Sinopse: Depois da
destruição que alienígenas fizeram 20 anos atrás, a população mundial sempre
soube que um dia eles voltariam. O governo americano se prepara para um novo
ataque usando a tecnologia alienígena recuperada no primeiro ataque. Mas isso
não é o suficiente e as pessoas se unem para lutar mais uma vez pela liberdade
e evitar a aniquilação.
Quando
Independence
Day foi lançado em 1996, o clima de patriotismo e invencibilidade dos
americanos era fortíssimo, tanto que nem se importavam se o discurso deles
fosse bem piegas. Após 11 de Setembro, o mundo mudou, se tornando mais global,
ao ponto que aquele filme, além de muitos da década de 90, ficaram meio que datados,
para não dizer ridículos. Vinte anos depois surge finalmente esse Independence
Day 2: O Ressurgimento, do qual nada mais é do que uma releitura do original e
se entregando ao lado bobo da narrativa daquele tempo.
Os sobreviventes de
1996 reconstruíram a terra e com ajuda da tecnologia alienígena que ficou
abandonada. Porém, novamente os aliens retornam com força total, através de uma
gigantesca nave que aterrissa e cobrindo boa parte da terra. Novamente, os
seres humanos de várias nações precisam
unir forças para combater os invasores antes que seja tarde demais.
Basicamente é isso a
trama, sem muitos rodeios e partindo para o principal, que é entreter o
cinéfilo que for assistir. O problema é encarar uma trama tão boba, da qual não
tem vergonha de assumir que ela é exatamente isso. No decorrer da trama, por
exemplo, há inúmeros momentos em que ela tira sarro do próprio gênero, desde ao
fato de sempre cidades conhecidas, ou monumentos conhecidos, serem sempre destruídos
primeiro, ou então de sempre haver a preocupação em não deixar o cachorro para trás.
Durante os anos após o
filme original, Roland Emmerich se especializou na criação de filmes catástrofes,
desde O dia depois do Amanhã e 2012, mas com personagens que não nos importávamos
muito se fossem viver ou morrer de tão dispensáveis que eram. Aqui, alguns
personagens do filme original retornam (com exceção do personagem de Will Smith)
e fazendo com que isso seja o único elo que faça com que nos importamos com
eles. A surpresa fica por conta do retorno do cientista Brakish Okun (Brent
Spiner) do qual aparentemente havia sido morto no filme original e se tornando
o personagem mais engraçado da trama, com o direito até mesmo de ser revelado
um lado pessoal da sua pessoa.
Mas se há o retorno
dos veteranos, é claro que haveria o surgimento de uma nova geração de
personagens, mas que infelizmente não são nada interessantes. Se há o herói bad
boy (Liam Hemsworth), tem a mocinha (Maika Monroe), filha do ex-presidente (Bill
Pullman, mais caricato do que nunca) e que faz parzinho com o primeiro, mas que
não nos atrai essa relação nenhum pouquinho. O mesmo se pode dizer de Dylan
Hiller (Jessie Usher), do qual só está ali unicamente porque Will Smith não
topou retornar para o seu personagem, e ter transformado o jovem no filho dele,
foi uma escolha acertada, porém desperdiçada.
Dessa salada toda sem
carisma, o único que se salva é o próprio Jeff Goldblum, por assumir
descaradamente o fato de estar participando de um filme tão bobo e, portanto as
principais piadas da trama são protagonizadas por ele mesmo, com o direito de
tirar sarro das situações absurdas que acontecem. Absurdo é talvez a palavra
chave que domina o filme, pois nunca se viu uma nave tão gigantesca no cinema,
ao ponto de cobrir vários países e quebrando qualquer lógica dessa situação. Mais
me parece uma representação do ego do cineasta Roland Emmerich, ou então tenha
decidido jogar tudo para o ar e fazer o que bem entender na tela.
Com um ato final
cheio de ação e que se torna a melhor
coisa do filme, Independence Day 2: O Ressurgimento é um filme bobo e
divertido, daquele que irá passar na tv numa tarde qualquer da vida e logo será
esquecido, pois não podemos forçar os nossos cérebros e levar muito a sério
isso.
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