Sinopse:
Desta vez, Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e a tripulação da
Enterprise encontram-se no terceiro ano da missão de exploração do espaço
prevista para durar cinco anos. Eles recebem um pedido de socorro que acaba os
ligando ao maléfico vilão Krall (Idris Elba), um insurgente anti-Frota Estelar
interessado em um objeto de posse do líder da nave. A Enterprise é atacada, e
eles acabam em um planeta desconhecido, onde o grupo acaba sendo dividido em
duplas.
Vivemos num tempo em que cada vez mais abraçamos o passado e se deleitamos
com o melhor que ele tinha. Filmes, séries e até mesmo a música atual, resgatam
um pouco de elementos que fizeram de nossa infância e adolescência bem mais
colorida e criando a sensação deliciosa de nostalgia. Star Trek: Sem Fronteiras,
não só encerra essa nova trilogia iniciada por J.J Abrams com louvor, como
também é o filme mais divertido e delicioso para o fã assistir sem medo.
O filme retorna em algum ponto da história, onde vemos Kirk, Spock e os demais tripulantes em sua
missão de cinco anos para explorar novas civilizações, novos mundos e levando a
bandeira de paz e união para todas as raças alienígenas do universo. Após uma
pausa em um planeta da Federação, nossos heróis se veem num chamado de socorro.
Porém, mal sabem que desse chamado irão levá-los para uma missão que irá
desencadear inúmeras revelações do passado da própria Federação.
O grande charme desse mais novo filme da série cinematográfica, é que
o primeiro ato não tem pressa em colocar os protagonistas no meio da ação, mas
sim dando uma freada e mostrando como eles estão vivendo em seu no dia a dia
durante e após a missão de cinco anos no espaço. Para aqueles que assistiam
(como eu) a série clássica, o primeiro ato é puro deleite, pois ele faz referências
a todo o momento ao programa, mas jamais se esquecendo do público novato que
assiste atualmente e fazendo com que a história seja bem compreendida. Porém, o
melhor momento do início da trama fica por conta da bela homenagem que o filme
faz a Leonard Nimoy, criando assim o fim de um círculo e o início de um novo.
A missão em si em que os protagonistas participam nada mais é do que
uma trama que soa familiar, mas vista aos novos olhos da geração atual, ela
aparenta ser fresca e muito bem vinda. Para os fãs mais velhos será um deleite
fisgar inúmeras referencias tanto dos filmes dos anos 80 e 90, como também da
série clássica. Não há como não amar, por exemplo, assistirmos a relação de
amor e ódio entre McCoy (Karl Urban) e Spock (Zachary Quinto) e gerando os momentos
mais engraçados do longa.
De personagens novos, o destaque fica para Jaylah (Sofia Boutella, de Kingsman
- Serviço Secreto), uma bela alienígena guerreira órfã que vive num planeta
moribundo. As principais cenas de luta corpo a corpo são protagonizadas pela própria
e gerando bons momentos de ação. Ação,
aliás, é o carro chefe do final do segundo ato e dominando durante o terceiro e
ato final, mas tudo muito bem orquestrado pelo cineasta Justin Lin (saído da
franquia Velozes e Furiosos), onde as cenas de ação jamais soam confusas, mesmo
quando tinha todas as armadilhas possíveis para que isso fosse acontecer durante
o percurso.
Quem fica aquém do esperado é o próprio vilão Krall, interpretado por Idris
Elba (da franquia Thor), mas irreconhecível devido a uma pesada maquiagem. Não
que ele esteja mal em cena, mas acho que faltou uma explicação mais plausível para
as suas motivações em ter chegado aonde ele chegou e se tornar uma grande
ameaça. Porém, seu personagem melhora nos momentos finais do longa metragem,
principalmente quando surge uma fórmula mirabolante no roteiro e faz com que
sua origem se torne um dos momentos de grande surpresa na trama.
Divertido, nostálgico e cheio de charme, Star Trek: Sem Fronteiras
pode até ser um encerramento de uma trilogia, mas que ao mesmo tempo convida
novos fãs a conhecer o presente e o passado dessa longeva e indispensável franquia
pop.
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