Sinopse: No
ano de 1942, o espião franco-canadense Max Vatan (Brad Pitt) parte para
Casablanca, no Marrocos. Durante uma missão ele conhece a agente francesa
Marianne Beausejour (Marion Cotillard), por quem se apaixona. Os dois se casam
e Max é alertado de que a esposa na verdade é uma espiã nazista e começa a
investigá-la para descobrir toda a verdade.
O cineasta Robert
Zemeckis é um contador de história e que usa o cinema como sua ferramenta para contá-las
e criar vida. Mas independente de qual gênero ele trabalha, seja drama, ficção
ou fantasia, ele consegue dosar um alto grau de verossimilhança, mesmo incrementando
inúmeros efeitos visuais, mas dos quais não se torna o principal foco da trama.
Em Aliados ele novamente repete o feito,
onde uma trama megalomaníaca poderia soar inverossímil, mas não nas mãos do
cineasta.
Acompanhamos a missão secreta de dois agentes,
Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard), onde ambos se conhecem
em Casablanca e se unem para uma tarefa arriscada. No decorrer da missão, eles acabam
se disfarçando como um casal de longa data, mas que acabam realmente se apaixonando
e se casando posteriormente. Porém, Max descobre da pior maneira que não
conhece realmente a sua amada esposa como gostaria.
Tecnicamente
o filme é impecável, onde a reconstituição de época faz que adentremos num
tempo em que a guerra surgia a todo o momento, seja no céu ou na terra. Já nos primeiros minutos, Zemechis cria um
plano sequência, onde vemos o protagonista
pousar de para quedas no deserto e para logo em seguida partir a pé para Casablanca.
Embora a cena aparente simplicidade, ela moldada pelos mais ambiciosos efeitos
visuais atuais, mas como eu disse acima, nada é perceptível, mas sim realístico.
Essa união de realismo e técnica se verá no decorrer do filme, mas nunca caindo
num lugar comum, mas sim correspondendo com a dramaticidade da obra.
Mas embora reconstituição,
figurino e fotografia nos enchem os olhos, é no casal central que mora o
coração do filme. Embora Brad Pitt não
nos apresente uma interpretação que nos faça esquecer que ele é Brad Pitt, sua
atuação ao lado da talentosa Marion Cotillard nos faz a gente esquecer esse costume
tropeção do ator. Ambos em cena estão ótimos, mas muito se deve a presença
sempre intensa de Cotillard, já que o seu desempenho lhe faz criar em sua
personagem uma aura de ambiguidade e do qual a gente fique sempre em duvida
sobre o seu real papel na trama.
Embora com
um final anti-hollywoodiano, Aliados consegue o feito de nos emocionar e aceitar
de bom grado o caminho sem volta que ambos os protagonistas escolheram trilhar.
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