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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: SETE HOMENS E UM DESTINO



Sinopse: O povoado de um vilarejo mexicano está em pavor desde que um bando liderado pelo temido Calvera chegou na região. Alguns moradores decidem buscar ajuda e contarão com o apoio de sete valentes pistoleiros, liderado por Sam Chisolm (Denzel Washington), que chegam para pôr fim a onda de terror.

Embora muito se reclame hoje em dia das refilmagens de um determinado clássico, é bom sempre lembrar que não é de hoje dos filmes possuírem a sua segunda ou terceira versão. Bem-Hur de 1959, por exemplo, já era a terceira versão do conto, sendo que hoje em dia é a versão mais lembrada, mesmo com a recente e dispensável nova versão vista há pouco tempo nos cinemas. Porém, percebo que as refilmagens atuais tentam pelo menos respeitar a fonte original através de uma releitura e essa nova versão do clássico Sete Homens e um Destino segue muito bem essa minha teoria. 
Dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento e O Protetor), a trama todos já conhecem: cidade é atacada e explorada por criminosos gananciosos. Numa forma para contornar esse problema, os habitantes recorrem ajuda a sete pistoleiros, sendo que cada um tem o seu motivo por se envolver nessa missão. Pistoleiros e habitantes tem então uma jornada de preparo antes do dia D com a chegada dos criminosos.
Até aqui, se percebe que a trama é basicamente a mesma, mas a releitura imposta aqui é tão forte, que dá a sensação de que estamos diante de uma história original. Os criminosos, por exemplo, são comandados pelo ganancioso Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard, ótimo) que deseja a todo custo àquelas terras, mesmo correndo o risco de ter que matar todos da cidade. Uma clara referencia que se faz a corrida pelo petróleo ou pela aceleração das novas imobiliárias pelo mundo que dão o sangue para adquirir novas terras nos dias de hoje.
Com o problema instaurado, cabe a única protagonista feminina da trama Emma Cullen (Haley Bennett) arregaçar as mangas e procurar ajuda. A partir daí, se tem apresentação de cada um dos sete pistoleiros que aceitam a missão e que, gradualmente, vamos conhecendo as suas motivações e personalidades distintas. Em momento algum sentimos que a apresentação de cada um seja uma copia do original, sendo elas, por vezes, genuínas se comparado as suas fontes.
Do elenco que forma os sete pistoleiros, se destaca logicamente Denzel Washington, que irá liderar essa trupe. Contudo, cabe cada um ser o responsável para dar o tom certo ao filme: Chris Pratt (Guardiões da Galáxia) representa os toques de humor, Ethan Hawke (Dia de Treinamento) e Vincent D'Onofrio (da série Demolidor) carregam os seus conflitos interiores, enquanto Byung-Hun Lee (G.I.Joe: Retaliação) e Martin Sensmeier, não só são a representação da diversidade raramente vista nesse tipo de filme, como também são protagonistas de boas cenas de ação. Infelizmente o mexicano, interpretado por Manuel Garcia-Rulfo é o único personagem dos sete que é menos explorado, mas dá conta  do recado.
Embora seja novo dentro desse gênero, Antoine Fuqua não se intimidou na sua criação e nem pelo fato de ser uma refilmagem de um clássico. No decorrer do filme, a sua direção caminha com elegância e não se apressando na apresentação das cenas de ação. Quando elas acontecem, Fuqua injeta um grau de verossimilhança e criando um verdadeiro baile de som e imagem, alinhado com uma bela fotografia, montagem e trilha sonora, que, aliás, remete ao clássico de 1960.
É claro que os fãs do original já conhecem de cor e salteado como essa trama irá terminar. No decorrer do filme o roteiro já nos dá até mesmo dicas sobre os inevitáveis destinos da maioria dos personagens. Porém, é impressionante que mesmo quando isso ocorre, a trama nos brinda com momentos que nos pega desprevenidos e fazendo com que a teoria da releitura dita no início desse texto se fortaleça ainda mais.
Mesmo que continue havendo protestos contra refilmagens, Sete Homens e um Destino veio para provar que nunca é demais revisitar velhos clássicos com uma nova vestimenta e que ao mesmo tempo consiga nos surpreender com uma releitura convidativa.


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