Sim, o gênero de horror
existe no Brasil e ele será tema do próximo curso de cinema, criado pelo Cine
Um e ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a
tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. O curso ocorre
nos dias 29 e 30 de Agosto no Cine Capitólio.
Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os
filmes de horror que eu tive o privilegio de assistir, seja em DVD ou no
cinema.
NINA(2004)
Sinopse: Nina (Guta
Stresser) é uma jovem de sensibilidade agudíssima e mente fragilizada, que
procura meios de sobrevivência numa metrópole desumana. A proprietária do apartamento
onde mora, Dona Eulália (Myriam Muniz), uma velha mesquinha e exploradora,
parece ter prazer em esmagar a vontade da sua inquilina exaurida. Em meio aos
desenhos que faz em toda a parte e vivendo a agitada cena eletrônica de São
Paulo, Nina mergulha nos fantasmas de seu inconsciente até acabar envolvida em
um crime.
Filme de estreia do diretor Heitor Dhalia, que
logo em seguida faria outra obra prima, Cheiro do Ralo. Aqui, ele readapta a
clássica história de Crime e Castigo, para a cidade Paulistana e não faz feio.
O filme é um verdadeiro delírio visual gótico, em meio aos personagens perdidos
em suas vidas, liderados pela personagem Nina (Guta Stresser, ótima) que sofre
todos os tipos de maus tratos psicológicos nas mãos de Dona Eulália (Myriam Muniz,
espetacular).
O cinéfilo mais atento irá lembrar rapidamente de outros filmes como Repulsa dos Sexos e O Inquilino (ambos de Roman Polanski), mas o filme fala por si. Além de acrescentar momentos fortes em que são retratados de forma original, em animação manga. Destaque para as participações especiais de Selton Mello, Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele, Renata Sorrah e Vagner Moura.
O cinéfilo mais atento irá lembrar rapidamente de outros filmes como Repulsa dos Sexos e O Inquilino (ambos de Roman Polanski), mas o filme fala por si. Além de acrescentar momentos fortes em que são retratados de forma original, em animação manga. Destaque para as participações especiais de Selton Mello, Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele, Renata Sorrah e Vagner Moura.
Curiosidades: Todo o
material usado na construção dos cenários foi adquirido em demolições. Com isso
obteve-se a sensação de gastura, de passagem do tempo, de um clima decadente
próprio da velha usurária Eulália. O escritor e autor de quadrinhos Lourenço
Mutarelli é o responsável pelos desenhos feitos por Nina no filme.
Um Lobisomem na Amazônia (2005)
Sinopse: Cinco jovens
resolvem fazer uma expedição à procura do “chazinho esperto” no Santo Daime na
Amazônia. Seu guia nessa aventura será Jean Pierre. Um dos jovens, Natascha,
sempre tem um pesadelo que um lobisomem a persegue na floresta. Ao mesmo tempo
o local para onde eles estão indo, tem sido o palco de crimes horríveis, em que
os corpos das vítimas são dilacerados por algum tipo de animal. O delegado
Barretão e o Dr. Corman, especialista em fauna, são enviados pelo prefeito para
descobrirem o que está assassinando as pessoas. Para completar essa loucura, o
enlouquecido Dr. Moreau, dado como morto, tinha conseguido escapar da ilha em
que realizava suas abomináveis experiências e atualmente reside na Amazônia.
Imaginem fazer um
filme de terror com um lobisomem, guerreiras amazonas, um deus inca e o célebre
personagem Dr. Moreau, tudo isso com a Amazônia como cenário. Bem, com essa
mistura toda, só poderia ser uma produção trash. E tendo o famigerado diretor
Ivan Cardoso no comando, terrir é a melhor definição para essa pérola do cinema
nacional. O filme é tão horrível que provoca risos nos que curtem o jargão
“quanto pior, melhor”. Um Lobisomem na Amazônia (2005) é o retorno de Ivan na
direção de longas. Seu último trabalho no formato foi “O Escorpião Escarlate”
de 1986. A trama de seu novo projeto é ainda mais absurda do que seus outros
filmes.
Imagens da Amazônia só aéreas. É evidente que os atores filmaram nas florestas cariocas. As interpretações são um desastre. Mas num filme de Ivan Cardoso isso importa? Lógico que não. A intenção é esculhambar com tudo, através de diálogos humorísticos e recheados de palavrão. Tem momentos memoráveis como “ainda pego esse lobisomem filho da pu...” ou “espada atrás de mim eu não gosto”. São tão rápidos que é necessário atenção. Para viver Moreau, Ivan conseguiu a participação do fantástico Paul Naschy. Ator internacional e ícone de filmes de terror europeus. Ele embarca na onda e nota-se que ele está se divertindo também. E esse é o espírito também do resto do elenco, que conta com uma porção de globais.
Imagens da Amazônia só aéreas. É evidente que os atores filmaram nas florestas cariocas. As interpretações são um desastre. Mas num filme de Ivan Cardoso isso importa? Lógico que não. A intenção é esculhambar com tudo, através de diálogos humorísticos e recheados de palavrão. Tem momentos memoráveis como “ainda pego esse lobisomem filho da pu...” ou “espada atrás de mim eu não gosto”. São tão rápidos que é necessário atenção. Para viver Moreau, Ivan conseguiu a participação do fantástico Paul Naschy. Ator internacional e ícone de filmes de terror europeus. Ele embarca na onda e nota-se que ele está se divertindo também. E esse é o espírito também do resto do elenco, que conta com uma porção de globais.
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