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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Gemma Bovery - A Vida Imita a Arte



Sinopse: O longa nos mostra que o casal Charlie e Gemma Bovery morava na Inglaterra e acabaram de se mudar para um vilarejo da França. Ela fica encantada com a gastronomia do país e quer explorar o lugar ao máximo. Os dois conhecem um padeiro da região, que, por sua vez, fica fascinado com o fato deles terem o sobrenome Bovery, o mesmo do casal do clássico livro Madame Bovary e também pelo fato de se mudarem justamente para o lugar onde o livro foi escrito por Gustave Flaubert. E assim como na obra, Gemma desperta a atenção dos homens do vilarejo.
 
A diretora e roteirista Anne Fontaine (O Preço da Traição) se tornou conhecida pelos cinéfilos ao criar longas com as tão conhecidas damas fatais, aonde esbaldam na tela os seus olhares e físicos sedutores para os demais personagens da trama. No seu mais novo longa, ao criar uma trama inspirado num livro de  Posy Simmonds, a cineasta acabou formando um palco para um humor tão simples e simbólico, resultando num filme gostoso de se assistir. Nunca abusando dos cortes bruscos, com exceção da penúltima cena que é demasiadamente mostrada em inúmeros ângulos, à diretora nos leva ao já conhecido cinema tradicional da perspectiva, aonde a imaginação fértil dos protagonistas se explode como um todo, o que faz com que a trama vai muito mais além do que o esperado.
Sobre o desempenho de Gemma Arterton (João e Maria: Caçadores de Bruxas) eu somente tenho que esbanjar elogios, pois tanto a beleza da atriz quanto a sua forma de atuar que, nos hipnotiza, sem forçar em nenhum momento, não sendo obrigada a ser uma vizinha qualquer, mas administrando no lado sutil sedutor, do qual se enquadra justamente na personagem com o mesmo nome do qual indiretamente acabou adotando. Fabrice Luchini (Dentro da Casa) atuou quase como uma espécie de narrador para nós, com o seu personagem Martin, mas de uma maneira engraçada, leve, gostosa de assistir, ouvir os seus pensamentos e nos brindando com momentos cômicos quando tenta falar inglês com um sotaque carregado. Claro que há outros personagens secundários na trama, mas sinceramente eles são ofuscados quando a dupla central se encontra em cena.
Porém é preciso destacar três personagens que, querendo ou não, foram responsáveis pelos eventos do ato final da trama. Embora sejam diferentes um do outro, eles se encaixam na trama da qual envolve Gemma Bovery, por possuírem um estilo de interpretação bem definidos. Portanto dou os parabéns para Jason Flemyng por seu Charlie, Mel Raido por seu Patrick e Niels Schneider pelo seu Hervé. 
O lado técnico do filme é outro do seu ponto forte, pois o cenário, cuja trama se passa na Normandia, faz com que a gente deseja congelar a imagem para admirar cada cena filmada. Os momentos coloridos em cena são uma representação de algo novo surgindo, uma vez que quando tudo se torna numa cor tom pastel, é sinal de que as coisas vão mudando e as mudanças talvez não sejam tão boas assim. O ato final nos brinda com uma fotografia fria e representando a tragédia grega que envolve os personagens principais. 
Enfim, um filme que irá agrada tanto gregos como troiano, mesmo quando uma cena, que se torna peça chave para o filme como um todo, soa um tanto que forçada, devido às diversas vezes que assistimos o ato em ângulos diferentes e tentando nos explicar desnecessariamente o que realmente aconteceu ali. É acima de tudo uma comédia leve, deliciosa e que mostra até que ponto as pessoas se entregam a uma realidade fictícia, ou um caso amoroso sem futuro, para elas se sentirem pelo menos em alguns momentos da vida realmente vivos.




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