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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Cine Dicas: As últimas notícias do cinema alternativo na capital gaúcha

OBRA-PRIMA DA NOUVELLE VAGUE JAPONESA NO PROJETO RAROS
Nesta sexta-feira, 08 de maio, às 20h, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove uma edição especial do Projeto Raros com o filme Desejo Profano (1964, 150 minutos), de Shohei Imamura. Com projeção em 16mm e entrada franca, a sessão é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, da Fundação Japão e do Escritório Consular do Japão em Porto Alegre

SINOPSE: Na ausência do marido, uma dona de casa entediada é violentada. No dia seguinte, não consegue contar ao marido e ainda sente uma estranha ânsia pelo retorno do agressor.

Desejo Profano é um dos filmes chave da chamada Nouvelle Vague Japonesa, momento de ruptura do cinema nipônico que teve em Shohei Imamura um dos principais nomes. Contratado da grande produtora Nikkatsu, Imamura já buscava a independência na década de 1950, realizando filmes com uma pegada documental, em locações distantes dos tradicionais estúdios. Nos anos 1960, radicalizou sua estética e criou obras-primas calcadas no plano-sequência e em enquadramentos primorosos. Dedicou parte da sua obra aos dramas das mulheres japonesas, amarradas às condições impostas pela sociedade patriarcal. Poucos realizadores filmaram a insatisfação e a revolta feminina com tanto vigor como fez Imamura em obras como A Mulher Inseto (1963) e Desejo Profano (1964). Por lidar frontalmente com a libertação da mulher, o diretor é considerado o principal sucessor de Kenji Mizoguchi dentro da Nouvelle Vague Japonesa. Shohei Imamura foi um dos poucos diretores a conquistar a Palma de Ouro em Cannes duas vezes, pelos filmes A Balada de Narayama (1983) e A Enguia (1997).

PROJETO RAROS
08/05/2015
 DESEJO PROFANO
Dirigido por Shohei Imamura
(Akai Satsui, Japão, 1964, 150 minutos)
Elenco: Masumi Harukawa, Ko Nishimura, Shigeru Tsuyuguchi, Yûko Kusunoki e Ranko Akagi
Projeção em 16mm
Entrada franca

 Estreia de O Desejo da Minha Alma ADIADA

A estreia do filme O Desejo da Minha Alma foi adiada pela distribuidora para o dia 14 de maio.Com isso, o filme Noites Brancas do Píer, de Paul Vecchiali, fica em cartaz na sessão das 17h até o dia 10 de maio, domingo. 
  
SESSÃO ESPECIAL COMEMORA
OS 30 ANOS DA APTC NA CINEMATECA CAPITÓLIO
Na próxima sexta-feira, dia 8 de maio, às 20h, a Cinemateca Capitólio promove uma sessão especial em comemoração aos 30 anos de fundação da APTC, a Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul, com a exibição de quatro curtas-metragens gaúchos e um debate sobre a preservação audiovisual. Na ocasião, serão exibidos os filmes O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, de Jorge Furtado e José Pedro Goulart, O Arraial, de Otto Guerra e Adalgisa Luz, Outros, de Gustavo Spolidoro, e Quarto de Espera, de Davi Pretto e Bruno Carboni. O debate após a exibição dos filmes irá contar com a participação de Fernanda Coelho, Glênio Póvoas, Luciana Tomasi e Marcus Mello, com mediação de Giba Assis Brasil. O evento é aberto ao público, com entrada franca.
O projeto de restauração da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
  
A APTC

Desde 1985, a APTC tornou-se a porta-voz dos cineastas gaúchos junto aos governos municipal, estadual e federal, ao poder legislativo e às associações empresariais, além de auxiliar o SATED e o Ministério do Trabalho na concessão de Registro Profissional de artistas e técnicos na área de cinema. A entidade sempre lutou pela adoção de critérios transparentes no emprego de verbas e equipamentos públicos. Através do trabalho da entidade junto aos órgãos de governo, foram realizados vários concursos públicos para seleção de projetos, que resultaram na produção de inúmeros filmes gaúchos.
OS FILMES
 
 
         Os filmes escolhidos para a sessão comemorativa dos 30 anos da APTC ilustram momentos marcantes da produção local ao longo das últimas décadas, da explosão criativa dos curtas em meados dos anos 80 (representada pelo internacionalmente premiado O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, que revelou os cineastas Jorge Furtado e José Pedro Goulart) à consolidação do cinema de animação no RS (com O Arraial, de Otto Guerra e Adalgisa Luz), passando pela geração surgida nos anos 90 (com Outros, uma das tantas bem sucedidas experiências formais de Gustavo Spolidoro com o plano-sequência), até chegar à nova leva de profissionais formados nos cursos de cinema criados no RS a partir dos anos 2000 (com Quarto de Espera, de Bruno Carboni e Davi Pretto). A sessão é uma oportunidade rara de assistir a estes filmes projetados em 35mm, formato no qual não são exibidos há muito tempo.


O Dia em que Dorival Encarou a Guarda (1986, 14 minutos)
Direção: Jorge Furtado e José Pedro Goulart
Todo homem tem seu limite, e Dorival resolve enfrentar a tudo e a todos para conseguir o que quer. A história da luta desigual de um homem contra um sistema sem lógica e sem humanidade.

O Arraial (1997, 13 minutos)
Direção: Otto Guerra e Adalgisa Luz
O filme aborda a Guerra de Canudos no final do século XIX, quando soldados e generais se unem para destruir a cidade fundada por Antônio Conselheiro.

Outros (2000, 14 minutos)
Direção: Gustavo Spolidoro
Numa das mais tradicionais avenidas da capital gaúcha, pessoas se encontram, discutindo as suas e as nossas vidas.


Quarto de Espera (2009, 12 minutos)
Direção: Bruno Carboni e Davi Pretto
Um jovem usando uma máscara de gás transita em uma cidade vazia e cinzenta.
 
OS DEBATEDORES

Fernanda Coelho
Bacharel em Comunicação Social, com especialização em Cinema, Rádio e TV pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Museóloga formada pelo Instituto de Museologia da escola de Pós-Graduação da Fundação Escola de comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (EC/USP), com dissertação desenvolvida na área da conservação audiovisual. Trabalha em arquivos audiovisuais desde 1979, principalmente na Cinemateca Brasileira, onde ocupou o cargo de Coordenadora de Preservação no período de 2000 a 2008 e em 2014. Como funcionária da Cinemateca Brasileira ou particularmente, ofereceu consultoria e treinamento de equipe técnica para acervos audiovisuais de todo Brasil. Desde 2005 ministra o módulo "Gestão de Arquivos Audiovisuais", como professora convidada, na Pós-gradação da FESP-SP.


Glênio Póvoas
Mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP) e Doutor em Comunicação Social (PUC-RS) com a tese Histórias do Cinema Gaúcho. Professor da PUC-RS, nos cursos de Comunicação e Produção Audiovisual. Publicou os livros Cinema RS - Produção Audiovisual 1998-2000 (IECINE, 2000), Vento Norte - História e Análise do Filme de Salomão Scliar (Unidade Editorial, 2002), Cinema RS - Produção Audiovisual 2004-2010 (Fundacine, 2005). Em parceria com Jorge Furtado foi co-roteirista de Memorial de Maria Moura (1994), Benjamim (2003) e Oscar Boz (2003). Foi programador do Cine Santander Cultural (2003-2012). Trabalhou para a RBS TV na catalogação do Arquivo Leopoldis-Som (2008-2010). Desde 2002 integrante dos grupos de trabalho da criação e desenvolvimento da Cinemateca Capitólio.


Luciana Tomasi
Formada em Jornalismo pela UFRGS (1980). Foi sócia da Casa de Cinema de Porto Alegre (1987-2011) e desde 2011 dirige a Prana Filmes. Produziu nove longas-metragens, entre eles Inverno (1983), Tolerância (2000), O Homem que Copiava (2003), Antes que o Mundo Acabe (2008) e Menos que Nada (2011). Produziu mais de 20 curtas, como Passageiros (1986), Memória (1990), Deus Ex-Machina (1995), Três Minutos (1999) e Os Caminhos de Scliar (2014). Produziu ainda vários programas de televisão para a Rede Globo, como Incidente em Antares (1994), Luna Caliente (1998) e Brava Gente (1999). Publicou os livros Um Spa na Índia (Libretos, 2007) e (Artes e Ofícios, 2011). É diretora do Cine Santander Cultural desde 2011.


Marcus Mello
Formado em Letras, é Mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS e especialista em gestão cultural pela Universidade de Girona, na Espanha, em curso realizado em parceria com o Itaú Cultural de São Paulo. Crítico de cinema, é um dos editores da revista Teorema, fundada em agosto de 2002, uma das publicações de cinema mais respeitadas do país. Funcionário da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, na qual ingressou através de concurso público para o cargo de Técnico em Cultura, em outubro de 1996. Atualmente ocupa o cargo de Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC. Membro da ABRACCINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Tem ensaios publicados nos livros Cinema dos Anos 90 (Editora Argos, 2005), Cinema Mundial Contemporâneo (Papirus Editora, 2008), Os Filmes que Sonhamos (Lume Filmes, 2011) e Irmãos Coen: Duas Mentes Brilhantes (Caixa Cultural, 2012), entre outros.

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

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