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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Independence Day 2: O Ressurgimento



Sinopse: Depois da destruição que alienígenas fizeram 20 anos atrás, a população mundial sempre soube que um dia eles voltariam. O governo americano se prepara para um novo ataque usando a tecnologia alienígena recuperada no primeiro ataque. Mas isso não é o suficiente e as pessoas se unem para lutar mais uma vez pela liberdade e evitar a aniquilação.
Quando Independence Day foi lançado em 1996, o clima de patriotismo e invencibilidade dos americanos era fortíssimo, tanto que nem se importavam se o discurso deles fosse bem piegas. Após 11 de Setembro, o mundo mudou, se tornando mais global, ao ponto que aquele filme, além de muitos da década de 90, ficaram meio que datados, para não dizer ridículos. Vinte anos depois surge finalmente esse Independence Day 2: O Ressurgimento, do qual nada mais é do que uma releitura do original e se entregando ao lado bobo da narrativa daquele tempo.
Os sobreviventes de 1996 reconstruíram a terra e com ajuda da tecnologia alienígena que ficou abandonada. Porém, novamente os aliens retornam com força total, através de uma gigantesca nave que aterrissa e cobrindo boa parte da terra. Novamente, os seres humanos de várias nações  precisam unir forças para combater os invasores antes que seja tarde demais.
Basicamente é isso a trama, sem muitos rodeios e partindo para o principal, que é entreter o cinéfilo que for assistir. O problema é encarar uma trama tão boba, da qual não tem vergonha de assumir que ela é exatamente isso. No decorrer da trama, por exemplo, há inúmeros momentos em que ela tira sarro do próprio gênero, desde ao fato de sempre cidades conhecidas, ou monumentos conhecidos, serem sempre destruídos primeiro, ou então de sempre haver a preocupação em não deixar o cachorro para trás.
Durante os anos após o filme original, Roland Emmerich se especializou na criação de filmes catástrofes, desde O dia depois do Amanhã e 2012, mas com personagens que não nos importávamos muito se fossem viver ou morrer de tão dispensáveis que eram. Aqui, alguns personagens do filme original retornam (com exceção do personagem de Will Smith) e fazendo com que isso seja o único elo que faça com que nos importamos com eles. A surpresa fica por conta do retorno do cientista Brakish Okun (Brent Spiner) do qual aparentemente havia sido morto no filme original e se tornando o personagem mais engraçado da trama, com o direito até mesmo de ser revelado um lado pessoal da sua pessoa.
Mas se há o retorno dos veteranos, é claro que haveria o surgimento de uma nova geração de personagens, mas que infelizmente não são nada interessantes. Se há o herói bad boy (Liam Hemsworth), tem a mocinha (Maika Monroe), filha do ex-presidente (Bill Pullman, mais caricato do que nunca) e que faz parzinho com o primeiro, mas que não nos atrai essa relação nenhum pouquinho. O mesmo se pode dizer de Dylan Hiller (Jessie Usher), do qual só está ali unicamente porque Will Smith não topou retornar para o seu personagem, e ter transformado o jovem no filho dele, foi uma escolha acertada, porém desperdiçada.
Dessa salada toda sem carisma, o único que se salva é o próprio Jeff Goldblum, por assumir descaradamente o fato de estar participando de um filme tão bobo e, portanto as principais piadas da trama são protagonizadas por ele mesmo, com o direito de tirar sarro das situações absurdas que acontecem. Absurdo é talvez a palavra chave que domina o filme, pois nunca se viu uma nave tão gigantesca no cinema, ao ponto de cobrir vários países e quebrando qualquer lógica dessa situação. Mais me parece uma representação do ego do cineasta Roland Emmerich, ou então tenha decidido jogar tudo para o ar e fazer o que bem entender na tela.
Com um ato final cheio de ação e que se torna  a melhor coisa do filme, Independence Day 2: O Ressurgimento é um filme bobo e divertido, daquele que irá passar na tv numa tarde qualquer da vida e logo será esquecido, pois não podemos forçar os nossos cérebros e levar muito a sério isso. 



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