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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: O DUPLO

Sinopse: Tímido, solitário, rejeitado pela mãe e desprezado pela amada, Hannah (Mia Wasikowska), Simon (Jesse Eisenberg) tem um choque ao conhecer seu novo colega de trabalho, de nome James. Fisicamente idênticos, os dois são opostos em termos de personalidade.

Hoje atualmente existe uma corrida sem precedentes para se conseguir um lugar ao sol, ou mais precisamente no lugar aonde você trabalha para ser bem reconhecido. O problema é que, tudo se torna corriqueiro, banal, ao ponto de tudo ficar no piloto automático e chegando ao fato que, é preciso ter um grande talento para que outros percebam que você existe, pois eles também vivem numa vida alienada e sem perspectiva. O Duplo é basicamente isso: uma luta para se fazer com que as pessoas prestem atenção em você, mas se você não se esforça, então você se torna insignificante, mesmo quando você não mereça tal fardo. 
Ao vermos Simon (Jesse Eisenberg de A Rede Social) em seu dia a dia no trabalho, percebemos que, por mais que ele se esforce, as pessoas o desprezam, ao ponto daquele ambiente (meio retro futuristico) se torne um verdadeiro pesadelo e ao ponto de querer acordar. A situação não é muito diferente na sua vida familiar, pois a mãe dele vive num asilo e, mesmo ele visitando ela com frequência, ela pouco valoriza isso. O único consolo do protagnista é em suas investidas em sua colega e vizinha (Mia Wasikowska de Alice no País das Maravilhas), mas por ela mesma viver as vezes no piloto automático, não percebe as qualidades dele.
Tudo muda (e piora) quando entra em cena James (também Jesse Eisenberg) que, é idêntico ao protagonista, mas diferente dele, possui uma grande auto-estima, mulherengo e muito bem reconhecido no trabalho. É tudo o que Simon deveria ser, mas não é, o fazendo então enfrentar uma realidade cada vez mais dura, aonde vive sofrendo a sombra do outro. Mas no decorrer do filme se levanta uma pergunta que não quer calar: são duas pessoas diferentes ou é a mesma pessoa o tempo todo?
Essa pergunta, e outras que surgem no decorrer da projeção, são difíceis de serem respondidas, poís o cineasta Richard Ayoade (A Vida e Morte de Peter Sellers) está mais preocupado em tornar a vida do protagonista numa verdadeira via Crúcis, embalado com um humor negro assustador vindo dos personagens secundários. Além disso, sua montagem rápida das cenas tornam o filme dinâmico, mas ao mesmo tempo um tanto que apressado demais, ao ponto que, quando chega aos minutos finais da obra, se levanta inúmeras perguntas e que dificilmente serão respondidas. A sensação que fica é que, o diretor queria passar um filme com inúmeros quebra cabeças, mas na pressa se criou um resultado final, que talvez muitos não irão compreender.
Com momentos que lembram O Inquilino (de  Polanski), Cisne Negro,O Clube Da Luta e o recente O Homem Duplicado, O Duplo é um filme inquietante, pertuba e, para o bem ou para mau, não deseja você ficar em nenhum momento pouco confortavel durante a sessão. 


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