Após 30 anos, George Miller
retorna ao universo que ele criou em Mad Max: Estrada da Fúria. As criticas
especializadas já adiantam que o filme é um dos melhores em termos de ação do
ano e talvez dos últimos anos. Mas o filme é inadequado para menores de 18 anos, dizem que é cru, violento e não poupará os olhos e a mente do espectador. Será que essa
geração nova, acostumada em efeitos visuais e pouco sangue nos filmes de ação e aventura, estará preparada para
encarar o inferno no deserto de Mad Max?
Somente nesse final de semana isso será respondido. Porém, enquanto a resposta do público nas bilheterias não vêm, relembramos a trilogia clássica que dá de 10 a 0 contra qualquer filme de Velozes e Furiosos que se preze.
Somente nesse final de semana isso será respondido. Porém, enquanto a resposta do público nas bilheterias não vêm, relembramos a trilogia clássica que dá de 10 a 0 contra qualquer filme de Velozes e Furiosos que se preze.
Mad Max (1979)
Sinopse: Num futuro
próximo, o combustível que alimenta os motores dos carros é também motivo para
crimes perpretados por violentas gangues. Max é um jovem policial e junto com
seus companheiros patrulha as estradas a fim de impedir a ação daqueles que
insistem em perturbar a paz. A morte de um membro pelas mãos de Max dá início a
uma série de crimes cruéis cometidos contra sua família e o melhor amigo.
Assim, Max só tem uma escolha: vingança.
A história se passa
em um futuro punk pós-apocalíptico que vai pouco a pouco se instalando ao longo
da trilogia. É interessante ver (e acredito ser essa a grande sacada de George
Miller) como a civilização vai gradualmente retornando àquele estado selvagem e
primitivo para depois começar a se reconstruir. No primeiro filme somos
apresentados à Max e o mundo ainda não está totalmente destruído, embora ele se
resuma a uma estrada. Max é uma espécie de força da lei, um policial. A
diferença, contudo, entre policiais e bandidos nesse filme é muito tênue e
começa logo pela vestimenta: ambos se vestem muito parecidos. No papel que lhe consagrou, Mel Gibson
interpreta um cara razoavelmente normal, cuja família é assassinada friamente
por uma gangue de motoqueiros. E como toda boa história de vingança, ele vai
atrás dos caras. Ainda há vestígios da civilização como a conhecemos hoje, mas
o Estado é quase invisível. Esse primeiro filme foi feito com apenas 400.000
dólares e arrecadou 100 milhões de bilheteria pelo mundo, tornando-se até 1998
o filme mais rentável da história.
Mad Max 2 - A Caçada
Continua
Sinopse: No futuro o
bem mais precioso é a gasolina, em virtude de uma guerra que acabou com os
campos petrolíferos do Oriente Médio. Tendo combustível pode-se fugir da morte
ou se dirigir a algum lugar para matar alguém. Neste contexto, Max (Mel Gibson)
resolve ajudar uma comunidade a defender sua refinaria contra uma gangue de
motoqueiros.
O segundo é o que tem
a história mais interessante de todos. Aqui o Apocalipse já se instalou quase
que completamente. Ainda há resquícios de estradas e concreto, mas a maior
parte do filme é areia e desolação. O resto do mundo é meramente conhecido como
wasteland (terra devastada). O bem mais importante aqui é a gasolina. Pessoas
matam e fazem atrocidades para consegui-la.
O Estado aqui já
desapareceu completamente. Não há mais Estado não há mais leis. Não há mocinhos
e bandidos, há apenas e tão somente sobreviventes, que farão de tudo para
continuar sobrevivendo. Max está no meio disso. Um homem sem vida, sem destino,
sem ambições, apenas sobrevivendo, ou como ele mesmo diz: “escapando da morte”.
Atenção para a sequência final, onde o grupo
de Max foge na estrada com o tanque de gasolina e a gangue corre atrás deles.
Embora já tenham sido feitos 7 filmes de Velozes e Furiosos, nenhum deles
supera a adrenalina, fúria e emoção dessa sequência que, para mim, esta entre
as melhores cenas de ação de todos os tempos. Um detalhe: só eu quem achou uma das
personagens desse filme (a “enfermeira” loira) igual à Xuxa?
Mad Max Além da Cúpula do Trovão
Sinopse: Após a destruição
da civilização surge Bartertown, uma cidade no deserto com regras primitivas e
mortais que tem uma governante (Tina Turner) que deseja consolidar seu poder a
qualquer preço. Até que lá chega Max (Mel Gibson), que é forçado a participar
de uma luta e, por ter se recusado a matar seu oponente, acaba sendo banido no
deserto. Até que um grupo de jovens selvagens o salvam e passam a considerá-lo
um messias que os levará até uma nova terra.
Mad Max 3, wasteland virou Wasteland. O mundo resume-se a um amontoado de
areia. A Terra, como a conhecemos, tornou-se literalmente uma lenda. É
considerado o pior dos três filmes, mas eu discordo. Ele está no mesmo nível do
segundo. Em meio às suas escapadas da morte, Max, com um estilo totalmente
Highlander, encontra uma nova tentativa de civilização: Bargertown
(Cidade-feira). E aqui nós somos apresentados a um dos personagens mais
bizarros da história do Cinema: Master-Blaster, o “anão-gigante” que domina o
submundo de Bargertown. Gasolina já não existe mais. O combustível do momento
agora é metano, extraído do excremento de porcos, muito mais civilizados que os
próprios humanos do filme. Aqui a humanidade tenta reconstruir o Estado.
Bargertown é uma tentativa disso: uma pequena civilização com suas próprias
leis. Se você tem algum problema com alguém,
desafie essa pessoa a ir para o Thunderdome (Cúpula do Trovão). Lá dois
homens entram, apenas um sai (“two men enter, one man leaves”). Por sinal, a luta
entre Max e Blaster no Thunderdome é um dos melhores momentos da série.
Curiosamente, além de ter atuado como uma das protagonistas da trama, Tina Turner cantou a música tema do longa (We Don´t Need Another Hero) que, não somente fez sucesso na época, como também é sempre lembrada dentro da trilogia como um todo.
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