Aconteceu ontem na
Usina do Gasômetro a 3ª edição do Festival Dialogo do Cinema. Mais do que um bom
festival para apreciar filmes diversos e autorais, o evento serve para fortalecer mais uma
vez a sala, que até recentemente existia o risco de fechamento de suas atividades.
Em breve, a adorada sessão Plataforma, onde são exibidos filmes que acabam
não sendo exibidos no circuito tradicional, irá retornar em breve agora em
julho.
Confiram abaixo o que
eu achei dos primeiros filmes exibidos ontem:
Banco Imobiliário
Sinopse: Brian anda
pelo bairro onde cresceu, à procura de novas áreas para uma incorporação
imobiliária, enquanto Romeo desenha uma estratégia de marketing. Já Carla,
planeja os seus novos investimentos. O documentário se propõe a estudar o
fenômeno da especulação imobiliária na capital de São Paulo e descobrir os
efeitos e causa deste processo.
Dirigido por Miguel
Antunes Ramos, o documentário me fez lembrar um pouco filmes estrangeiros
recentes como Demon e Leviatã, onde o passado rico de história dá lugar ao
progresso acelerado, mas não escondendo uma ambição cega por trás disso. O
filme destrincha o que realmente acontece atrás das cortinas, onde vemos empresários
gananciosos fazendo de tudo para vender o seu peixe. O resultado disso é cada
vez maior o número de arranha céus rasgando os céus, em meio a bairros que
tentam manter as raízes do seu passado, mas cada vez mais engolidos pelos
gigantes de concreto.
Embora triste a situação, o filme propõe passar uma crítica, mas com algumas doses de humor a cavalar, já que não tem como não deixar de rir de determinadas situações, onde os vendedores e empresários criam propagandas e persuadindo de todas as formas para vender para pessoas que buscam por um imóvel. O ápice dessa situação é quando vemos um vendedor vender um “apartamento compacto” que, segundo ele, o modelo veio do Japão e que é o maior sucesso por lá.
Embora triste a situação, o filme propõe passar uma crítica, mas com algumas doses de humor a cavalar, já que não tem como não deixar de rir de determinadas situações, onde os vendedores e empresários criam propagandas e persuadindo de todas as formas para vender para pessoas que buscam por um imóvel. O ápice dessa situação é quando vemos um vendedor vender um “apartamento compacto” que, segundo ele, o modelo veio do Japão e que é o maior sucesso por lá.
Mesmo com esse humor,
o final da obra deixa um ar de pessimismo com relação ao futuro das artimanhas
do universo imobiliário, já que vender gato por lebre para as pessoas e enterrar
cada vez mais a história desses bairros por algo novo seria realmente algo
justo? Cada um que assiste irá tirar as suas próprias conclusões após a sessão!
O Castelo
Sinopse: Devidamente
fortificado, um castelo de luxo à beira do rio Pinheiros.
O curta possui uma abordagem
similar com relação ao longa Banco Imobiliário, mas somente explorando o
esqueleto por dentro desses arranha céus que se tem atualmente. Em poucos
minutos, testemunhamos não um mero prédio, mas sim um quase um castelo tecnológico
e a serviço dos poderosos. A câmera sobe e desse nos corredores e escadas e
dando uma dimensão muito clara de como são os reais donos daquele lugar.
Leia mais sobre o evento e
programação completa clicando aqui.
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