Nos dias 30 e 31 de Maio eu estarei participando do curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo Cine Um e ministrada pela Doutora, jornalista e professora Miriam de Souza Rossini. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, estarei postando por aqui os filmes rodados em nossa terra (de ontem e de hoje) e que eu tive o privilegio de assistir.
A Última Estrada da
Praia
Sinopse: Esta adaptação livre de "O Louco
de Cati", de Dyonelio Machado, traz a história de três grandes amigos, e
também amantes: Leo, Norberto e Paula. Em uma viagem pelo litoral gaúcho, eles
encontram um homem estranho, que não fala, e acaba, seguindo viagem com ele.
Juntos, os quatro fazem novas descobertas.
Esse foi primeiro longa
do diretor Gaucho Fabiano Souza. Depois da passagem em curtas como Um
Estrangeiro em Porto Alegre (1999) e Cinco Naipes (2004), aqui ele demonstra
total controle em um longa metragem, com uma trama simples, mas que tem muito a
dizer. Embora tendo como um dos protagonistas que surge mudo e sai calado, ele
se torna o melhor personagem de toda a trama, interpretado com excelência pelo
ator Rafael Sieg.
Esse surge do nada e, sem querer, se une ao
trio de amigos “coloridos” (Marcos Contreras, Miriã Possani e Marcelo Adams) e
partem para uma viagem, bem ao estilo "road movie" e, durante o
percurso, curtem ao máximo os lugares que passam, embalado com muita azaração,
sexo e bebida.
O passado do quarteto
pouco é explorado, principalmente do personagem de Rafael Seg, mesmo tendo
afinidade com o personagem de Contreras. Tudo que sabemos é que tem medo de
ambulância, e seja o que for algo de muito ruim deve ter acontecido, mas as
perguntas jamais são respondidas, mas é ai que o filme ganha pontos, pois faz o
cinéfilo tirar suas próprias conclusões.
O melhor fica no
terceiro ato do final da trama, onde o foco fica em torno somente de Sieg e
Contreras e como cenário somente a praia. É nesse ponto da trama é que fica a
sensação de que chegaram ao nada e tudo que resta é somente os dois juntos,
para preencherem o vazio que ambos sentem perante a solidão que existe no lugar.
Isso pode ser interpretado em muitos sentidos, como o fim do mundo ou o começo
de uma nova vida para ambos, mesmo que isso leve a dupla para caminhos
diferentes.
Com o resultado tão
positivo, Sousa acabou na época sendo convidado para dirigir novos projetos e colocando
essa mesma vitalidade e o desejo de criar algo no mínimo original, assim como foi
neste longa.
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