Sinopse:A professora
de filosofia Nathalie (Isabelle Huppert) é casada e tem dois filhos. Mas sua
vida perfeita acaba do dia para a noite quando descobre que o marido está lhe
traindo e ela ainda perde o emprego. Agora, ela precisa superar todos os
problemas para começar uma nova vida.
Isabelle Huppert em mais
um grande desempenho no ano de 2016 após seu incrível papel em Elle, de Paul
Verhoeven. Aqui, ela atua sob a direção sensível de Mia Hansen-Love em O Que
Está por Vir. No filme, a sua personagem não sabe sobre o seu futuro, pois
quando começa a calmaria pode ser muito bem o prenuncio de uma tempestade. Ou
quando tudo parece um inferno, encontra-se a paz.
Dessa indefinição, e
nela, vivemos constatação que chega a ser uma acaciana. É o tema do filme. Um
tema eterno, ninguém há de negar, e sempre atual, por mais que a incerteza da
vida tenha sido tratada em filmes, livros e conversas de bar por geração após geração.
Embora aparente ser
uma história simples num primeiro momento, é também uma história de superação,
onde nada se parece como os temas de superação vistos em Hollywood, dos quais
tentam, mas na maioria das vezes terminam num lugar comum. Nathalie irá
enfrentar mesmo muitos obstáculos, mas, ao enfrentá-los, se comporta de uma
forma madura, ajudada também pelo fato de ser bem resolvida culturalmente, mas
que longe dos olhares dos outros, não esconde para si o quão frágil é como
pessoa.
A vida pode possuir espinhos para a maioria, pois como estudiosa da Filosofia, Nathalie sabe como ninguém que não é o que ela é por dentro, mas sim as suas ações e do seu próximo é o que dirá como são as pessoas perante os desafios. Claro que por ser humana ela não pode prever os problemas que começam a surgir no horizonte, mesmo com status de amadurecimento em sua vida. Os problemas surgem através das figuras do marido, Heinz (André Marcon), sua mãe depressiva Yvette (Edith Scob), os filhos, e um aluno tanto rebelde como sedutor, Fabien (Roman Kolinka).
A vida pode possuir espinhos para a maioria, pois como estudiosa da Filosofia, Nathalie sabe como ninguém que não é o que ela é por dentro, mas sim as suas ações e do seu próximo é o que dirá como são as pessoas perante os desafios. Claro que por ser humana ela não pode prever os problemas que começam a surgir no horizonte, mesmo com status de amadurecimento em sua vida. Os problemas surgem através das figuras do marido, Heinz (André Marcon), sua mãe depressiva Yvette (Edith Scob), os filhos, e um aluno tanto rebelde como sedutor, Fabien (Roman Kolinka).
Na verdade, não
interessa os problemas, mas sim como ela irá saber administrar as situações que
surgem para ela, mesmo quando ela se encontra em momentos tranquilos como numa
praia da qual ela se encontra para esquecer um pouco de sua realidade. Fora isso,
é preciso dar destaque ao trabalho de direção da cineasta Mia Hansen-Love, pois com a sua câmera de movimentos
refinados, a diretora enquadra uma Isabelle Huppert sempre com muita luz e revelando
cada detalhe dos seus sentimentos mostrados em sua expressão: a cena onde
mostra ela no interior de um ônibus, presenciando pelo vidro o marido acompanhado pela amante na
rua é digna de nota, pois ela oscila entre dramaticidade e humor ao mesmo
tempo.
Esse é um dos grandes
charmes do filme, do qual nos passa momentos dramáticos e de humor ao mesmo
tempo. Cineasta e atriz conseguem explorar esses universos diferentes e misturá-los
num único quadro, pois a vida, por vezes, acaba sendo tão absurda quanto à própria
ficção. É um filme realista, sendo um retrato de um dia a dia que parece não
haver saída e sentido algum em seguir em frente, mas quando se menos espera,
encontra um equilíbrio perante o precipício.
Isso claro acontece
quando a protagonista transita com as suas idéias e motivações ao lado de novos
tempos cheios de novos significados que, embora não façam mudar como pessoa,
pelo menos ela soube conviver com elas. Uma
mulher resolvida na vida, da qual não desvencilha do melhor que havia no seu
tempo, mas sim sendo tolerante ás mudanças que ocorrem na vida a todo o
momento. Um filme que faz somente aumentar o quão é primoroso cheio de
significados é o universo feminino.
Com um final em
aberto, O Que Está por Vir é um filme sobre libertação, mas ao mesmo tempo
sobre saber se redescobrir na vida e mantendo uma posição madura, consciente e
resolvida perante os novos tempos.
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