Sinopse:Uma análise
detalhada e minuciosa sobre os impactos exercidos pela internet na sociedade
contemporânea - que passa grande parte do seu tempo conectada no mundo virtual
por causa das necessidades e demandas da vida moderna - bem como uma exploração
aprofundada, filosófica e provocativa sobre os limites e as fronteiras da
internet.
Quando se fala de Werner
Herzog vem à mente um homem que desafia a natureza e seus próprios limites. No
decorrer das décadas, o cineasta não só criou tramas fictícias, ou
cinebiografias, como também investiu em inúmeros documentários e que cada um
deles desvendou um pouco do mundo do qual nós vivemos. Em seu mais novo documentário,
Eis os Delírios do Mundo Conectado fala novamente do mundo, mas não de alguma
parte vinda da terra, mas sim do universo da internet criado pelo próprio homem
e se tornando então parte do dia a dia.
A obra explora o início
da criação da ferramenta que, embora com uma apresentação rápida, acabamos
tendo uma idéia de quão evoluiu a internet ao longo dessas décadas. Se nos anos
sessenta era algo bem fictício vermos personagens como em Star Trek segurando
um aparelho para se comunicar, hoje é comuns celulares possuírem todos os meios
de comunicação num único aparelho, como uma espécie de chave de fenda suíça,
mas pensante e cheia de possibilidades. Contudo, ao mesmo tempo em que Herzog
explora as inúmeras possibilidades boas desse universo virtual, por outro lado,
tudo que é demais tem as suas consequências.
O cineasta acaba
visitando famílias que tiveram as suas vidas prejudicadas devido à internet,
desde á fotos comprometedoras, como também histórias das quais não possuem
fundamento nenhum e que foram postadas na rede. Há também a questão do vício,
principalmente com relação aqueles que frequentam em demasia várias horas
jogando vídeo game na frente do aparelho e causando sérios males para a saúde.
A situação, em algumas ocasiões, é tão agravante, que existem comunidades para
pessoas se recuperarem do vicio, ou até mesmo cidades que abrigam pessoas, cuja
sua saúde se torna delicada devido a sinais de celulares para se terem uma idéia.
Diante disso, Herzog colhe
depoimentos de especialistas no assunto, principalmente com relação ao futuro
da humanidade dependendo cada vez mais da internet. Alguns preveem um futuro do
qual até mesmo as maquinas farão o trabalho que antes somente humanos fariam,
sendo algo que até mesmo já está acontecendo. Será que chegará um tempo em que
essas previsões pessimistas irão se tornar algo banal ou algo para ser pesquisado
pelas gerações futuras cada vez mais conectadas a essa tecnologia?
Essas e outras questões
ficam no ar dentro do documentário, mas não desmerecendo o esforço de Herzog em
jogar uma luz num assunto do qual, querendo ou não, estamos todos envolvidos
todos os dias. O que acontecerá no futuro só Deus sabe ou até mesmo nas mãos de
uma inteligência artificial aguardando para dar o seu último passo para uma
nova evolução. O futuro é bem incógnito.
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