Nos dias 08 e 09 de outubro
eu estarei participando do curso Michael Haneke: O lado sombrio do nosso tempo,
criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista Bruno Maya. Enquanto os dias da atividade não
chegam, por aqui eu irei postar sobre os filmes que o cineasta já fez e
analisar um pouco sobre o porquê do seu cinema chocar, mas fascinar.
O Castelo (1997)
Sinopse: K. (Ulrich
Mühe) é um agrimensor que chega a um vilarejo a trabalho, e no meio dessa
aldeia coberta de neve, ele encontra um castelo no dia seguinte da sua chegada.
Ele descobre então que o castelo é bem misterioso e que apenas alguns
privilegiados têm acesso ao local. No entanto, ele não se satisfaz com isso e
decide que vai conhecer o lugar a todo custo, mas logo percebe que a tarefa não
será nada fácil.
Violência Gratuita (1997)
Sinopse: Uma família
de classe média alta vai passar as férias em sua casa à beira de um lago.
Chegando lá, um garoto gordinho e educado bate à porta para pedir um ovo. Logo
se junta a ele um rapaz magrelo e que aparenta ser ainda mais polido com as
palavras e gestos. Sem se preocupar, a esposa e mãe Anna (Susanne Lothar) deixa
os dois adolescentes entrarem na casa, acreditando que são amigos da família ao
lado. Uma vez lá dentro, eles começam a praticar violência gratuita com Anna, o
marido e também com o filho do casal.
Violência Gratuita
conta com uma trama forte, de carga pesada, feito exclusivamente para causar um
impacto sem precedentes no psicológico de seu espectador, utilizando a
violência, tal como seu título nacional sugere, para conferir um choque
emocional no público. Não é um filme para todos, isso porque, esta obra, mesmo
que contenha pouca violência gráfica, pretende através de seus artifícios
revoltar e imobilizar o espectador através de tudo aquilo que está sendo
apresentado. Brutal? Certamente. Entretanto, Violência Gratuita tenta a todo
instante provocar a inércia de reações de seu público, que em certos momentos
sua crítica social é diluída por esse instinto de transtornar-nos a todo e
qualquer custo.
Dez anos depois, o
cineasta lançaria uma versão americana da mesma história, mas isso fica para
uma próxima postagem.
Código Desconhecido
(2000)
Sinopse: A narrativa
é divida entre três grupos de pessoas: a atriz francesa Anne Laurent (Juliette
Binoche), o marido dela e sogros; uma romena, Maria (Luminita Gheorghiu), luta
para ter dinheiro para sua família voltar para casa; e Amadou (Ona Lu Yenke),
um professor para crianças surdas-mudas que está em conflito com seu clã
africano. O catalisador das histórias começa numa esquina, onde o cunhado de
Anne, Jean (Alexander Hamidi), insulta Maria, que implora ajuda. Amadou,
enraivecido, provoca uma briga com Jean, resultando em repercussões negativas
para os três grupos.
Código Desconhecido é um longa-metragem
que trata, além do preconceito racial a temática da discórdia e da violência do
nosso cotidiano, e o quanto podemos ser impotentes em determinadas situações.
Haneke causa impacto na forma ácida de abordar um determinado tema, que é uma
de suas características já conhecida em obras como os já citados O Sétimo
Continente, Violência Gratuita e A Professora e o Piano, do qual falarei mais semana que
vem.
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