch e dos cineastas Margarethe von Trotta, Rainer Werner Fassbinder e Volker Schlöndorff. Exibição em HD.

A Terceira Geração (Die Dritte Generation), de Rainer Werner Fassbinder. Com Margit Carstensen, HannaSchygulla, Eddie Constantine, Bulle Ogier, Udo Kier e Hark Bohm (Alemanha, 1979, 111 minutos).
Uma comédia de humor negro sobre as atrapalhadas ações de um grupo de terroristas clandestinos. Polêmica visão de Fassbinder em relação à atuação da Fração do Exército Vermelho na Alemanha, o filme provocou reações extremas na época de seu lançamento, incluindo o espancamento de um projecionista em Hamburgo e a invasão de um grupo de jovens a um cinema em Frankfurt, que tentaram destruir a sua cópia com ácido. Condenado a um longo período de invisibilidade, e ofuscado pelo sucesso de outras produções do prolífico diretor Fassbinder, este filme debochado e anárquico somente seria redescoberto em meados dos anos 2000, quando reestreou nos cinemas alemães e pode ter suas virtudes finalmente reconhecidas. Exibição em HD.

Os Anos de Chumbo (Die Bleierne Zeit), de Margarethe von Trotta. Com Jutta Lampe, Barbara Sukowa, Rüdiger Vogler e Luc Bondy (Alemanha, 1981, 106 minutos).
Filhas de um rígido pastor protestante, as irmãs Juliane (Jutta Lampe) e Marianne (Barbara Sukowa) se afastam da severidade religiosa de seu ambiente familiar para militarem na luta pelos direitos das mulheres. Enquanto Juliane se torna uma jornalista engajada, sua irmã passa a integrar uma organização terrorista. Quando Marianne é presa, Juliane decide ajudar a irmã, apesar das diferenças de opinião que ambas têm em relação aos limites de seu comprometimento político. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, onde conquistou também o prêmio de melhor atriz para Jutta Lampe e Barbara Sukowa, este impactante drama de Margarethe von Trotta foi incluído pelo diretor sueco Ingmar Bergman na lista de seus filmes favoritos. Exibição em HD.

A Segurança Interna (Die Innere Sicherheit), de Christian Petzold. Com Julia Hummer, Barbara Auer, Richy Müller, Bilge Bingül e Bernd Tauber (Alemanha, 2000, 106 minutos).
Um casal de ex-terroristas alemães vive na clandestinidade em Portugal, na companhia de sua rebelde filha adolescente. Com roteiro co-assinado por Harun Farocki, foi o filme que revelou o cineasta Christian Petzold, um dos grandes nomes do cinema alemão contemporâneo, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros com Em Trânsito. Vencedor do troféu de melhor filme do ano no Deutscher Filmpreis, a principal premiação do cinema alemão. Exibição em HD.

As Consequências do Crime (Die Folgen der Tat), de Julia Albrecht (Alemanha, 2015, documentário, 80 minutos).
Após 37 anos do assassinato de Jürgen Ponto, diretor do Dresdner Bank, por um grupo terrorista, a diretora Julia Albrecht investiga o envolvimento de sua irmã Susanne Albrecht neste crime, que provocou traumas profundos tanto entre os familiares de Ponto quanto na sua própria família. Um documentário corajoso e altamente pessoal, que investiga os efeitos de fatos históricos recentes na vida de indivíduos comuns.
Exibição em HD.

Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé. Com Carmen Silva, Isam Ahmad Issa, Suely Franco, José Dumont e Gabriel Tonin (Brasil, 2016, 93 minutos).
No centro de São Paulo, o prédio do antigo Hotel Cambridge é ocupado por trabalhadores sem moradia. Através de uma hábil combinação entre documentário e ficção, a diretora Eliane Caffé produz um contundente retrato sobre os movimentos de ocupação dos trabalhadores sem-teto, o MTST, no Brasil, descrevendo sua organização e seus embates contra o Estado. Exibição em DCP.

Operações de Garantia da Lei e da Ordem, de Julia Murat e Miguel Antunes Ramos (Brasil, 2017, documentário, 83 minutos).
As manifestações que ocorreram no Brasil entre junho de 2013 e julho de 2014 estão no centro do documentário de Julia Murat e Miguel Antunes Ramos, que trabalha exclusivamente com material de arquivo. A abordagem tradicionalista dos grandes meios de comunicação e a cobertura alternativa das mídias independentes são comparadas e exploradas, evidenciando as suas diferenças e a posição do observador e do observado em cada uma delas. Ao propor um olhar sobre reportagens de televisão, materiais gravados por jornalistas e cineastas que acompanharam as manifestações e mídias alternativas (como a cobertura do coletivo Mídia Ninja), a dupla de diretores busca encontrar as relações internas às imagens, apresentando esses documentos produzidos no calor da hora sem hierarquização entre as diferentes fontes. Um filme de arquivo tenso e urgente, no qual a edição provoca novas relações entre imagem e discurso. Exibição em DCP.

Escolas em Luta, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli (Brasil, 2017, documentário, 77 minutos).
Em São Paulo, alunos secundaristas reagem ao decreto oficial que determina o fechamento de 94 escolas da rede pública e a realocação dos alunos. A resposta estudantil surpreende. Em poucos dias, por meio de redes sociais e aplicativos, eles organizam uma reação em uma verdadeira Primavera Secundarista – algo completamente inédito no país –, ocupando 241 escolas e saindo às ruas para protestar. O estado decreta guerra aos estudantes. Exibição em DCP.

Zero de Conduta (Zéro de Conduite), de Jean Vigo. Com Jean Dasté, Robert le Flon, Louis Lefebvre, Delphin e Gilbert Prouchon (França, 1933, 47 minutos).
Um grupo de estudantes ocupa sua escola para protestar contra a tirania de seus professores. Clássico de Jean Vigo realizado na década de 30, este média-metragem é considerado uma autêntica celebração da revolta e da insubordinação, e durante anos esteve proibido na França. Um filme maldito, de um diretor maldito, que somente teria seu talento reconhecido após a sua morte. Exibição em HD.

Morrer aos 30 Anos (Mourir à 30 Ans), de Romain Goupil (França, 1982, documentário, 95 minutos).
Após o suicídio de seu amigo Michel Récanati, o cineasta Romain Goupil se interroga a respeito de seu passando militante na extrema esquerda da CAL (Comités d'Action Lycéens). Ele insere em meio a imagens de assembleias gerais e manifestações em torno de 1968, documentos íntimos e depoimentos de antigos companheiros que partilharam desse momento. Através de um documentário de tom comovedoramente pessoal, Goupil traça o retrato de uma geração. Vencedor da Caméra d’Or no Festival de Cannes em 1982. Exibição em HD.

A Assembleia (L’Assemblée), de Mariana Otero. França, 2017, documentário, 99 minutos.
Em 31 de março de 2016, na Praça da República em Paris, nasce o movimento Nuit Debout. Durante mais de três meses, pessoas de todos os horizontes experimentaram a invenção de uma nova forma de democracia. Como falar juntos sem falar de uma só voz? Eis a pergunta colocada pelo movimento, ao qual a diretora Mariana Otero procura dar voz, neste documentário inédito nos cinemas brasileiros. Exibição em HD.

120 Batimentos por Minuto (120 Battements par Minute), de Robin Campillo. Com Nahuel Pérez Biscayart, Arnaud Valois, Adèle Haenel e Antoine Reinartz (França, 2017, 143 minutos).
A organização dos movimentos LGBT na França no começo da década de 80, a fim de garantir aos portadores do vírus da Aids tratamento de saúde digno e recursos para as pesquisas na área médica. Grande Prêmio do Júri e vencedor da Queer Palm no Festival de Cannes de 2017. Exibição em DCP.

Rasga Coração, de Jorge Furtado. Com Marco Ricca, Drica Moraes, Chay Suede, George Sauma, João Pedro Zappa e Luisa Arraes (Brasil, 2018, 113 minutos).
Após 40 anos de militância, Manguary Pistolão (Marco Ricca) vê o filho (Chay Suede) acusá-lo de ser um conservador, revivendo o mesmo conflito que teve com seu pai (Nelson Diniz) na juventude. Elogiada adaptação de Jorge Furtado para o texto de Oduvaldo Vianna Filho, um clássico da dramaturgia brasileira. Sessão única no Auditório do Goethe-Institut, seguida de debate com o diretor Jorge Furtado e a professora e cientista política Céli Pinto. Exibição em HD.

Secundas, de Cacá Nazário (Brasil, 2017, documentário, 20 minutos).
Uma fagulha pode incendiar uma pradaria”. O conhecido provérbio chinês ilustra a dimensão tomada pelo movimento de ocupação das escolas brasileiras pelos estudantes secundaristas, que se alastrou pelo Brasil em 2016. O empolgante documentário de Cacá Nazário acompanha as repercussões e desdobramentos da ação política desses jovens estudantes nasescolas de Porto Alegre. Prêmio de melhor curta-metragem gaúcho no Festival de Gramado em 2017. Exibição em DCP.

O Teto Sobre Nós, de Bruno Carboni. Com Cosme Rodrigues, Francisco Gick e Silvana Rodrigues (Brasil, 2015, 22 minutos).
Ocupantes de um prédio abandonado recebem a notícia de que podem ser despejados a qualquer momento. Enquanto Anna tenta lidar com a notícia, ela se depara com um misterioso homem deitado em sua cama. Prêmio de melhor direção no Festival de Gramado em 2015. Exibição em DCP.


GRADE DE HORÁRIOS
13 a 27 de junho de 2019

13 de junho (quinta-feira)
14h – Kinoclube: Migração Alada
18h – A Solidão do Corredor de Fundo
20h – Mr. Shome

14 de junho (sexta-feira)
14h – A Parte do Mundo que Me Pertence
15h30 – Suspíria – A Dança do Medo
18h – A Cor da Romã
20h – Projeto Raros Especial: Diário de um Ladrão de Shinjuku

15 de junho (sábado)
14h – A Parte do Mundo que Me Pertence
15h30 – Suspíria – A Dança do Medo
18h – O Evangelho Segundo São Mateus
21h – Natal na Terra

16 de junho (domingo)
14h – A Parte do Mundo que Me Pertence
15h30 – Suspíria – A Dança do Medo
18h – O Demônio das Onze Horas + debate com Enéas de Souza

18 de junho (terça-feira)
13h30 – Suspíria – A Dança do Medo
16:00 – O Teto Sobre Nós + Era o Hotel Cambridge
18:00 – Zero de Conduta
19:00 – Secundas + Espero Tua (Re)Volta, sessão seguida de debate com os diretores Cacá Nazário e Eliza Capai e a ativista Marcela Jesus

19 de junho (quarta-feira)
13h30 – Suspíria – A Dança do Medo
16:00 – As Consequências do Crime
18:00 – Os Anos de Chumbo
20:00 – Morrer aos 30 Anos

20 de junho (quinta-feira)
14h – Divulgação em breve
16:00 – Operações de Garantia da Lei e da Ordem
18:00 – 120 Batimentos por Minuto
20:30 – Uma Juventude Alemã

21 de junho (sexta-feira)
14h – Divulgação em breve
16:00 – A Segurança Interna
18:00 – A Assembleia
20:00 – Secundas + Escolas em Luta

22 de junho (sábado)
14h – Diamantino (Sessão Acessível)
16:00 – Morrer aos 30 Anos
18:00 – Os Anos de Chumbo
20:00 – A Terceira Geração

23 de junho (domingo)
14h – Divulgação em breve
16:00 – Uma Juventude Alemã
18:00 – O Teto Sobre Nós + Era o Hotel Cambridge
20:00 – Alemanha no Outono

25 de junho (terça-feira)
14h – Divulgação em breve
16:00 – Morrer aos 30 Anos
18:00 – A Segurança Interna
20:00 – Secundas + Escolas em Luta

26 de junho (quarta-feira)
14h – Divulgação em breve
16:00 – Os Anos de Chumbo
18:00 – A Assembleia
20:00 – Secundas + Zero de Conduta

27 de junho (quinta-feira)
14h – Divulgação em breve
16:00 – As Consequências do Crime
18:00 – Operações de Garantia da Lei e da Ordem
19:30 – Uma Juventude Alemã, sessão seguida de debate com a cineasta Liliana Sulzbach e a cientista políticaSilvana Krause 

Um comentário:

Patricia Dambroski disse...

PARABÉNS muito boas suas análises,adorei!