É apenas o fim do mundo
Sinopse: O escritor Louis (Gaspard Ulliel) passou 12
anos longe de casa e retorna para um almoço em família. Mas para ele não é nada
fácil, pois feridas reabrem, principalmente porque terá de rever o irmão
(Vincent Cassel), com quem nunca se deu bem.
O diretor canadense
Xavier Dolan (Eu Matei a Minha Mãe) sublinha o tom exasperador do
filme com sufocantes planos fechados que, além de fortalecer o lado doentio da
claustrofobia familiar dos presentes, acaba brindando o cinéfilo com ótimos desempenhos de todo o elenco que, diga-se, é de fato de primeira linha.
Percebe-se no filme a
origem teatral da trama, roteirizada pelo próprio Dolan a partir da peça Juste
la fin du monde, que o autor francês Jean-Luc Lagarce, falecido precocemente em
1995, escreveu tendo suas próprias experiências como base. Mas não se trata de
teatro filmado. Com vigor, É Apenas o Fim do Mundo tem luz própria intensa o
suficiente para incomodar e sensibilizar o público com um dos temas mais
recorrentes da sociedade atual: a família disfuncional. Seja ela de quem for.
Minha Vida de
Abobrinha
Sinopse: O inseguro
pequeno protagonista de apenas nove anos acaba causando um acidente na
residência, levando sua mãe ao óbito. Abobrinha, como costumava ser chamado por
ela, se apresenta ao policial, que tenta redirecionar a vida do pequeno menino.
De repente, o jovem se vê em um orfanato com crianças sem família, assim como
ele.
Melancólico e esperançoso, a
animação Minha Vida de Abobrinha surpreende do principio ao fim. O longa
franco-suíço consegue de forma equilibrada levantar um tema tão delicado em uma
improvável animação em “stop-motion”. A trilha sonora é basicamente
instrumental (salvo momentos como a festa) e complementa perfeitamente com as
cores e climas propostos pelo diretor Claude Barras. Entre outras coisas, Minha
Vida de Abobrinha mostra que, às vezes, a ajuda e o consolo vem de onde menos
se espera e que se pode haver esperanças mesmo que as dores do passado ali
estejam.
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