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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Cine Especial: O 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos



Retornando de onde eu parei no ano passado sobre o especial dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Essas postagens que eu faço, aliás, é uma homenagem aos organizadores que prestaram um grande esforço para lançar o livro do qual reuniu os principais críticos do país e lançar uma lista dos principais filmes da história da nossa sétima arte.       

22.  Noite Vazia (1964)



Sinopse: Um rico empresário, Luizinho, e seu amigo Nelson, fazem incursões pela noite paulistana em busca de sexo e diversão que preencham o vazio de suas vidas. Numa dessas noitadas, a dupla encontra, numa casa noturna, duas prostitutas de luxo, Mara e Regina. Luizinho convida o grupo para ir ao seu apartamento. Lá, os quatro entregam-se aos prazeres do sexo e suas infinitas variações. Mara e Nelson formam um casal silencioso e triste que se vê obrigado a se confrontar com o agitado Luizinho. Mara, na realidade, é uma jovem amadurecida, mas egoísta e amarga, que só pensa em dinheiro. Finalmente, após uma noite repleta de luxúria e prazer, os dois casais terminam envoltos em tédio e angústia.



Um dos filmes mais expressivos e impressionantes da história do cinema brasileiro, sendo lançado justamente no ano de 1964(quando estourou o golpe militar). Com uma ótima fotografia de Rudolf Icsey, o filme, por vezes, lembra os melhores momentos da filmografia de Ingmar Bergman, tanto, que Water várias vezes foi comparado ao mestre sueco, principalmente por causa desse filme. Na época, causou polêmica por sua sinceridade e sem preconceito, em que aborta a sexualidade, principalmente através da dupla de amigos que, por vezes, se mostra ambígua, através das expressões e gestos de ambos no qual o diretor filmou muito bem.
Abriu o caminho para a temática sempre perseguida pelo diretor, que é da busca de perspectivas unida a solidão, ás crises existenciais e morais. Atenção para Norma bengell, no auge da sua beleza e para Odete Lara, que passa um magnetismo de domínio de cena.



Curiosidade: Concorreu à Palma de Ouro de Festival de Cannes em 1965.



 23. Os Fuzis (1964)


Sinopse:Relata a estória de um grupo de soldados enviado ao nordeste do Brasil para impedir que cidadãos pobres saqueiem armazéns por causa da fome.


Esse filme pode ser interpretado de inúmeras formas, ou então numa única frase: um retrato cru do horror da condição humana. De um lado homens fortemente armados, covardes e cheios de si; do outro homens pobres, famintos e sem armas, que só conseguem sobreviver graças a fé, sendo ela a única coisa que lhe resta. Ruy Guerra não se intimida em explicar nada, apenas mostra a realidade crua e desumana desse conflito. Cenas como a que a população enlouquecida sacrifica o boi sagrado devorando-o até às tripas, e a de um homem agonizando com o corpo cravejado de balas, são antológicas. Destaque para o brilhante trabalho do elenco juntamente com o dos figurantes retirantes, e para a preciosa trilha sonora composta pelo pernambucano Moacir Santos, um dos principais arranjadores, saxofonistas e compositores brasileiros.

Curiosidade: O filme foi vencedor na época na categoria de melhor direção no festival de Berlim.



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