Sinopse: Bela (Emma Watson)
vive num vilarejo com o pai, que é capturado pela Fera. Desesperada, a jovem se
oferece para ser prisioneira da Fera no lugar do pai, que teve um mal-entendido
com o ser horrendo. Bela se isola, mas aos poucos vai percebendo que por trás
da assustadora criatura há alguém de coração e alma de príncipe.
A primeira versão do conto de fadas A
Bela e a Fera (1991) lançado pela Disney foi um sucesso arrebatador, tanto que
arrecadou mais de R$ 100 milhões (um recorde para uma animação naquele tempo) e
conseguindo o feito de se tornar o primeiro longa metragem de animação a
concorrer ao Oscar de melhor filme. O sucesso foi tão gigantesco, que a Disney
acabou levando o conto para ser apresentado na Broadway e fazendo da história um enorme
sucesso também nos palcos. Agora, 26 anos depois, esse mundialmente conhecido conto de fadas retorna em
uma nova versão com atores, onde claramente se vê, tanto elementos da clássica
animação, como também no que deu certo na peça da Broadway e nascendo então um
verdadeiro espetáculo para os olhos.
A história é mesma da qual
todos nós conhecemos: jovem camponesa chamada Bela (Emma Watson) é a mais bela
e inteligente do vilarejo onde mora, mas pouco compreendida por aqueles que não
conseguem entende-la. Após o seu pai (Kevin Kline) se perder na floresta, ele
acaba se refugiando em um grande castelo encantado, mas se tornando rapidamente
prisioneiro de uma criatura horrenda que auto se intitula a Fera (Dan Stevens).
Bela acaba salvando o seu pai, mas tendo que ficar no lugar dele e se tornando
prisioneira do castelo. Gradualmente, tanto a Fera como a Bela, começam a criar
um relacionamento e do qual mudará a vida de ambos para sempre
Para os fãs do longa animado, o
filme é bastante fiel ao clássico, pois a produção praticamente possui as mesmas
passagens da história da qual todos nós conhecemos. Contudo, se percebe que há
sempre um acréscimo dentro da história aqui e ali, mas não para que a trama
seja estendida, mas sim para que os personagens sejam mais aprofundados se for
comparados as suas versões anteriores. O
início do filme, por exemplo, dá mais detalhes sobre a origem da Fera, do por
que ele ter sido tão egoísta quando jovem e Bela ganha uma mãe cujo seu
desaparecimento é revelado numa passagem até então inédita para o conto.
Mas se por um lado as passagens
são fieis e melhoradas para essa nova versão, por outro, o elenco responsável para dar vida aos
personagens fica um pouco devendo. Por mais que Emma Watson se esforce como
Bela, por exemplo, me dá a impressão que, quando ela se apresenta na trama cantando,
ela está meio nervosa, não se soltando e atrapalhando assim a sua apresentação no
início do filme. Porém, seu desempenho melhora um pouco no decorrer do filme, principalmente quando
começa a contracenar com a Fera e nos convencendo que a jovem pode sim se
apaixonar pela criatura.
Contudo, a imagem da Fera em si é
um tanto que desapontadora, pois mesmo com os efeitos visuais de ponta
atualmente, os criadores não conseguiram criar uma expressividade genuína para
o personagem e se tornando inferior se comparada com a animação. O mesmo vale
para os personagens que são objetos vivos dentro do castelo que, ao invés de
possuírem expressões quase humanas, elas simplesmente quase não são vistas
quando eles se apresentam em cena e somente a gente repara que o bule de chá
tem lábios e olhos, por exemplo, quando a câmera a foca mais de perto. Isso
acaba sendo ainda mais desapontador quando nos damos conta que os personagens
ganharam vozes de pessoas talentosas (como de Ewan McGregor e Emma
Thompson), cujo seus talentos acabam sendo um tanto que desperdiçados e que
poderiam ser facilmente substituídos por outros sem que a gente percebesse.
Felizmente a ala dos vilões
compensa a falta de melhores interpretações do longa metragem, já que Luke Evans e Josh Gad dão um show em cena e se
tornando até mesmo melhores que as suas contra partes da animação. Evans, por
exemplo, nos assombra com tamanha semelhança que possui com o divertido e
famigerado Gaston e fazendo que tenhamos tanto repulsa como também desejo que o
seu personagem surja cada vez mais na trama. Mas a surpresa mesmo fica por
conta Josh Gad como personagem LeFou
que, se na versão animada o seu personagem era apenas bobo e puxa saco de
Gaston, aqui ele ganha mais profundidade graças ao talento do ator e fazendo do
momento musical da taverna se tornar um dos momentos mais divertidos do longa.
Aliás, os números musicais
do filme é que dá alma a produção e fazendo a gente se esquecer das falhas que
eu citei acima. Com uma bela fotografia e edição de arte caprichada, os números
musicais são praticamente os mesmos que nós já conhecemos pelo longa metragem
original, mas moldados de uma forma tão rica e cheia de detalhes, que nos passa
a sensação de que estamos presenciando esses momentos pela primeira vez e enchendo
os nossos olhos de luzes e cores acalorados. A famosa cena da valsa
protagonizada pelo casal central, por exemplo, é sem sombra de dúvida um dos
momentos técnicos mais belos vistos nesse ano.
Embora com os seus defeitos,
A Bela e a Fera de 2017 é um belo filme para ser visto e revisto por pessoas de
todas as idades e fazer a gente mergulhar num universo cheio de detalhes.
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