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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 18

O COMEÇO DO FIM

Muitos consideram o cinema americano dos anos 70 (ou nova Hollywood se preferirem), como o melhor período do cinema americano de todos os tempos. Isso graças a uma nova leva de jovens cineastas que surgiram, e que decidirão injetar uma nova forma de se fazer cinema, onde na maioria dos seus filmes, apresentavam uma realidade mais crua e bem diferente que o cinema convencional apresentava durante os anos 60. Mas nem tudo foram flores, porque ao mesmo tempo em que surgiam filmes originais e desafiadores, já se fazia um bom tempo que não havia um filme que arrastasse milhões de pessoas de todas as idades, sendo que isso acontecia normalmente, com filmes de ação e aventura que atraia um grande publico.
Coube então, uma dupla de jovens diretores cheios de imaginação (mais um jovem Richard Donner vindo do sucesso A Profecia), para esse quadro mudar para sempre. Com seus filmes, se criou o termo “blockbuster”, mais precisamente os arrasa quarteirões, que fizeram multidões lotarem os cinemas e que isso se sente até hoje. Alguns (para não dizer muitos) críticos acusam esses jovens diretores de ter matado um cinema intelectual, para dar lugar a  um cinema de entretenimento de altos e baixos, mas que a meu ver, para o bem ou para o mal, foi uma forma do cinema continuar vivo até hoje para o publico em geral que busca se entreter durante duas horas numa sala escura de cinema.
Segue abaixo, os três filmes essenciais que mudaram esse quadro do cinema norte americano naquele período.      
     
TUBARÃO

Sinopse: Um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se alimentar dos turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local (Roy Scheider) pede ajuda a um ictiologista (Richard Dreyfuss) e a um pescador veterano (Robert Shaw) para caçar o animal. Mas a missão vai ser mais complicada do que eles imaginavam.

Depois desse filme, o cinema jamais foi o mesmo. Primeiro grande sucesso de Spielberg no cinema, que inaugurou o termo “blockbuster” e primeiro filme da historia a chegar à cifra de R$ 100 milhões somente nos EUA. Teve três seqüências e inúmeras imitações, mas nenhuma claro capaz de repetir o êxito do original. Baseado em romance de Peter Benchley, é uma aula de suspense moderno, com ótima trilha sonora de John Willians (que o próprio Spielberg satirizou em 1941). É bem da verdade, que muito do sucesso do filme, se deve a trilha sonora composta pelo mestre, já que além de criar um clima de suspense, se torna também um sinal de alerta para quando o tubarão está por perto. Se o famigerado TAM, TAM, TAM, TAM começa a tocar, é porque o bicho vai atacar. Assistindo o filme atualmente, com suas qualidades e tudo mais, é de se espantar o quanto foi complicado para a trama ser filmada. Um dos principais problemas foi o próprio tubarão mecânico que simplesmente não funcionava na hora que deveria funcionar. Com isso, as filmagens ficaram atrasadas, os ânimos diminuíram cada vez mais, isso fora o fato o atrito dos atores Robert Shaw, Richard Dreyfuss. Mas os produtores David Brown e Richard D. Zanuck tinham fé naquele jovem diretor, mesmo tendo apenas um filme no currículo (Encurralado), e com isso, as gravações prosseguiam, os problemas foram diminuindo e o filme por fim foi finalizado, estreando e entrando para historia do cinema. Difícil dizer qual é a minha cena preferida, mas me arrisco a dizer que não foi com nenhuma cena com o tubarão em si, mas uma seqüência fantástica, onde Quint (Robert Shaw) conta uma sombria historia, dos seus dias como naufrago do navio USS Indianápolis, onde teve que passar horrores em auto mar perante inúmeros tubarões famintos. É uma cena simples, mas eficaz, onde realmente vemos as imagens, dentro de nossas mentes, que o personagem de Robert Shaw conta. Anos mais tarde, Steven Spielberg diz que essa foi uma de suas melhores cenas que ele filmou para o filme, e não é para menos.

Curiosidade: Na cena do início do filme em que foi atacada por um tubarão, Susan Backlinie estava presa a correntes e mergulhadores a puxavam para baixo para dar a exata impressão de que um tubarão estava atacando.

  STAR WARS: EPISÓDIO IV:
 UMA NOVA ESPERANÇA

Sinopse:HÁ MUITO TEMPO, NUMA GALÁXIA MUITO, MUITO DISTANTE...Os Cavaleiros Jedi foram exterminados e o Império comanda a galáxia com punho de ferro. Um pequeno grupo de Rebeldes ousou desafiar a potência roubando os planos secretos da mais poderosa arma do Império, a Estrela da Morte. O servo de maior confiança do Imperador, Darth Vader, precisa encontrar os planos e localizar o esconderijo dos Rebeldes. Aprisionada, a líder dos Rebeldes, Princesa Leia, envia um pedido de socorro que é interceptado por um simples fazendeiro, Luke Skywalker. Seguindo seu destino, Luke aceita o desafio de resgatar a princesa e ajudar a Rebelião a enfrentar o Império, contando com alguns aliados inesquecíveis como o sábio Obi-Wan Kenobi, o presunçoso Han Solo, o fiel Chewbacca e os dróides R2-D2 e C-3PO.

E lá se vão 35 anos desde que no dia 25 de maio de 1977 que Star Wars (ou guerra nas estrelas para os mais íntimos) estreou nas nossas terras, depois disso o mundo do entretenimento jamais foi o mesmo. E pensar que infelizmente não tive o privilegio de ver esses filmes no cinema pois eu era muito pequeno e o ultimo da trilogia original que estreou no cinema foi em 83 (Retorno De jedi), tinha apenas três anos. Fui assistir somente na telinha, e cada vez que o filme era exibido era sempre com enorme empolgação de assistir.
Usando a idéia simples, das antigas aventuras matines de ficção cientifica, George Lucas criou um universo tão rico de personagens e detalhes que não coube somente em seis filmes que formam as duas trilogias. A saga da família Skywalker e companhia viraram séries, desenhos, livros, gibis, jogos e por ai foi e por conseqüência acabou por influenciar os outros estúdios a  fazer outros filmes de ficção como foi no caso do retorno de Star Trek nos cinemas em 79.
Mesmo que a nova trilogia terminada em 2005 não chegue a perfeição da original, Star Wars jamais perdeu o brilho e tão cedo jamais deixara de ser lembrada como o pai das super produções atuais que sempre chegam no verão americano.

SUPERMAN: O FILME

sinopse:Jor-El (Marlon Brando), um renomado cientista, prevê a destruição do seu planeta e alerta o governo, que não lhe dá credito. Assim, decide salvar seu filho, mandando-o para a Terra, onde terá superpoderes. Na Terra, ele usa o nome de Clark Kent (Christopher Reeve) e já adulto e trabalhando como repórter em um jornal, não demonstra ter superpoderes. Mas quando uma situação inesperada põe em risco a vida de Lois Lane (Margot Kidder), uma colega de trabalho, ele obrigado a se revelar para o público, ficando conhecido popularmente como Superman. Descontente com o surgimento de um super-herói na cidade, Lex Luthor (Gene Hackman), um gênio do mal, o obriga a se desdobrar para evitar a morte de milhões de pessoas.

Filme que arrastou multidões em todo o mundo na época. e não é pra menos. Foi na verdade a primeira superprodução baseada numa HQ a ser levada a sério do começo ao fim, isso graças a Richard Donner (A Profecia) que sempre via no projeto algo para ser feito no modo verossimilhança. É difícil dizer qual a melhor parte, o inicio em Kripton onde Marlon Brando da seu show de interpretação, a chegada do seu filho a terra, a descoberta da fortaleza da solidão, o passeio de vôo do casal e o ato final que termina num clímax angustiante e fantástico. Tanto Christopher Reeve (Superman) como Margot Kidder (Lois Lane) ficaram marcados para sempre com seus respectivos personagens e até hoje Christopher se tornou o melhor interprete do ícone dos quadrinhos. Atenção para O ótimo desempenho de Gene Hackman (no auge da carreira) interpretando o vilão Lex Luthor, da magistral  trilha sonora de John Willians que da vida a cada cena do filme e dos impressionantes efeitos visuais, que mesmo de 1978, convencem  até hoje e provou que um homem poderia voar.

Curiosidades: Para conseguir uma musculatura convincente para ser nas telas Superman, o ator Christopher Reeve fez um trabalho especial supervisionado por David Prowse, o ator que interpretou Darth Vader em Guerra nas Estrelas;- Para aparecer por apenas 10 minutos em Superman - O Filme, o ator Marlon Brando recebeu um cachê de US$ 4 milhões;- O cabelo de Clark Kent e de Superman são repartidos para lados diferentes.



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4 comentários:

Regi disse...

Eu também considero a "nova Hollywood" um dos melhores períodos do cinema americano. Incrível que muitos dos efeitos criados por esses longas permaneçam, de certa forma, atuais.

Gilberto Carlos disse...

Grandes filmes, Tubarão, Star Wars - Episódio 6 e Superman.

Marcelo Castro Moraes disse...

A "nova Hollywood" é atualmente um dos períodos do cinema americano que é o mais estudado, para aqueles cinéfilos que buscam mais conhecimento. Agora, se o cinema americano dos anos 80 merece também uma analise, não sei se posso dizer o mesmo sobre o cinema dos anos 90, que de bom, podemos citar o cinema independente somente que estourou nesse período.

Bússola do Terror disse...

Não vou negar: considero o cinema dos anos 80 o melhor que já foi produzido pelos Estados Unidos.